7 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Produção Pecuária do Brasil Cresce 4,5% e Bate Recorde de R$ 112,3 Bilhões em 2023

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    Apesar de estarmos quase em 2025, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (19.09) os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) de 2023 registrando um aumento de 4,5% no valor de produção dos principais produtos, atingindo o patamar recorde de R$ 112,3 bilhões. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos resultados positivos na produção de leite e ovos de galinha, que se destacaram no cenário nacional.

    O rebanho bovino brasileiro também atingiu novo recorde histórico em 2023, com um total de 238,6 milhões de cabeças, um crescimento de 1,6% em comparação ao ano anterior. Esse número supera em 12,7% a população humana do país, que, de acordo com estimativas do IBGE, era de 211,7 milhões de habitantes em agosto de 2023. A pesquisa reforça que o avanço do efetivo bovino, embora em ritmo mais lento do que o de 2022, quando o aumento foi de 4,6%, reflete o contínuo desenvolvimento da pecuária no Brasil.

    O valor bruto da produção pecuária (VBP) em 2023 foi um dos pontos altos do setor, com um crescimento de 7,7% em relação a 2022, impulsionado principalmente pela alta de 68,9% na produção de suínos. Desse total, os bovinos contribuíram com 12%, seguido pelo frango (8,3%), leite (5,3%) e suínos (4,9%). O VBP agropecuário total alcançou R$ 1,2 trilhão em agosto, dos quais R$ 391,6 bilhões referem-se à produção pecuária, correspondendo a 32,6% do total.

    Entre os estados, o Centro-Oeste manteve sua liderança na produção agropecuária, com 28,6% de participação no VBP total, seguido de perto pela região Sudeste, com 28,4%. Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, encabeça a lista, com 13,9% do valor total, seguido por São Paulo (13,3%), Minas Gerais (11,4%) e Paraná (11,3%).

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    Minas Gerais liderou no valor de produção de produtos pecuários, gerando R$ 24,6 bilhões, dos quais 87,5% advêm da produção de leite. Com isso, o estado reafirma sua posição de destaque no setor, especialmente no que se refere à produção láctea. Paraná e Rio Grande do Sul completam o pódio, com R$ 14,3 bilhões e R$ 11,3 bilhões, respectivamente.

    O leite segue sendo o principal produto pecuário em termos de valor de produção. Em 2023, a produção láctea atingiu 35,4 bilhões de litros, o que gerou R$ 80,4 bilhões, um aumento de 0,4% em comparação a 2022. O crescimento se deu, mesmo com a redução de 1,9% no preço médio do litro de leite, graças a uma alta de 2,4% no volume produzido. Esse aumento é atribuído, em parte, à maior adoção de tecnologias de manejo e genética, que têm impulsionado a produtividade do setor, apesar da diminuição no número de vacas ordenhadas, que caiu para 15,7 milhões, o menor nível desde 1979.

    Os ovos de galinha foram o segundo produto mais importante no valor total de produção, alcançando R$ 30,4 bilhões, o que representa 27,1% do total. Em comparação a 2022, houve um aumento significativo de 17,3% no valor de produção dos ovos, um crescimento de R$ 4,5 bilhões. A produção totalizou 5 bilhões de dúzias, mantendo o país entre os maiores produtores mundiais.

    Entre os municípios, Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, destacou-se como o maior produtor nacional de ovos de galinha, com um valor de produção de R$ 1,9 bilhão, quase totalmente derivado dessa atividade. Bastos, em São Paulo, ficou em segundo lugar, com R$ 1,4 bilhão, sendo 98,6% desse valor também proveniente da produção de ovos. Em terceiro lugar, o município de Castro, no Paraná, gerou R$ 1,3 bilhão, com grande parte desse valor advindo da produção de leite.

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    Além do leite e dos ovos de galinha, outros produtos também contribuíram para o valor total da produção pecuária em 2023. O mel gerou R$ 0,9 bilhão, enquanto os ovos de codorna representaram R$ 0,5 bilhão. A produção de lã e casulos do bicho-da-seda, embora menores em valor, também marcaram presença, com participações abaixo de 0,1%.

    O ano de 2023 foi marcado pela influência do fenômeno La Niña, que trouxe estiagem para o Sul do Brasil e condições climáticas favoráveis para o Norte e Nordeste. Essas variações climáticas influenciaram diretamente a produtividade das lavouras e da pecuária, com impacto no preço e volume dos produtos. Apesar dessas oscilações, a pecuária brasileira manteve-se em expansão, demonstrando resiliência e capacidade de adaptação.

    Com os recordes alcançados, o setor pecuário brasileiro segue se consolidando como um dos mais importantes no cenário mundial, tanto pelo tamanho do rebanho quanto pelo valor gerado. A expectativa é que, com a continuidade dos investimentos em tecnologia, manejo e genética, a produtividade siga em alta, contribuindo para o crescimento sustentável do setor nos próximos anos.

    A pesquisa do IBGE revela não apenas o vigor da pecuária no país, mas também sua relevância para a economia nacional, sendo um pilar do agronegócio e um importante gerador de divisas.

    Fonte: Pensar Agro

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    AGRONEGÓCIO

    Preços dos ovos fecham março em queda, mas carne de frango sobe

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    As cotações dos ovos encerraram março em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Segundo os pesquisadores, a demanda enfraqueceu na segunda quinzena do mês, reduzindo o ritmo das vendas e pressionando os valores. Apesar disso, os preços permanecem acima dos registrados em março de 2024.

    No dia 3 de abril, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos foi negociada a R$ 199,69 em São Paulo, enquanto os ovos vermelhos alcançaram R$ 227,20. A desvalorização dos ovos brancos foi mais acentuada do que a do produto vermelho, devido à oferta reduzida deste último em diversas praças, o que ajudou a limitar as baixas.

    Em contraste, os preços da carne de frango voltaram a subir na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse movimento é atribuído ao típico aquecimento da demanda no início do mês, impulsionado pelo maior poder de compra da população após o recebimento de salários.

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    O Cepea, parte do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), realiza pesquisas sobre a dinâmica de cadeias produtivas e o funcionamento integrado do agronegócio, abrangendo questões como defesa sanitária, políticas comerciais externas e influência de novas tecnologias.

    Fonte: Pensar Agro

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