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Novembro começa com previsão de chuvas, animando produtores em regiões castigadas pela seca

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O mês de novembro se inicia com boas perspectivas de chuva em diversas regiões do Brasil, especialmente para o centro-oeste, onde a seca prolongada afetou rios e está comprometendo o plantio da próxima safra.

A previsão do Climatempo para este primeiro fim de semana do mês indica um cenário de temporais e altas taxas de umidade.

No centro-oeste, as chuvas devem se espalhar por Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, com riscos até de temporais. Esse alívio hídrico é fundamental para o andamento do plantio da soja, que atingiu 36% da área total projetada para o país, e está atrasada.

Em Mato Grosso, maior estado produtor, por exemplo, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que 56% da área prevista já foi semeada, mas ainda abaixo da média histórica de 62,3% para essa época do ano.

A previsão aponta que o centro-oeste deve permanecer com clima instável ao longo de novembro, o que pode beneficiar a germinação das sementes e o desenvolvimento inicial das plantas.

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Já no nordeste, o oeste e o sul da Bahia também devem receber chuvas intensas, essenciais para as regiões produtoras que dependem de umidade para a safra de soja e outras culturas.

Essas condições vêm em um momento crucial para os produtores brasileiros, que competem com a colheita praticamente finalizada da soja norte-americana.

A expectativa é de que uma safra abundante no Brasil pressione os preços da commodity no mercado internacional, especialmente em Chicago, onde as cotações podem recuar caso o desenvolvimento da safra brasileira continue positivo.

Segundo estimativas dos especialistas, a área plantada com soja no Brasil deverá alcançar 47 milhões de hectares, um aumento de 1,5% em relação à safra anterior.

Se as condições climáticas permanecerem favoráveis, a colheita poderá atingir 167 milhões de toneladas, superando a produção de 147,4 milhões de toneladas da safra passada, segundo dados da Conab.

A instabilidade climática não se restringe ao centro-oeste e nordeste. No norte do país, estados como Acre, Amazonas e Rondônia devem registrar pancadas fortes de chuva, com riscos de temporais em locais como Manaus, Rio Branco e Palmas. A previsão também inclui chuva para o sul do Pará e Tocantins, onde o tempo abafado e a umidade podem favorecer o desenvolvimento agrícola.

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No sudeste, o tempo permanece instável em áreas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com possibilidade de temporais isolados. Essas chuvas beneficiam os produtores que aguardam melhores condições para a reposição de umidade no solo.

No sul, as previsões apontam tempo seco na maior parte da região, com apenas pancadas isoladas em áreas de Santa Catarina e do Paraná. Para o Rio Grande do Sul, a chuva permanece restrita ao oeste e litoral, o que pode representar um desafio para o desenvolvimento das lavouras de verão, especialmente em regiões que ainda sofrem com a falta de umidade.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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