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Deputados redefinem prioridades do agronegócio para o último trimestre de 2024

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) definiu as prioridades para o último trimestre de 2024, destacando projetos de grande relevância para o setor.

Em reunião realizada nesta terça-feira (08.10), os congressistas da bancada discutiram temas que vão desde a manutenção de pontos da reforma tributária até a aprovação de um pacote antifogo para combater incêndios criminosos.

Além disso, a FPA busca acelerar a tramitação de propostas como o marco legal dos bioinsumos e o “PL dos Safristas”, que favorece trabalhadores temporários do campo, refletindo as demandas urgentes do agronegócio nacional.

Entre as pautas mais delicadas para o agronegócio, estão a isenção de impostos sobre a cesta básica, a aplicação de tarifa zero para cooperativas e a criação de uma tributação diferenciada para produtores com renda anual de até R$ 3,6 milhões.

A FPA avalia que a proposta principal de regulamentação da reforma tributária deve avançar no Senado ainda este ano, apesar da retirada da urgência constitucional pelo governo, a pedido dos senadores. Já na Câmara, a expectativa é que o segundo projeto, que aborda aspectos mais técnicos da implementação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), também seja aprovado.

Outro tema relevante para a FPA é o pacote antifogo, que visa endurecer as punições relacionadas a incêndios criminosos. A bancada identificou mais de 100 projetos sobre o tema em andamento no Congresso e busca garantir que os produtores rurais não sejam responsabilizados por crimes que não cometeram.

Ainda para 2024, a FPA destaca o pacote anti-invasão, que inclui uma série de propostas para aumentar as penalidades contra invasões de propriedades privadas, com foco em movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Esse pacote também inclui regras mais rígidas para a regularização fundiária e a reintegração de posse das áreas invadidas, além de prever a exclusão de benefícios sociais para os invasores. Projetos como o PLP 709/23 e o 8262/2017 estão entre as prioridades.

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O tema do marco temporal continua sendo uma prioridade para a bancada do agro. Mesmo com a aprovação da lei sobre o assunto, a intenção da FPA é vincular o prazo para demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição Federal, além de garantir a indenização aos proprietários rurais. O projeto deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) até o final de outubro.

Outro destaque da FPA é o projeto de lei 658/2021, relatado pelo deputado Sérgio Souza (MDB-PR), que propõe um novo marco legal para os bioinsumos. Aprovado em regime de urgência na Câmara em setembro, o projeto deve ser analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões, graças a um acordo para um texto alternativo.

A FPA também está focada no “PL dos Safristas”, de autoria do deputado Zé Vitor (PL-MG). Essa proposta, que já foi aprovada pela Câmara e aguarda análise no Senado, busca facilitar o acesso de trabalhadores temporários a benefícios sociais, excluindo do cálculo da renda familiar os ganhos obtidos por meio de contratos safristas. Isso permitirá que trabalhadores possam participar de programas sociais, como o Bolsa Família, enquanto atuam na colheita.

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Outro projeto prioritário para a FPA é o dos “CBios” (PL 3149/2020), que garante ao produtor rural pelo menos 60% das receitas geradas pela venda desses títulos de crédito. A proposta, que deve ser votada em breve, pode injetar até R$ 1,3 bilhão no setor da cana-de-açúcar.

Além disso, a FPA defende a aprovação do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), que destina recursos para projetos sustentáveis no setor agropecuário, e do projeto de licenciamento ambiental, que também está em análise no Senado. Segundo Lupion, a expectativa é que o texto final sobre o licenciamento seja concluído nesta semana.

A FPA ainda concentra esforços na aprovação de projetos que tratam da “reciprocidade ambiental”, exigindo que produtos importados sigam os mesmos padrões de redução de emissão de carbono que o Brasil adota para suas exportações. O foco está principalmente nas relações comerciais com a União Europeia, com a bancada resistindo a qualquer interferência externa sobre a legislação brasileira.

Por fim, a FPA busca a aprovação do PL do seguro rural, que já está em tramitação na CCJ do Senado em caráter terminativo, completando assim a lista de prioridades para o setor até o final do ano.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Mapa faz balanço do primeiro trimestre: R$ 223 bilhões em vendas externas

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O agronegócio brasileiro fechou o primeiro trimestre de 2025 com o maior volume de exportações da história para o período, movimentando mais de R$ 223 bilhões em vendas externas, segundo balanço divulgado pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Só em março, foram R$ 92 bilhões exportados — o segundo melhor desempenho já registrado para esse mês. Esse avanço foi puxado principalmente pelo aumento no volume exportado, que cresceu mais de 10% em relação a março de 2024.

Os preços médios dos produtos também subiram, mas em menor proporção, cerca de 2%. Entre os destaques estão a soja em grãos, com R$ 33,6 bilhões em exportações (+7%), o café verde, que somou R$ 8,3 bilhões (+92,7%), a carne bovina in natura, com R$ 6,5 bilhões (+40,1%), a celulose, que movimentou R$ 5,8 bilhões (+25,4%), e a carne de frango in natura, com R$ 4,6 bilhões (+9,6%).

O café verde praticamente dobrou de valor exportado em comparação com o ano passado. A carne bovina também cresceu com força, e a soja segue firme como carro-chefe do agro brasileiro no comércio internacional.

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No acumulado do trimestre, o superávit do setor chegou a R$ 192 bilhões — ou seja, esse foi o valor que sobrou de saldo positivo na balança do agro, mesmo considerando o que o Brasil importou. A China continua liderando as compras, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

Também houve aumento nas exportações para países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia, especialmente em itens como soja, algodão, celulose e carnes. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou o ministro.

Fonte: Pensar Agro

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