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Conferência de Emergência Climática fortalece debates e pesquisas no Paraná

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O segundo dia da 1ª Conferência Paranaense de Emergência Climática, realizada em Foz do Iguaçu, trouxe discussões relevantes sobre os desafios impostos pelas mudanças climáticas no Paraná. Com programação diversificada, a manhã foi dedicada ao tema “Estado da Arte, Evidências no Paraná e Alertas”, enquanto a tarde abordou os “Impactos na Biodiversidade e nas Bases Ecológicas do Território Paranaense”.

O evento, fruto das atividades do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) em Emergência Climática, com o apoio do Governo do Paraná, por meio das secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e da Fundação Araucária, é resultado do trabalho conjunto de pesquisadores de universidades de todo o Estado. Entre os objetivos do NAPI está a proposição de estratégias que ajudem a mitigar e adaptar os impactos da emergência climática.

“A 1ª Conferência Paranaense de Emergência Climática é um marco, pois congrega esforços de pesquisadores de diversas universidades do Paraná. Hoje, podemos apresentar resultados consistentes sobre essa questão tão importante para a sociedade atualmente”, destacou Leila Limberger, professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e coordenadora institucional do NAPI.

Os painéis da manhã evidenciaram o impacto das mudanças climáticas, com análises sobre o aumento de temperaturas médias e a intensificação de eventos extremos. Tércio Ambrizzi, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), apontou que, no Paraná, as temperaturas estão subindo no geral, principalmente durante o inverno, que está mais quente e com menos chuva. “Por outro lado, as chuvas têm se tornado mais intensas e volumosas, alterando o padrão climático do passado”, disse.

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Para responder a essa demanda, o Governo do Estado está ampliando a estrutura de monitoramento climático. Serão integrados ao Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) dois novos radares, 25 estações meteorológicas, sendo 10 meteorológicas automáticas e 15 hidrológicas telemétricas, e sistemas de informática atualizados. O investimento no projeto Monitora Paraná é de R$ 70 milhões, com recursos oriundos da compensação do acidente ambiental da Petrobras em 2000 em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

À tarde, os debates destacaram os impactos ecológicos dessas mudanças, com reflexões sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos no Paraná. Pedro Ivo Mioni Camarinha, especialista em Geodinâmica e Geologia de Desastres do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ressaltou a gravidade da situação. “Os eventos extremos já estão acontecendo. Não estamos mais falando de um problema futuro, mas de uma emergência climática presente. Se nada for feito, os impactos serão ainda mais devastadores em breve”, disse.

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Nessa linha, o Paraná desenvolve um Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+ Paraná), com vistas ao desenvolvimento sustentável da agricultura, uma das principais atividades econômicas do Estado. O documento tem como base plano divulgado pelo Governo Federal, que estabelece desafios nacionais a serem vencidos até 2030.

Outro destaque foi a importância da educação como ferramenta para conscientização e ação. João Paulo Schultz, doutorando em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), destacou como o evento contribui para seu projeto de pesquisa. “Trabalho com estratégias de ensino para professores de Geografia abordarem as mudanças climáticas. Este evento fornece subsídios valiosos para diversificar as metodologias e engajar os alunos nesse tema emergente”, afirmou.

Com mais de 200 participantes presenciais e centenas acompanhando online, a conferência evidencia o interesse crescente do Governo do Estado e da sociedade civil em entender e enfrentar os desafios climáticos. “O evento superou nossas expectativas, inicialmente planejado como um workshop. Transformou-se em uma conferência ampla, possibilitando um debate mais inclusivo e enriquecedor”, comemorou Wilson Flávio Feltrim Roseghini, coordenador do Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador vinculado ao NAPI.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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