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Biblioteca Pública terá Estante Árabe – Coleção Jamil Snege, com mais de 400 obras

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Dia 25 de março, às 17 horas, na Biblioteca Pública do Paraná (BPP), acontece o evento de inauguração da Estante Árabe – Coleção Jamil Snege. A iniciativa é da Associação Árabe de Beneficência do Paraná (Saben), em parceria com a BPP, com a doação de mais de 400 exemplares de autoria árabe para o acervo da instituição. A intenção é promover e incentivar o conhecimento desse recorte da literatura no Paraná.

“A criação dessa coleção é um marco para a valorização da cultura árabe no Paraná. A literatura tem o poder de construir pontes entre diferentes culturas e ampliar a nossa compreensão sobre o mundo. A Biblioteca Pública do Paraná, ao receber esse acervo, reforça seu compromisso com a diversidade e o acesso ao conhecimento”, destaca a secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.

A coleção homenageia Jamil Snege (1939-2003), escritor paranaense e ilustre representante da comunidade árabe no Paraná, conhecido por seu empenho na promoção da cultura árabe e por suas contribuições ao desenvolvimento social do Estado. Sua dedicação serviu de inspiração para a criação deste conjunto, que visa aproximar o público paranaense dessa literatura.

O diretor da Biblioteca, Luiz Felipe Leprevost, celebra a inclusão dessas obras no acervo. “A Biblioteca Pública do Paraná cria essa estante em homenagem à literatura árabe produzida no mundo, no Brasil, no Paraná, e em Curitiba. Tenho certeza que os leitores se surpreenderão com esses grandes nomes que fazem parte da nossa literatura. O robusto acervo da Biblioteca, com quase 770 mil títulos, se fortalece com esta coleção ”, comenta. 

No dia da inauguração, haverá uma palestra com o escritor e professor Marcelo Maluf, autor de obras premiadas como “A Imensidão Íntima dos Carneiros”, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura. Suas histórias exploram temas como memória, identidade e ancestralidade, muitas vezes inspiradas em suas raízes libanesas, ressaltando a importância da literatura como ferramenta de expressão e conexão com a própria história.

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OBRAS DOADAS – A coleção conta com mais de 400 exemplares de autoria árabe, como os paranaenses Manoel Karam e Jamil Snege, e títulos como “Como Tornar-se Invisível em Curitiba”, coletânea de crônicas publicadas entre 1997 e 2000, “A Macabra Biblioteca do Dr. Lucchetti” e “O Alto da Bronze”, que exploram narrativas urbanas com um olhar afiado sobre a sociedade.

O nome de Snege nessa seleção reforça a importância de valorizar autores locais e proporcionar ao público acesso a obras que retratam, com originalidade e profundidade, a identidade cultural brasileira.

Autores de diversos países retratam as narrativas de seus locais de origem, como “A Revolução Argelina”, de Mustafa Yazbek, que oferece uma visão detalhada sobre a luta pela independência da Argélia, e “Rhadopis, a Cortesã”, do premiado escritor egípcio Nagib Mahfuz, romance que transporta o leitor para o Egito Antigo.

Também integra a coleção “Menina a Caminho”, de Raduan Nassar, que apresenta uma narrativa sensível e intensa sobre a infância e suas descobertas. Além disso, está na lista “No País dos Homens”, de Hisham Matar, um relato emocionante sobre a Líbia sob o regime de Kadafi, e outras obras que abordam temas históricos, culturais e literários do mundo árabe.

SABEN – Fundada em 21 de outubro de 1993, a Saben nasceu do sonho de três jovens médicos descendentes de imigrantes árabes: Regina Maida Mansur, Rached Hajar Traya e Luiz Widolin. A entidade tem como missão retribuir a acolhida que seus antepassados receberam no Paraná desde o final do século XIX, promovendo ações nas áreas de saúde, filantropia, educação e cultura.

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“Esse é um dos maiores eventos da Sociedade Árabe de Beneficência do Paraná neste ano, pensado com muito carinho para trazer a memória e a cultura árabe para toda a população paranaense. A doação dessa Coleção é um marco na valorização da literatura árabe no Estado, permitindo que mais pessoas tenham acesso a essas obras e conheçam a riqueza da nossa história e tradições”, afirma a presidente do Conselho de Senhoras da Saben, Vera Maria Mussi Augusto, ex-secretária da Cultura do Paraná.

Com essa doação, a Saben espera incentivar a leitura e aproximar os leitores da cultura árabe, contribuindo para um ambiente de aprendizado e troca de conhecimentos. “A doação da Saben à Biblioteca Pública do Paraná reflete um princípio que sempre defendemos: a retribuição ao acolhimento dado aos imigrantes de origem árabe que aqui chegaram e fizeram deste país seu lar. Eles trabalharam, prosperaram e, hoje, seus filhos, netos e bisnetos são brasileiros, mas preservam com orgulho a memória de seus antepassados”, conclui Vera.

Serviço:

Inauguração da Estante Árabe – Coleção Jamil Snege e palestra com o escritor Marcelo Maluf

Data: 25 de março, terça-feira

Horário: 17h

Local: Auditório Paul Garfunkel – BPP

Capacidade: 132 lugares

Biblioteca Pública do Paraná (BPP)

Cândido Lopes, 133 – Centro

(41) 3221-4900

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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