O Paraná está em segundo lugar no ranking dos estados com o maior número de investigações abertas pela Polícia Federal (PF) relacionadas a irregularidades eleitorais nos últimos 12 meses. Os dados são da plataforma criada pela Polícia Federal e lançada na terça (6) pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados estão sendo coletados desde de 16 de agosto de 2023. São 124 casos em investigação no Paraná, que perde somente para o Rio de Janeiro (193) e está na frente até mesmo de São Paulo (106).

Dos casos investigados no Paraná, 39 foram encaminhados pela Justiça Eleitoral, 32 pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), 29 pelo Ministério Público Estadual (MPPR), 13 pelo Ministério Público Federal (MPF) e quatro pela própria Polícia Federal. De acordo com o sistema, cinco não foram elencados, um foi encaminhado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e um por pessoa física. A última atualização foi nesta quarta (7), às 12h09.

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No Paraná, omissão de documentos e informações à Justiça Eleitoral, como notas fiscais e atas partidárias lideram as irregularidades, com 41 investigações, seguida de casos de descumprimento de ordens judiciais ou instruções da Justiça Eleitoral, com 17 investigações. No Brasil, o maior volume de investigações também trata da omissão de documentos.

A consulta é pública e a localização dos casos pode ser por data e tipo penal, assim como Unidade da Federação (UF) e origem da comunicação do suposto ilícito eleitoral.

“Nos dias que antecedem as eleições, os dados serão atualizados a cada hora, para que se tenha, então, a partir da denúncia, o que aconteceu e para onde foi encaminhado [o caso] e para que, se for da Polícia Federal, sejam verificados quantos inquéritos estão em andamento e quais providências foram adotadas”, explicou a presidente do TSE, Cármem Lúcia, no lançamento da plataforma.

O diretor-substituto da Polícia Federal Gustavo Paulo Leite de Souza reafirmou o compromisso da instituição com a transparência e disse que a disponibilização do painel tem o objetivo de fornecer à sociedade e à imprensa informações confiáveis sobre os casos apurados pelo departamento. A PF é uma das instituições que compõem o CIEDDE.

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“A PF coloca à disposição da sociedade brasileira os seus canais de dados abertos na rede de computadores, as informações gerenciais sobre nossas investigações, as apurações e o encaminhamento das denúncias recebidas pelas nossas superintendências e delegacias de todo o país”, disse o representante da PF.

Plataformas digitais

O lançamento da ferramenta da PF fez parte da solenidade de assinatura de memorando de entendimento com as plataformas digitais. Além disso, para a criação do disque-denúncia (1491)

Por meio dos acordos, as empresas TikTok, LinkedIn, Facebook, WhatsApp, Instagram, Google, Kwai, Telegram e X (antigo Twitter) se comprometeram a colaborar com a Justiça Eleitoral no Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE), inaugurado no dia 12 de março deste ano pelo ministro Alexandre de Moraes para organizar o trabalho de combate às mentiras propagadas pela internet durante as Eleições Municipais de 2024.