14 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Custos disparados na produção de açúcar e etanol ameaçam competitividade do setor

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    A presença da broca-da-cana (Diatraea saccharalis), principal praga da cultura da cana-de-açúcar, tem gerado prejuízos significativos no setor sucroenergético, elevando os custos de produção de açúcar e etanol.

    Um estudo conduzido pelo Pecege Consultoria e Projetos, em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), divulgado na página da Radar Sucroenergético, revelou que a infestação de 8,5% na planta aumenta o custo de processamento do açúcar branco em 6%, subindo de R$ 218 para R$ 231 por tonelada.

    Na produção de etanol, os impactos são ainda mais graves: o custo salta 18%, de R$ 235 para R$ 285 por tonelada.

    A broca-da-cana ataca a planta alimentando-se das folhas e, posteriormente, do colmo, o que compromete a qualidade da matéria-prima e reduz a eficiência fermentativa. Esses fatores impactam diretamente os custos agroindustriais, prejudicando tanto a produção de açúcar quanto de etanol, conforme aponta o levantamento.

    Os desafios não se limitam às pragas. O relatório mais recente da safra 2024/25, elaborado pelo Sistema FAESP/SENAR-SP com base em dados da Conab, mostra uma retração de 4,8% na produção nacional de cana-de-açúcar, estimada em 678,7 milhões de toneladas. No estado de São Paulo, responsável por mais de 50% da produção, a queda foi ainda mais acentuada, chegando a 9,2%, com uma colheita de 348,2 milhões de toneladas.

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    Essa redução está ligada a condições climáticas adversas, como chuvas irregulares, ondas de calor e incêndios, que afetaram a produtividade. Apesar disso, o mercado internacional de açúcar, impulsionado por preços elevados, levou as usinas a priorizarem sua produção em detrimento do etanol.

    Enquanto o etanol de cana registrou queda de 2,8% na produção total, o etanol de milho continua a crescer, com aumento de 22,1% em relação ao ciclo anterior, alcançando 7,22 bilhões de litros e representando 20% da produção nacional.

    Os resultados reforçam a urgência de estratégias eficazes para combater a broca-da-cana e mitigar os impactos econômicos. Além disso, o estudo destaca a relevância de acompanhar as dinâmicas de mercado e os desafios climáticos para a tomada de decisões no setor.

    A busca por maior eficiência e alternativas sustentáveis, como o etanol de milho, é essencial para assegurar a competitividade do setor sucroenergético brasileiro frente às mudanças globais.

    Fonte: Pensar Agro

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    AGRONEGÓCIO

    Suinocultura se consolida como um dos principais polos produtivos do Brasil

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    Mato Grosso do Sul se destaca como um dos maiores produtores de carne suína do Brasil, consolidando-se como referência no setor da suinocultura. O estado, com uma produção crescente e em constante evolução, se prepara para figurar entre os cinco maiores produtores e exportadores do país, com um futuro promissor que inclui investimentos robustos, inovações tecnológicas e um mercado internacional em expansão.

    Em 2024, o estado registrou o abate de mais de 3,39 milhões de suínos, resultando em cerca de 315 mil toneladas de carne. O setor movimenta uma cadeia produtiva significativa, gerando aproximadamente 32 mil empregos diretos e englobando 129 empresas no segmento. Além disso, Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 6ª posição no ranking nacional de exportações de carne suína, com uma expectativa de alcançar a 5ª posição nos próximos anos.

    A suinocultura sul-mato-grossense tem se destacado pela alta qualidade e modernização do setor. Investimentos em biosseguridade, como o programa “Leitão Vida”, que já destina recursos significativos para modernizar as granjas e promover o bem-estar animal, têm sido fundamentais para o crescimento sustentável da atividade. Com mais de R$ 64 milhões investidos no programa nos últimos anos, o estado tem conseguido avançar não apenas na produtividade, mas também na implementação de práticas inovadoras e sustentáveis.

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    O avanço da infraestrutura logística, com a melhoria das rodovias e a ampliação do acesso aos mercados internacionais, também tem sido crucial para a suinocultura sul-mato-grossense. A Rota Bioceânica, por exemplo, promete abrir novos mercados na Ásia, proporcionando uma maior competitividade para o setor e ampliando a capacidade de exportação.

    Com polos produtivos em diversas regiões do estado, como Dourados, Sidrolândia e São Gabriel do Oeste, o setor se caracteriza pela diversificação e pela força das cooperativas e associações locais. A presença de instituições de ensino e pesquisa, como a Embrapa e a UFMS, tem contribuído para a capacitação da mão de obra e o desenvolvimento de novas tecnologias, que garantem a sustentabilidade e a inovação contínua da atividade.

    O crescimento da suinocultura em Mato Grosso do Sul também está atrelado ao aumento do consumo interno e à abertura de novos mercados. Com a retirada da vacinação contra a febre aftosa e o reconhecimento do status de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil tem avançado nas negociações com mercados internacionais, como a União Europeia, que ainda não importa carne suína brasileira. Esse fator representa uma oportunidade estratégica para expandir as exportações e aumentar a competitividade da carne suína brasileira no exterior.

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    A suinocultura de Mato Grosso do Sul, com sua organização e compromisso com a sustentabilidade, vem se consolidando como uma das grandes forças do agronegócio brasileiro. O desafio agora é continuar crescendo com responsabilidade, mantendo a qualidade da produção e respeitando o meio ambiente, para que o estado siga como um líder no setor suinícola nacional.

    Fonte: Pensar Agro

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