PARANÁ
Canal do Varadouro: governador mostra projeto no maior evento náutico da América Latina
Publicado em
19 de setembro de 2024por
Itajuba Tadeu
O projeto de reativação do Canal do Varadouro, entre os litorais do Paraná e de São Paulo, foi apresentado nesta quinta-feira (19) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior no 9º Congresso Internacional Náutica, dentro da programação do São Paulo Boat Show 2024, maior salão náutico da América Latina. O Governo do Estado contratou os estudos para explorar o potencial turístico da faixa litorânea, que tem cerca de 6 quilômetros de extensão e conecta Paranaguá a Cananéia (SP), passando pela Ilha das Peças e Ilha de Superagui.
O Anteprojeto de Dragagem, de Sinalização Náutica e de Instalações de Apoio ao Turismo no Canal do Varadouro foi elaborado pela Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre) a partir de um contrato celebrado com o Paraná Projetos, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento. O objetivo é melhorar as condições de navegabilidade do canal para facilitar a vida das comunidades ribeirinhas e fomentar o turismo de base comunitária na região.
Ratinho Junior destacou que a exploração da atividade náutica na região faz parte de um grande planejamento do Governo do Estado para o desenvolvimento dos diferentes segmentos turísticos do Paraná. “Quando assumimos o governo, iniciamos um planejamento para potencializar o turismo no Paraná, para ajudar na geração de empregos e no desenvolvimento do Estado”, afirmou o governador.
“Foi assim que identificamos a importância do turismo náutico, sendo que a pesca esportiva é o segundo esporte mais praticado no Brasil, movimentando as regiões costeiras”, explicou. “Se você olha no mapa, dá para perceber que o Paraná é praticamente uma ilha, com o Oceano Atlântico no Leste, o Rio Paranapanema em cima, na divisa com São Paulo, o Rio Paraná no Noroeste e Rio Iguaçu desde a Serra do Mar, passando pelo Sul até o Oeste, além de um volume enorme de represas de hidrelétricas. Tudo isso representa um grande potencial a ser explorado”.
Para o governador, o Brasil ainda não explora todo o potencial que existe no segmento, que movimenta não apenas os serviços nas regiões costeiras, como também toda a cadeia do setor, com a construção de marinas e a indústria de embarcações. “É por isso que esperamos concretizar esse grande projeto do Canal do Varadouro, que é uma espécie de BR do mar, ligando o litoral do Paraná ao de São Paulo”, ressaltou.
Ele explicou que o canal foi aberto nos anos 1950, mas sua utilização remonta a uma época anterior à chegada dos portugueses na América do Sul. “A falta de manutenção faz com que as embarcações tenham dificuldade na navegação, o que limita o potencial turístico nessa região maravilhosa, dentro da Mata Atlântica”, disse. “Já protocolamos no Ibama o pedido de aval para fazer uma simples dragagem no local, que vai criar um grande corredor de desenvolvimento do turismo de natureza, fortalecendo o mundo náutico”.
Segundo Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica, que promove o evento, o projeto vai transformar o cenário náutico do Brasil, com potencial para atrair turistas e navegadores do mundo inteiro. “As pessoas vão vir de fora para navegar no local, por causa dos atrativos turísticos que existem na região. Tenho certeza que vamos ter uma segunda Foz do Iguaçu no Paraná. A Mata Atlântica, entre Cananeia, Guaraqueçaba e Antonina, é um grande potencial para o turismo mundial”, afirmou.
PROJETO – O projeto contempla a abertura do canal, que terá 30 metros de largura nos locais onde existe uma maior distância entre as margens e 20 metros de largura nos locais com menor distância entre as margens, e a dragagem até atingir profundidade de 2,4 metros. A proposta também contempla 160 sinais náuticos, basicamente compostos por boias.
Outra novidade envolve a construção de apoios náuticos com estruturas de madeira que incluem banheiros, conveniências, ambulatório e áreas de espera. Nas comunidades de Guapicu, Sebuí e Barbados, foram propostos trapiches e apoios náuticos menores. Por outro lado, nas comunidades de Superagui e Ilha das Peças, que recebem um maior número de turistas, a ideia é construir trapiches e apoios náuticos maiores para atender às necessidades específicas do turismo. Em Ararapira, foi projetado apenas um trapiche para melhorar o acesso à comunidade.
FROTA NÁUTICA – Segundo o Anuário da Marinha de 2021, o Paraná tem a terceira maior malha náutica do Brasil, com 95.168 embarcações, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Considerando apenas embarcações turísticas, o Estado segue em terceiro lugar, com um total de 44.761 embarcações. Ou seja, praticamente a metade das embarcações registradas no Paraná têm como finalidade a prática do turismo náutico.
Outro dado relevante é referente às lanchas, segmento em que o Paraná ultrapassa o Rio de Janeiro e é o segundo estado com maior número desse tipo de embarcação, com um total de 35.200 lanchas, o que significa 15,1% do total de lanchas registradas no Brasil.
BOAT SHOW – O São Paulo Boat Show está em sua 27ª edição e é promovido pelo Grupo Náutica, que é especializado no segmento. É o maior salão náutico da América Latina, reunindo 120 marcas que expõem embarcações, motores, equipamentos, acessórios e serviços náuticos. Somente no ano passado, reuniu 38 mil pessoas na capital paulista.
O Paraná é um dos expositores do evento, com o estande da Secretaria de Estado do Turismo apresentando os atrativos do Estado. “O Boat Show é um grande evento de um segmento turístico muito importante para o Paraná. Por isso estamos presentes, mostrando os atrativos, eventos, estruturas, baías, lagos e unidades de conservação do nosso Estado”, disse o secretário estadual do Turismo, Marcio Nunes. “É uma parceria da qual já estamos colhendo os frutos, já que traremos ao Paraná o Boat Show Foz do Iguaçu, que terá sua segunda edição em novembro”.
Para o diretor-presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes, é importante participar de eventos de segmentos turísticos variados, já que o Estado tem bons atrativos e serviços qualificados em todos os recortes do setor. “O Paraná tem a terceira maior malha náutica do Brasil, sendo que quase metade delas é usada para o turismo náutico. Por isso é muito importante participar de eventos como este, porque eles são uma das ferramentas que alavancam e posicionam o Estado na prateleira do turismo nacional e mundial, em seus diferentes segmentos”, disse
Fonte: Governo PR
PARANÁ
Pesquisa do Paraná desenvolve avião agrícola de pulverização não tripulado
Published
3 horas agoon
27 de abril de 2025By

Com o objetivo de alcançar avanços na tecnologia aeronáutica paranaense, foi lançado sexta-feira (25) o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Aeronaves de Pequeno Porte. O foco inicial das pesquisas é o avião agrícola de pulverização não tripulado. O projeto visa, inicialmente, o voo remotamente pilotado do AgroVANT (uma aeronave de pulverização agrícola, de asa fixa pesando acima de uma tonelada). A longo prazo, espera-se realizar um voo autônomo desta aeronave. Os estudos terão investimento do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, de R$ 2,7 milhões.
A proposta dos pesquisadores apresenta uma solução tecnológica inovadora para o sistema de controle de uma aeronave de asa fixa com propulsão a combustão, aplicada à pulverização agrícola, capaz de realizar um voo supervisionado, inclusive com auxílio de sistemas de apoio ao piloto remoto, baseados em câmeras e sistemas embarcados inteligentes integrados ao AgroVANT. Integram o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Aeronaves de Pequeno Porte, pesquisadores da UTFPR, Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da IPE Aeronaves.
Segundo o pesquisador do Laboratório de Inovação e Tecnologia em Sistemas Embarcados e Energia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e articulador do NAPI Aeronaves, Douglas Renaux, o desenvolvimento do sistema de controle digital para uma aeronave não-tripulada, com massa superior a 1 tonelada, capaz de realizar voos autônomos é de elevada complexidade e uma iniciativa pioneira.
“Não se tem conhecimento de uma aeronave com este porte, para aplicação civil, atualmente em operação no mundo. Inicialmente ele vai ser pilotado remotamente, ou seja, vai ter uma pessoa no chão responsável pela pilotagem. Ao longo do tempo a gente quer ir aumentando o nível de autonomicidade da aeronave até que a gente possa ter uma aeronave 100% autônoma”, explica o pesquisador.
Desta forma, será possível programar a aeronave antecipadamente indicando de onde ela deve decolar, pra onde ela deve voar, como ela deve pulverizar e como ela deve retornar. “Esperamos um aumento enorme de efetividade, de eficiência, e também de segurança porque hoje a área de aviação agrícola é causadora de muitos acidentes. Tirando o piloto de dentro da aeronave vamos conseguir ganhos muito significativos”, ressalta Douglas Renaux.
BENEFÍCIOS PARA A SOCIEDADE – No projeto os pesquisadores serão responsáveis pelo desenvolvimento dos sistemas aviônicos e os trabalhos com engenharia de materiais enquanto a empresa paranaense IPE Aeronaves, atuando há 50 anos no mercado, participa com a aeronave que vem sendo desenvolvida há mais de dois anos pela empresa.
“Se formos avaliar a área pulverizada no Brasil, são mais de dois bilhões de hectares que tem que ser pulverizados, com uma grande necessidade de sistemas ou máquinas. Com essa tecnologia que nós estamos desenvolvendo e vamos oferecer ao agricultor, nós vemos isso como um mercado enorme a ser atingido, não só no Brasil como na América do Norte, e, futuramente, na África e até na Europa, pois não tem nada similar a isso no mundo”, afirma o sócio gerente da IPE Aeronaves e presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPETEC), João Carlos Boscardin.
Levantamentos da empresa mostram que, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, um piloto é vítima de acidente fatal a cada mês. “Fora outros acidentes com sequelas. Por ser uma atividade muito repetitiva, é muito fácil você poder tirar o piloto de dentro da aeronave reduzindo estes números”, destaca Boscardin.
Atualmente, as aeronaves sem piloto que fazem a pulverização agrícola são da categoria chamada multicópteros, com hélices voltadas para cima, como em um helicóptero. Precisam carregar o próprio peso através do esforço do motor, o que faz com que a autonomia e a eficiência deles sejam muito baixas. Só conseguem carregar alguns litros do produto, enquanto o projeto proposto possui uma aeronave de asa fixa, mais eficiente, com capacidade de voar com mais de uma tonelada.
“Enquanto os multicóprteros voam talvez a 20 km/h, a gente voa a 150 km/h por hora. Então há um ganho significativo de eficiência, muito mais área pulverizada em muito menos tempo, muito menos consumo de combustível e de energia”, ressalta o articulador do NAPI Aeronaves Douglas Renaux.
“Temos a participação de universidades importantes e de uma empresa que tem uma importância grande no desenvolvimento de novas propostas para o Estado que é a IPE. Nessa parceria a eletrônica embarcada vai ser feita pelas universidades paranaenses. Então vejam a importância disso, a possibilidade de criarmos riqueza, renda e emprego de alto valor agregado com a produção de AgroVANT no estado Paraná”, enfatizou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.
- Supermercado do mundo: Paraná exporta mais alimentos que países como Japão, Portugal e Coreia do Sul
O reitor da UTFPR, Everton Ricardi Lozano da Silva, ressaltou a importância da estratégia dos NAPIs para o avanço da ciência e inovação no Paraná. “A UTFPR participa de maneira direta de mais de 20 NAPIs. E este é um NAPI estratégico por ser uma iniciativa inédita. Promete a entrega de uma solução de alto impacto para a sociedade e não só paranaense, mas em nível nacional e internacional. A expectativa é de que a gente consiga entregar para a sociedade um produto altamente sustentável e tecnológico”, disse o reitor.
Outro benefício fundamental da proposta é a capacidade de realizar pulverizações noturnas ou em condições de visibilidade reduzida, otimizando a utilização do tempo e respondendo às demandas sazonais da agricultura.
A eliminação das perdas de plantio nos pontos onde as máquinas agrícolas deixam rastros de pneus representa uma melhoria adicional na eficiência operacional, enquanto a ausência de compactação do solo, frequentemente causada pelo peso do maquinário agrícola, contribuirá para a preservação da qualidade do solo ao longo do tempo.
Fonte: Governo PR

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