AGRONEGÓCIO
Lideranças defendem financiamento climático e valorização das práticas sustentáveis do agronegócio
Publicado em
10 de outubro de 2024por
Itajuba Tadeu
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), que acontecerá em novembro, em Baku, no Azerbaijão, será um marco importante para o setor agropecuário global. O Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, estará em destaque nas negociações climáticas, com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendendo avanços na garantia de financiamento para ações climáticas no agro.
Nesta quarta-feira (09.10), a CNA apresentou o posicionamento do setor aos negociadores do governo brasileiro, destacando a necessidade de se buscar novas fontes de recursos para que o agro possa avançar em suas ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A entidade enfatizou que o setor agropecuário, embora afetado diretamente por eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, também é parte fundamental da solução para os desafios ambientais.
Um dos principais objetivos da COP 29 será a definição de uma nova meta global de financiamento climático. O vice-presidente da CNA, Muni Lourenço, ressaltou que o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que visam a redução de emissões de gases de efeito estufa, depende de um apoio financeiro robusto. Para ele, é essencial que os países desenvolvidos cumpram suas promessas de financiamento, que não foram atingidas após o Acordo de Paris.
O agronegócio brasileiro, que já adota práticas sustentáveis e tecnologias de menor impacto ambiental, busca reconhecimento e incentivo para continuar evoluindo. Lourenço destacou que, até 2030, o Brasil precisará de um financiamento significativo para implementar suas NDCs e que o setor agropecuário deve ser incluído de forma clara nas ações de mitigação e adaptação.
Outro ponto defendido pela CNA é o combate ao desmatamento ilegal, considerado fundamental para o alcance das metas ambientais brasileiras. A entidade reforça que o setor já segue práticas rigorosas de preservação, muitas vezes indo além das exigências do Código Florestal. No entanto, João Martins, presidente da CNA, apontou que é preciso haver investimentos adicionais para que o Brasil possa ser ainda mais ambicioso em suas metas climáticas a partir de 2031.

Imagem: arquivo pessoal
Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), também reforçou a relevância do combate ao desmatamento ilegal e a valorização dos produtores que já seguem práticas rigorosas de preservação. “O agro brasileiro é comprometido com a sustentabilidade. Muitos produtores já vão além das exigências do Código Florestal, e é crucial que esses esforços sejam reconhecidos e incentivados. Precisamos de políticas que não apenas coíbam o desmatamento ilegal, mas também recompensem quem protege o meio ambiente, garantindo que o Brasil se mantenha como referência em produção sustentável”.
Rezende destacou a importância da busca por financiamento climático, alinhando-se à visão da CNA. “O agronegócio brasileiro tem feito grandes avanços na implementação de práticas sustentáveis, e é fundamental que esse esforço seja reconhecido internacionalmente. O financiamento adequado permitirá que continuemos investindo em tecnologias de baixa emissão e adaptação às mudanças climáticas, especialmente em um cenário de eventos extremos que já afetam a produção no campo”.
Ele também enfatizou a necessidade de participação ativa do setor nas negociações internacionais. “O Brasil tem um papel de liderança no cenário global, e o agro é um dos pilares dessa liderança. Precisamos garantir que as decisões tomadas na COP considerem as especificidades da agricultura tropical e ofereçam suporte real para que o setor continue crescendo de forma sustentável, mantendo sua competitividade e contribuindo para as metas ambientais do país”, o presidente do IA.
A COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025, trará novas metas climáticas para o período de 2031 a 2035. A CNA espera que, até lá, o Brasil esteja preparado para se posicionar como líder na transição para uma agricultura sustentável, conciliando produção eficiente e respeito ao meio ambiente, daí a importância de debates e posicionamentos como estes.
Fonte: Pensar Agro
AGRONEGÓCIO
Na semana da Páscoa, indústria de chocolate enfrenta crise histórica
Published
1 dia agoon
16 de abril de 2025By

A Páscoa de 2025 chega em meio à maior crise já registrada no mercado global de cacau. Com a cotação da amêndoa batendo recordes históricos, a indústria do chocolate enfrenta um cenário crítico: falta de matéria-prima, custo em alta e risco de desabastecimento. O preço do cacau acumula uma disparada de 189% só neste início de ano, somado a picos que chegaram a 282% no mercado internacional ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia).
O impacto dessa escalada já se reflete diretamente no setor produtivo brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, a indústria processadora nacional recebeu apenas 17.758 toneladas de cacau, volume 67,4% menor em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). É um dos piores desempenhos dos últimos anos.
Sem matéria-prima suficiente no mercado interno, o Brasil aumentou as importações para tentar garantir o abastecimento, trazendo 19.491 toneladas de cacau de fora — alta de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a conta não fecha. A indústria terminou o trimestre com um déficit de 14.886 toneladas, o que acende o sinal de alerta sobre a sustentabilidade do setor.
Embora os chocolates da Páscoa já estejam nas lojas desde fevereiro — resultado de compras antecipadas feitas pela indústria — os reflexos da crise serão sentidos ao longo do ano. A defasagem entre a produção nacional e o volume processado mostra que o Brasil voltou a depender fortemente do mercado externo, num momento em que a oferta mundial também está em colapso.
Gana e Costa do Marfim, que concentram mais de 60% da produção global, enfrentam quebras de safra causadas por pragas, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras. A menor oferta mundial reduziu os estoques ao menor nível em décadas, pressionando ainda mais os preços e criando um efeito cascata sobre todos os elos da cadeia.
No Brasil, a situação também é crítica. A Bahia, que responde por dois terços do cacau nacional, entregou apenas 11.671 toneladas às indústrias no primeiro trimestre — retração de 73% frente aos últimos três meses de 2024. Técnicos apontam que o clima instável prejudicou o florescimento e agravou a incidência de doenças como a vassoura-de-bruxa, exigindo mais investimento em manejo e controle.
Apesar da queda drástica na produção, o produtor baiano tem sido parcialmente compensado pelo preço elevado da amêndoa, que supera R$ 23 mil a tonelada. O custo dos insumos, por outro lado, já não sobe no mesmo ritmo, o que ajuda a preservar a renda do campo. Ainda assim, a insegurança climática e o risco sanitário mantêm o setor em alerta.
Na tentativa de segurar os preços ao consumidor, a indústria brasileira está buscando alternativas, como mudanças nas formulações, cortes de gramatura e reformulação de produtos. Chocolates com maior teor de cacau — que dependem mais diretamente da amêndoa — devem ser os mais afetados. Já produtos de linha popular podem manter preços mais estáveis, ainda que com porções menores.
Mesmo assim, o consumidor já percebe reajustes nas gôndolas. O ovo de Páscoa, símbolo do período, está até 20% mais caro em relação ao ano passado, e a tendência é de novos aumentos caso a crise se prolongue.
O atual desequilíbrio entre oferta e demanda reforça a urgência de investimentos em produtividade no Brasil. O país, que já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo, hoje precisa importar amêndoa para manter sua indústria funcionando. Com lavouras envelhecidas, baixa produtividade média e forte dependência de condições climáticas, a cadeia brasileira está vulnerável.
Segundo a AIPC, é necessário acelerar a renovação de pomares, incentivar o uso de clones mais produtivos e resistentes, e ampliar o acesso a crédito para pequenos e médios produtores. Também cresce a demanda por políticas públicas que favoreçam a expansão da cacauicultura na Amazônia, no Espírito Santo e em novas fronteiras agrícolas.
Enquanto isso, o chocolate — produto culturalmente associado à celebração e ao prazer — pode se tornar um item mais raro e caro na mesa dos brasileiros. A crise do cacau já não é um problema futuro. Ela está acontecendo agora, e a Páscoa de 2025 é a prova mais amarga disso.
Fonte: Pensar Agro

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