NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Anticiclone que se formou no mar derrubou temperaturas em todo País. Paraná chegou a -6,2

Publicado em

Como o Pensar Agro antecipou semana passada, um anticiclone extratropical que se formou na costa derrubou as temperaturas que já vinham baixas há vários dias em toda região sul, com reflexo por todo o País. No Paraná, onde o frio foi mais intenso, pelo menos 15 cidades registram temperaturas abaixo de zero, entre domingo e esta quarta-feira (14.08).

O estado  registrou as temperaturas mais baixas do ano, com destaque para as cidades de Palmes com -6,2 e General Carneiro, onde os termômetros marcaram -5,3°C, com uma sensação térmica ainda mais gelada de -9,2°C. Outros municípios paranaenses, como Palmas, São Mateus do Sul, Castro e Pinhão, também enfrentaram temperaturas negativas, gerando preocupação entre os agricultores e pecuaristas.

Em Santa Catarina pelo menos 53 municípios tiveram temperaturas abaixo de zero. As menores mínimas variaram de 0°C a 3°C e maior mínima ocorreu em Imbituba de 9,5°C. Apesar do frio intenso, não foi o dia com a temperatura mais baixa do ano, na terça-feira (13.08) a mínima foi de -6,4°C em Urupema e o menor registro naquela região havia sido de -7, 2°C no dia 30/06/2024.

O impacto dessa frente fria não se limitou ao Paraná. Em Mato Grosso do Sul, as temperaturas caíram drasticamente, levando à morte de aproximadamente 120 cabeças de gado no município de Jaraguari. A baixa temperatura, aliada à geada que atingiu 41 cidades do estado, resultou em perdas significativas para os pecuaristas da região, que já enfrentavam dificuldades climáticas ao longo do ano.

Leia Também:  Mudanças climáticas já causaram R$ 19,1 trilhões em perdas agrícolas

Em várias outras regiões do Brasil, há relatos de frio intenso até mesmo em áreas que geralmente não enfrentam temperaturas tão baixas. Esse fenômeno climático, causado por uma massa de ar de alta pressão que empurrou o ar frio para a superfície, trouxe desafios adicionais para a agricultura e a pecuária em diversas partes do país.

O meteorologista William Max de Oliveira Romão, do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), explicou que a formação desse anticiclone foi a principal responsável pela queda abrupta nas temperaturas. “Essa massa de ar frio é típica dessa época do ano, mas o que chamou a atenção foi a intensidade e a abrangência do fenômeno, afetando tanto o Sul quanto outras regiões do Brasil”, destacou.

Os agricultores agora enfrentam o desafio de avaliar as perdas e tomar medidas para mitigar os impactos futuros, enquanto os pecuaristas buscam alternativas para proteger os animais de novas ondas de frio, que ainda podem ocorrer antes do final do inverno. A situação exige atenção redobrada e resposta rápida para evitar prejuízos ainda maiores nas próximas semanas.

Leia Também:  Brasil precisa investir R$ 15 bilhões em armazenamento para acabar com estoques a céu aberto

Enquanto no domingo (11.08), Monte Verde (Minas Gerais) e Campos do Jordão (São Paulo) registraram temperaturas de -2°C, na segunda-feira (12.08) Bom Jardim da Serra (SC) registrou -4°C. A ocorrência caracteriza a onda de frio mais intensa do ano.

A previsão indica que, apesar da região sul ainda continuar com temperaturas mais baixas, já na própria sexta-feira (16), as máximas estarão atingindo os 40°C no Mato Grosso do Sul. No oeste de São Paulo e noroeste do Paraná, as temperaturas podem chegar aos 38°C durante a tarde, o que significa que a onda de frio dará espaço rapidamente para uma nova onda de calor no Brasil.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

Published

on

By

Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Leia Também:  Governo proíbe uso do fogo para manejo de áreas rurais em 2025

Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA