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Cooperativa paranaense vai distribuir quatro mega-senas para seus associados

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Por Edmundo Pacheco

A Coamo, uma das maiores cooperativas agrícolas do Brasil, com sede em Campo Mourão, no Paraná, anunciou esta semana sua tradicional antecipação de sobras de final de ano: serão R$ 185,8 milhões da cooperativa agrícola e mais R$ 45 milhões da cooperativa de crédito Credicoamo.

O valor é equivalente a quase 4 vezes o prêmio da mega-sena, cujo sorteio acontece neste sábado (30.11), previsto para somar R$ 67 milhões.

A Coamo tem mais de 32,8 mil cooperados espalhados pelo Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, e está entre as maiores da América Latina. Em 2023, teve uma receita global de R$ 30,3 bilhões, com um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior.

A sobra líquida atingiu o montante de R$ 2,324 bilhões, com um crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior, e após a dedução estatutária, um montante de R$ 850 milhões, consolidando-se como a maior cooperativa agrícola do Brasil e uma das líderes no continente. No ranking global, ela figura entre as cooperativas agrícolas de maior faturamento per capita.

Detalhes – O valor antecipado será distribuído de acordo com a movimentação de cada associado nas principais atividades da cooperativa. Os pagamentos, que começam em 10 de dezembro, seguem as seguintes proporções:

  • Soja: R$ 0,70 por saca;
  • Milho: R$ 0,20 por saca;
  • Trigo: R$ 0,20 por saca;
  • Insumos: 1,50% do valor movimentado.

O restante das sobras será pago após a Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para fevereiro de 2025, quando será realizado o fechamento oficial do balanço do exercício. Já a Credicoamo, fará pagamento no dia 12 de dezembro.

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José Aroldo Gallassini, presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e da Credicoamo, destacou que a antecipação das sobras já é uma tradição consolidada. “Desde a fundação da Coamo, há 54 anos, realizamos o pagamento antecipado nesta época do ano. A Credicoamo, com seus 35 anos, segue a mesma prática, demonstrando a solidez e os bons resultados das cooperativas”, afirmou.

Segundo Gallassini, mesmo diante de desafios como a quebra de safra em 2024, a boa administração e o engajamento dos cooperados permitiram à cooperativa apresentar resultados positivos. “Isso é reflexo da participação ativa dos nossos associados e de uma gestão eficiente. Esse anúncio reforça nosso compromisso com o quadro social e com o desenvolvimento das comunidades onde atuamos.”

A antecipação das sobras representa um estímulo significativo para as economias locais nas regiões atendidas pela Coamo. O comércio regional, especialmente no fim de ano, é diretamente impactado pelo aumento da circulação de recursos, favorecendo pequenos negócios e gerando maior movimentação econômica.

DESEMPENHO – Os números do exercício 2023 foram aprovados pelos cooperados dia 15 de fevereiro, em Assembleia Geral Ordinária (foto), na sede da cooperativa em Campo Mourão, que elegeram os membros do novo Conselho de Administração para a gestão 2024/2028, tendo como presidente o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini.

O Patrimônio Líquido da Coamo atingiu o montante de R$ R$ 10,615 bilhões, representando um crescimento de 17,5% em relação ao ano anterior; e o Ativo Total atingiu o montante de R$ 17,370 bilhões. Os principais índices foram: liquidez corrente 2,76; liquidez geral 1,81; margem de garantia 257,14% e o grau de endividamento de 38,89%, refletindo a boa situação econômico-financeira da cooperativa. Foi gerado e recolhido o montante de R$ 824,905 milhões em impostos, taxas e contribuições sociais.

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SOBRAS – No contexto das cooperativas agrícolas, as sobras referem-se ao lucro gerado durante o ano, que é dividido entre seus associados com base nas operações que realizaram dentro da cooperativa. Esse modelo é um dos principais diferenciais do sistema cooperativo, que visa beneficiar todos os cooperados em vez de gerar lucros para acionistas externos.

A Coamo, como outras cooperativas, utiliza as sobras como uma forma de redistribuir o excedente financeiro da cooperativa entre seus membros. O valor das sobras é calculado com base na movimentação de cada associado — como a comercialização de produtos (soja, milho, trigo, entre outros) ou a compra de insumos. A antecipação das sobras é uma prática comum nas cooperativas e consiste no pagamento de uma parte desse valor antes do encerramento do ano fiscal, para auxiliar os cooperados no momento de necessidade, geralmente no final do ano.

Esse sistema de distribuição das sobras visa promover a equidade entre os associados, já que todos participam do processo produtivo e financeiro da cooperativa. Além disso, as sobras são uma forma de incentivo para que os cooperados continuem engajados e participativos, fortalecendo a cooperativa e garantindo benefícios tanto no curto quanto no longo prazo. A distribuição das sobras restantes geralmente ocorre após a Assembleia Geral Ordinária, onde são apresentados os resultados finais e aprovados os repasses.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produção interna de fertilizantes aumentou 21,8% em janeiro

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Segundo dados divulgados pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o estado que mais recebeu fertilizantes foi Mato Grosso, com 1 milhão de toneladas, representando 27,8% do total nacional. Outros estados com grande demanda foram Paraná (532 mil toneladas), Goiás (441 mil toneladas), Minas Gerais (364 mil toneladas) e São Paulo (321 mil toneladas).

Apesar da estabilidade no consumo, a produção nacional de fertilizantes intermediários apresentou um crescimento expressivo. Foram fabricadas 647 mil toneladas em janeiro, um aumento de 21,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a produção foi de 531 mil toneladas. Esse avanço na produção interna pode indicar um movimento de redução da dependência externa, ainda que as importações continuem tendo um papel fundamental no abastecimento do setor.

As importações de fertilizantes intermediários também cresceram no início do ano. Em janeiro de 2025, o Brasil importou 3 milhões de toneladas, uma alta de 2,5% na comparação com janeiro de 2024, quando as compras externas totalizaram 2,93 milhões de toneladas. O aumento das importações reforça a importância do comércio internacional para garantir o suprimento de insumos essenciais para o agronegócio brasileiro.

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O desempenho do mercado de fertilizantes no início de 2025 reflete um cenário de demanda constante e produção interna crescente, mas ainda com forte dependência das importações. A evolução dos preços internacionais, a taxa de câmbio e a logística de distribuição serão fatores determinantes para o comportamento do setor ao longo do ano. Para os produtores rurais, acompanhar essas movimentações é essencial para planejar melhor suas compras e garantir a rentabilidade das lavouras.

Fonte: Pensar Agro

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