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Banco do Brasil capta R$ 4,37 bilhões para financiar agricultura sustentável

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O Banco do Brasil anunciou, nesta terça-feira (24.09), a captação de R$ 4,37 bilhões junto a instituições financeiras internacionais para apoiar pequenos e médios agricultores que adotam práticas de agricultura sustentável e de baixo carbono, como o plantio direto.

A operação, com prazo de 10 anos, foi realizada durante o Investor Day do banco em Nova York, contando com a participação dos bancos JP Morgan, Standard Chartered, HSBC e Crédit Agricole, e recebeu garantia da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA), vinculada ao Banco Mundial.

Segundo o Banco do Brasil, essa iniciativa ajudará a evitar a emissão de até 11,8 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) e permitirá a conservação de cerca de 1 milhão de hectares de terra ao longo do período. A presidente do BB, Tarciana Medeiros, destacou a importância da operação, afirmando que a iniciativa demonstra o compromisso da instituição com a transição para uma economia de baixo carbono e com o desenvolvimento socioeconômico no campo. “Com soluções inovadoras, estamos mostrando ao mundo que o agro e a sustentabilidade podem andar juntos”, disse Tarciana.

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A estrutura do financiamento é rotativa, o que significa que os produtores rurais que quitarem seus empréstimos poderão solicitar novos financiamentos nos anos seguintes, garantindo apoio contínuo para suas operações agrícolas. Essa estratégia visa sustentar as atividades dos agricultores e atender às necessidades financeiras de longo prazo. O vice-presidente de Negócios e Atacado do Banco do Brasil, Francisco Lassalvia, destacou que a captação foi classificada com rating AAA, tornando os custos mais competitivos no mercado.

Parceria com a MIGA e Apoio Social – Além do financiamento agrícola, a operação inclui uma doação de US$ 300 mil pela MIGA para projetos sociais voltados a mulheres empreendedoras rurais, comunidades quilombolas e povos originários. Esses recursos serão destinados a ações de desenvolvimento social no campo, reforçando o compromisso do Banco do Brasil com a inclusão e o apoio a populações vulneráveis.

Essa é a primeira vez que a MIGA apoia um projeto de agricultura sustentável no Brasil, sendo também a maior transação realizada pela agência na América Latina até o momento. John Meakin, chefe global de exportação e financiamento de agências do JP Morgan Payments, destacou que essa operação marca um avanço significativo para o setor agrícola brasileiro, especialmente no que diz respeito ao financiamento sustentável.

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O montante captado será utilizado para acelerar a adoção de práticas agrícolas de baixo carbono, promovendo a sustentabilidade e fortalecendo a posição do Brasil na transição para uma economia mais verde e sustentável.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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