11 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    PARANÁ

    Paraná é principal porta de entrada para maior parte do arroz importado pelo Brasil

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    O Brasil importou 586 mil toneladas de arroz no primeiro semestre deste ano. Um volume 11% superior ao mesmo período do ano passado. Com o Paraguai sendo o maior fornecedor – 359 mil toneladas –, o Paraná se constituiu na principal porta de entrada do produto.

    Os dados dessa importação são detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 12 a 18 de julho. Preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), o documento destaca o aumento de 47% em termos financeiros, puxado pela alta dos preços no mercado internacional, totalizando US$ 356 milhões desembolsados pelo Brasil.

    Do produto vindo do Paraguai, 28% entraram por Foz do Iguaçu e 23% por Guaíra, no Oeste do Estado. Apesar disso, menos de 10% do volume é destinado efetivamente a municípios paranaenses. “Mesmo que esse ritmo se mantenha no segundo semestre, as importações somadas à produção paranaense são insuficientes para o consumo local, que ainda é suprido por outros estados produtores”, salienta o agrônomo Carlos Hugo Godinho, analista da cultura no Deral.

    O maior volume do arroz importado do Mercosul tem como destino São Paulo e Minas Gerais, parte para consumo e parte para redistribuição a outros estados. O Rio Grande do Sul é o terceiro maior estado importador, sobretudo do Uruguai, ainda que tenha volume representativo chegando da Tailândia.

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    Mas o estado gaúcho também exporta o cereal. Com menor estoque nacional, as exportações retrocederam em 40% este ano, passando de 693 mil toneladas no primeiro semestre de 2023 para 414 mil agora.

    LEITE – Segundo dados do Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha a balança comercial do setor agropecuário, a importação paranaense de lácteos teve uma queda de 43,3% no volume comparado com o primeiro semestre de 2023. Em âmbito nacional a redução foi de apenas 4,8%.

    No Paraná, desde abril os principais lácteos adquiridos do Mercosul, que antes eram isentos, estão sujeitos à cobrança de 7% de ICMS. Atualmente o produtor paranaense recebe em média R$ 2,74 por litro de leite posto na indústria, valor semelhante ao do mesmo período de 2023.

    PEIXE – O boletim fala ainda sobre os dados preliminares do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023, que apontam produção de 193,3 mil toneladas de peixes no Paraná. Desse total, 91,9% foram de tilápias, que totalizaram 177,5 mil toneladas. Comparado a 2022, o aumento foi de 6%.

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    Em valores, os pescados de água doce e salgada alcançaram R$ 2,06 bilhões, alta de 27% comparado a 2022. Principal produtor, o Núcleo Regional de Toledo, no Oeste, teve VBP de R$ 1,08 bilhão, ou 52,7% do total estadual. Dos 399 municípios paranaenses, 364 têm a atividade pesqueira como produção comercial.

    SUÍNO E FRANGO – Dados do IBGE apontam que em junho o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da carne de porco em Curitiba registrou o maior aumento no País, alcançando 4,7%, quase dez vezes superior à média nacional de 0,5%. O dado se assemelha à pesquisa mensal realizada pelo Deral no Paraná, que apontou acréscimo de 3% (R$ 0,56) no preço médio de varejo dos cortes pesquisados.

    O documento do Deral retrata ainda o crescimento de 3,6% (R$ 0,16 a mais) no custo de produção do frango. Segundo a Embrapa Suínos e Aves, o custo de produção do frango vivo no Paraná, criado em aviários tipo climatizado em pressão positiva, atingiu o valor de R$ 4,58 por quilo em junho. No mês anterior estava em R$ 4,42 por quilo.

    Fonte: Governo PR

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    PARANÁ

    Genomas Paraná já sequenciou 1,2 mil amostras da população de Guarapuava

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    O projeto Genomas Paraná, financiado pelo Governo do Estado, apresentou nesta sexta-feira (11) os resultados preliminares do sequenciamento genético realizado em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná. De novembro de 2024 até o momento, foram sequenciadas 1.242 amostras biológicas de um total de 3.105 fornecidas por moradores da cidade e também de residentes nos distritos de Palmeirinha, Entre Rios e Guairacá.

    O estudo recebeu financiamento superior a R$ 6 milhões, entre recursos do Fundo Paraná, dotação orçamentária administrada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e da Fundação Araucária. O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e o Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec).

    O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, ressaltou que o Paraná tem investido financeiramente para contribuir de forma efetiva na melhoria da saúde pública. “A medicina de precisão é uma área em que buscamos a prevenção e também a resolução de doenças. O programa Genoma Paraná é de extrema importância para que possamos, futuramente, criar soluções para diagnósticos e tratamentos para a população, que é rica em diversidade étnico regional”, disse.

    “Esse é um projeto de longo prazo. Estamos celebrando mil genomas sequenciados de um universo de quase quatro mil amostras coletadas. Esses dados com informações reais que vão influenciar a saúde pública não são para agora, pois isso ainda vai demorar de dois a três anos. O que temos certeza, porém, é que o que estamos construindo é inédito”, explicou David Livingstone Figueiredo, professor da Unicentro e coordenador do projeto.

    O Genomas Paraná busca identificar marcadores genéticos associados a doenças prevalentes na população, abrindo caminho para a medicina de precisão. Com os dados recolhidos, será possível desenvolver tratamentos personalizados, reduzir diagnósticos tardios e implementar estratégias preventivas eficazes para os cidadãos.

    “É um caminho sem volta. Hoje tratamos as pessoas como um todo e nós sabemos que o tumor de tireoide em um paciente X é diferente do tumor do paciente Y, porque são pessoas diferentes, com biologia diferente, com genética diferente. A ideia dos genomas é nos dar subsídio para a medicina de precisão, tratando o paciente na sua individualidade”, complementou Figueiredo. “Mas não só tratar. Vai nos permitir um diagnóstico mais preciso e assertivo, trazendo estratégias para medicina pública.”

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    O projeto, que posiciona o Paraná na vanguarda da pesquisa genética aplicada à saúde, utiliza duas estratégias de amostragem: aleatória, ainda em andamento, realizada com pessoas com mais de 18 anos; e voluntária, já encerrada, destinada para diferentes gêneros, faixas etárias e também por idosos com mais de 80 anos, estes últimos indicados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

    No caso da amostragem aleatória, endereços residenciais de Guarapuava são sorteados para participarem do projeto. Ao chegar ao endereço, o pesquisador da empresa contratada explica o que é o programa e convida os moradores maiores de 18 anos e que morem há mais de seis meses na cidade a participarem. Dentre os residentes, mais um sorteio é realizado, uma vez que apenas um morador de cada domicílio pode participar do programa.

    Para as amostras por conveniência, já encerradas, a seleção dos voluntários aconteceu por meio de um cadastro de interesse e, depois de selecionados, por ordem de inscrição, de acordo com a faixa etária e sexo, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como os candidatos sorteados, os voluntários responderam a um questionário epidemiológico.

    Com relação à população idosa, foram escolhidas pessoas com mais de 80 anos, que apresentavam aptidão cognitiva (avaliado por Mini Mental e Pfeffer) e que residiam há mais de seis meses em Guarapuava.

    Além de responderem a um questionário epidemiológico com mais de 300 perguntas, os participantes do projeto doam amostras de sangue, saliva e fezes, uma vez que há cada vez mais doenças associadas à microbiota do intestino. Essas amostras são enviadas ao Ipec, onde são extraídas moléculas como DNA e RNA e realizadas análises genéticas utilizando equipamentos de última geração, como sequenciadores com capacidade de processar 96 amostras simultaneamente.

    O reitor da Unicentro, Fabio Hernandes, destacou a importância da instituição abrigar um projeto que poderá mudar os rumos da medicina pública no País. “É uma iniciativa encabeçada por pesquisadores da universidade e que auxiliará muito na saúde da nossa população. É um projeto inovador que a Unicentro, por meio de seus pesquisadores, está liderando”, salientou. “Só temos a agradecer e incentivar esses docentes, pois sabemos que este projeto trará muitos benefícios à saúde dos brasileiros.”

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    PRÓXIMOS PASSOS – A coleta de amostras biológicas continua, com o objetivo de alcançar quatro mil até o fim deste ano. A expectativa, porém, é coletar mais 4 mil, somando 8 mil coletas em um trabalho que deverá ocorrer pelos próximos anos. Além disso, também será realizada a integração dos resultados com a rede estadual de saúde.

    Entender o perfil genético do paranaense ajudará a avançar em diagnósticos precoces e até mesmo aperfeiçoar tratamento de doenças, como diabetes, obesidade, câncer, doenças neurológicas, cardiovasculares, autoimunes, hematológicas, endócrino-metabólicas e raras. No futuro, os profissionais de saúde terão acesso a informações cruciais sobre a predisposição genética de cada paciente a certas doenças, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso, e o planejamento de tratamento mais eficiente e personalizado.

    Como parte dessa estratégia e em parceria com o governo federal, foi inaugurado nesta sexta-feira o Centro Âncora do Projeto Genomas SUS, também em Guarapuava, no âmbito do Programa Nacional de Genômica e Saúde de Precisão (Genomas Brasil), do Ministério da Saúde. O local será responsável pela coleta de amostras, sequenciamento genético e análise de dados genéticos. Com oito centros em diferentes regiões do País, o Genomas SUS pretende formar um banco nacional de dados genômicos e clínicos dos brasileiros.

    “Este núcleo do Genoma SUS é uma conquista importante para o Paraná, que passará a ter dois, algo que somente nós e São Paulo possuem. Essa conquista se deu, sobretudo, por conta do programa Genomas Paraná e do investimento do Governo do Estado no complexo do Vale do Genoma”, afirmou o secretário Aldo Bona. “É uma conquista importante que coloca o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná como um braço executor de um programa nacional de grande relevância”.

    Integram o Genoma SUS oito centros de pesquisa em seis estados, sendo dois deles no Paraná: em Guarapuava, com atividades desenvolvidas na Unicentro, em parceria com o Ipec, e em Curitiba, no Instituto Carlos Chagas (ICC), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

    Fonte: Governo PR

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