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Fogo e gelo: frente fria ajuda reduzir incêndios em SP e faz nevar em SC; vídeos

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A frente fria que está sobre a região Sul chegou ao Estado de São Paulo neste fim de semana, trazendo chuvas que ajudaram no combate aos incêndios que têm devastado lavouras em diversas regiões. No entanto, a situação ainda é alarmante, com seis cidades registrando focos ativos de incêndio, de acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil.

Nos últimos dias, o Estado enfrentou um número recorde de incêndios, com 2.316 focos identificados nas últimas 48 horas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse total supera os incêndios em regiões que geralmente são mais suscetíveis a períodos quentes e secos, como Mato Grosso e Pará. As chamas causaram danos significativos não apenas nas lavouras de café e grãos, mas também nos canaviais do interior paulista.

Para enfrentar essa crise, o governo federal mobilizou esforços das Forças Armadas, enviando sete aeronaves, incluindo um KC-390, para auxiliar no combate aos incêndios. Além disso, outras dez aeronaves da Polícia Militar estão em operação, complementadas por 614 viaturas do Corpo de Bombeiros e 1.936 caminhões-pipa, totalizando mais de 3.000 veículos empregados na missão de controle das chamas.

Veja a situação dos incêndios em SP:

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FRIO CONTINUA – A frente fria que se formou no Sul do Brasil trouxe chuvas de forte intensidade e, em sua retaguarda, uma massa de ar polar, que até gerou ocorrências de neve em algumas áreas. No entanto, na próxima semana, essa frente fria deve se afastar para o oceano, permitindo que a massa de ar polar domine ainda mais o centro-sul do Brasil, intensificando a sensação de frio.

Nevou em Santa Catarina neste sábado (24)Nesta segunda-feira (26.08), a massa de ar polar permanece concentrada entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul, transportando ar frio para o Norte do Brasil, alcançando também o Mato Grosso do Sul, o norte de São Paulo e o sul de Minas Gerais.

Há potencial para formação de geadas em todas as regiões do Rio Grande do Sul, no oeste, Planalto, região central e sul de Santa Catarina, no oeste, centro, sul e leste do Paraná.

Previsão de temperaturas negativas na região dos Campos de Cima da Serra no Rio Grande do Sul, na Serra e Planalto de Santa Catarina, no sul do Paraná. Mesmo não registrando temperaturas negativas, muitas localidades vão registrar mínimas próximas de 0°C. As regiões com maior potencial são: Campanha, Região Central, Norte e Serra do Rio Grande do Sul, Oeste e Norte de Santa Catarina, região Central e Leste do Paraná.

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Na Região Sudeste, o frio também será mais intenso nesta segunda-feira (26), mas a frente fria ainda atua no litoral norte de São Paulo, no Rio de Janeiro, no sul e sudeste de Minas Gerais e no Espírito Santo, provocando chuvas de fraca a moderada intensidade durante a madrugada e a manhã, com redução do potencial das chuvas a partir da tarde e tempo mais firme a partir da noite.

No restante da semana, o frio vai perdendo intensidade e o ganho térmico ao longo do dia aumenta, devido ao afastamento da massa de ar polar. A última semana de agosto será marcada pelo frio no centro-sul do país, mas na transição do mês já poderemos ver um indicativo da formação de uma onda de calor, que pode perdurar durante boa parte da primeira quinzena de setembro.

Veja imagens da neve:

Fonte: Pensar Agro

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Na semana da Páscoa, indústria de chocolate enfrenta crise histórica

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A Páscoa de 2025 chega em meio à maior crise já registrada no mercado global de cacau. Com a cotação da amêndoa batendo recordes históricos, a indústria do chocolate enfrenta um cenário crítico: falta de matéria-prima, custo em alta e risco de desabastecimento. O preço do cacau acumula uma disparada de 189% só neste início de ano, somado a picos que chegaram a 282% no mercado internacional ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia).

O impacto dessa escalada já se reflete diretamente no setor produtivo brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, a indústria processadora nacional recebeu apenas 17.758 toneladas de cacau, volume 67,4% menor em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). É um dos piores desempenhos dos últimos anos.

Sem matéria-prima suficiente no mercado interno, o Brasil aumentou as importações para tentar garantir o abastecimento, trazendo 19.491 toneladas de cacau de fora — alta de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a conta não fecha. A indústria terminou o trimestre com um déficit de 14.886 toneladas, o que acende o sinal de alerta sobre a sustentabilidade do setor.

Embora os chocolates da Páscoa já estejam nas lojas desde fevereiro — resultado de compras antecipadas feitas pela indústria — os reflexos da crise serão sentidos ao longo do ano. A defasagem entre a produção nacional e o volume processado mostra que o Brasil voltou a depender fortemente do mercado externo, num momento em que a oferta mundial também está em colapso.

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Gana e Costa do Marfim, que concentram mais de 60% da produção global, enfrentam quebras de safra causadas por pragas, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras. A menor oferta mundial reduziu os estoques ao menor nível em décadas, pressionando ainda mais os preços e criando um efeito cascata sobre todos os elos da cadeia.

No Brasil, a situação também é crítica. A Bahia, que responde por dois terços do cacau nacional, entregou apenas 11.671 toneladas às indústrias no primeiro trimestre — retração de 73% frente aos últimos três meses de 2024. Técnicos apontam que o clima instável prejudicou o florescimento e agravou a incidência de doenças como a vassoura-de-bruxa, exigindo mais investimento em manejo e controle.

Apesar da queda drástica na produção, o produtor baiano tem sido parcialmente compensado pelo preço elevado da amêndoa, que supera R$ 23 mil a tonelada. O custo dos insumos, por outro lado, já não sobe no mesmo ritmo, o que ajuda a preservar a renda do campo. Ainda assim, a insegurança climática e o risco sanitário mantêm o setor em alerta.

Na tentativa de segurar os preços ao consumidor, a indústria brasileira está buscando alternativas, como mudanças nas formulações, cortes de gramatura e reformulação de produtos. Chocolates com maior teor de cacau — que dependem mais diretamente da amêndoa — devem ser os mais afetados. Já produtos de linha popular podem manter preços mais estáveis, ainda que com porções menores.

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Mesmo assim, o consumidor já percebe reajustes nas gôndolas. O ovo de Páscoa, símbolo do período, está até 20% mais caro em relação ao ano passado, e a tendência é de novos aumentos caso a crise se prolongue.

O atual desequilíbrio entre oferta e demanda reforça a urgência de investimentos em produtividade no Brasil. O país, que já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo, hoje precisa importar amêndoa para manter sua indústria funcionando. Com lavouras envelhecidas, baixa produtividade média e forte dependência de condições climáticas, a cadeia brasileira está vulnerável.

Segundo a AIPC, é necessário acelerar a renovação de pomares, incentivar o uso de clones mais produtivos e resistentes, e ampliar o acesso a crédito para pequenos e médios produtores. Também cresce a demanda por políticas públicas que favoreçam a expansão da cacauicultura na Amazônia, no Espírito Santo e em novas fronteiras agrícolas.

Enquanto isso, o chocolate — produto culturalmente associado à celebração e ao prazer — pode se tornar um item mais raro e caro na mesa dos brasileiros. A crise do cacau já não é um problema futuro. Ela está acontecendo agora, e a Páscoa de 2025 é a prova mais amarga disso.

Fonte: Pensar Agro

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