NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Mapa diz que acabou com o foco de Newcastle no Rio Grande do Sul

Publicado em

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou nesta sexta-feira (26.07) a erradicação do foco de Newcastle em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. A confirmação do caso ocorreu na semana passada, mas a rápida resposta das autoridades sanitárias permitiu identificar, conter e eliminar o vírus em um curto período, trazendo alívio para o setor avícola.

Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária, destacou a eficiência do serviço sanitário brasileiro em lidar com a situação. “A rápida identificação e eliminação do vírus no plantel comercial nos permite agilizar a normalização das exportações de produtos avícolas do país,” afirmou Goulart.

Desde a confirmação do caso, amostras foram coletadas em 9 de julho e encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Campinas (SP). O foco foi erradicado apenas uma semana depois, no dia 17, com a expectativa de que o status sanitário anterior seja retomado em até 90 dias, após a comprovação da ausência do vírus.

Apesar da eliminação do foco, a retomada do fluxo das exportações ainda depende da aprovação dos países importadores, que estão sendo informados diariamente sobre os avanços no caso. Com a redução da área de emergência e a revisão das restrições, o cenário começa a se estabilizar. Importadores como China e México, que ainda mantêm restrições, deverão receber dados robustos para análise e certificação de que o Brasil está livre da doença.

Leia Também:  No Sul volta a chover sábado. No restante do país, clima de deserto

Marcelo Mota, diretor do Departamento de Saúde Animal, explicou que a fonte do foco foi eliminada sem espalhamento do vírus. “O sistema de produção avícola comercial brasileiro não foi violado, e a situação se limitou a um estabelecimento pontual,” disse Mota.

O ministério continuará investigando as possíveis causas do foco, considerando a possibilidade de que eventos climáticos extremos na região tenham contribuído para o contato da criação comercial com aves silvestres infectadas. “É provável que a fonte externa tenha causado uma ruptura na biosseguridade da granja,” comentou Goulart.

Para garantir a segurança, o abate das aves das 49 granjas comerciais no raio de 10 quilômetros do foco será acompanhado de perto. As carnes passarão por tratamento térmico antes de serem comercializadas. As Guias de Trânsito Animal (GTA) serão emitidas para monitorar as rotas de escoamento dos animais, com abates realizados em Marau e Lajeado.

José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), destacou que o setor está preparado para estocar a produção, embora a redução das restrições traga alívio para as indústrias. “A tendência é regularizar aos poucos para evitar grandes impactos,” afirmou Santos.

Leia Também:  Ministério da Agricultura institui maio como o “mês da saúde animal”

O Ministério da Agricultura informou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e aos países importadores sobre o encerramento do foco, reforçando o compromisso do Brasil com a sanidade e a segurança alimentar no comércio internacional.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Agronegócio mineiro bate recorde histórico no primeiro trimestre

Published

on

By

O agronegócio de Minas Gerais alcançou um desempenho sem precedentes no primeiro trimestre de 2025, com um faturamento equivalente a R$ 26,1 bilhões — o maior já registrado desde o início da série histórica, em 1997. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), revelam que o setor movimentou cerca de 3 milhões de toneladas em exportações e superou a mineração, tradicional carro-chefe da economia mineira, ao responder por 45,3% das vendas externas do estado.

O mês de março também entrou para a história como o melhor já registrado em termos de receita, superando todos os meses anteriores desde o início do monitoramento. Comparado ao primeiro trimestre de 2024, o crescimento da receita foi de 26%, mesmo com uma queda de 14,2% no volume embarcado. O bom resultado foi impulsionado pela valorização das commodities agrícolas, cujo preço médio por tonelada subiu 47%. Em outros setores da economia mineira, a valorização média foi de 13%.

O café mais uma vez se destacou como o principal produto exportado pelo estado. Foram embarcadas 7,8 milhões de sacas, o que gerou uma receita equivalente a R$ 16,8 bilhões. A participação do grão na receita total do agronegócio mineiro foi de 64%, consolidando sua importância para a economia estadual. Em relação ao mesmo período do ano passado, o valor das exportações de café aumentou 77%, enquanto o volume cresceu 3%.

Leia Também:  Ministério da Agricultura institui maio como o “mês da saúde animal”

Minas manteve sua posição como o terceiro maior exportador de produtos do agro no Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e São Paulo. Os produtos mineiros chegaram a 150 destinos diferentes, com destaque para a China (responsável por 19% das compras), Estados Unidos (13%), Alemanha (10%), Itália (5%) e Japão (5%).

Entre os destaques do período estão os ovos, cujas exportações dispararam. Impulsionado pelo surto de gripe aviária nos Estados Unidos, o segmento registrou alta de 266% em valor e 153% em volume, totalizando 2 mil toneladas embarcadas e uma receita de R$ 23,2 milhões. No mesmo intervalo de 2024, haviam sido exportadas 809 toneladas, com faturamento de cerca de R$ 5,8 milhões. Segundo a Seapa, a demanda dos EUA e do Chile ajudou a alavancar as vendas do produto mineiro.

As carnes também mostraram força nas exportações. No total, foram embarcadas 115 mil toneladas, com receita de R$ 2,24 bilhões — aumento de 23% na comparação anual. A carne bovina liderou entre os cortes exportados, gerando R$ 1,56 bilhão com 57 mil toneladas, impulsionada principalmente pelas vendas aos Estados Unidos, que cresceram 148%. A carne de frango contribuiu com R$ 550 milhões e 49 mil toneladas, enquanto os suínos somaram R$ 104 milhões com 8 mil toneladas exportadas.

Leia Também:  Brasil vai vender frango para um dos maiores consumidores do sudeste europeu

Apesar do cenário geral positivo, alguns segmentos registraram retração. O complexo sucroalcooleiro, que reúne açúcar e etanol, teve queda de 50% na receita e de 46% no volume exportado. O setor movimentou R$ 1,48 bilhão no trimestre, reflexo da baixa nos preços internacionais.

Já o complexo da soja também apresentou resultados negativos: a receita caiu 18,3% e o volume 8,8%, com R$ 3,17 bilhões arrecadados e 1,4 milhão de toneladas exportadas. Apesar do recuo, houve melhora nos embarques durante o mês de março, com o início da nova safra.

O grupo de produtos florestais, formado por celulose, papel e madeira, também enfrentou dificuldades. A receita totalizou R$ 1,41 bilhão, representando uma queda de 15%. Segundo a Seapa, o desempenho foi impactado pela desaceleração de economias importadoras e pela continuidade de gargalos logísticos no transporte marítimo global.


Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA