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AGRONEGÓCIO

Vendas do agronegócio atingiram R$ 454,8 bilhões no primeiro semestre

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O agronegócio brasileiro continua a mostrar sua força no cenário internacional. As exportações do setor alcançaram um novo marco histórico no primeiro semestre de 2024, totalizando US$ 82,39 bilhões (aproximadamente R$ 454,8 bilhões), um crescimento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os dados, divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), revelam um aumento de 4,5% no volume exportado de produtos do agronegócio, impulsionado principalmente pelo crescimento das exportações de grãos, açúcar, celulose, algodão e café.

A soja se consolidou como o principal produto exportado pelo agronegócio brasileiro, respondendo por 40,7% do total das exportações do setor no primeiro semestre. As carnes, em segundo lugar, contribuíram com 14,3% das exportações, impulsionadas principalmente pelo crescimento das vendas de carne bovina.

O complexo sucroalcooleiro também apresentou um desempenho expressivo, com um crescimento de 54,1% nas exportações em relação ao mesmo período do ano anterior. O açúcar foi o principal destaque do setor, com um aumento de 62,8% nas exportações.

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O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, atribuiu o bom desempenho das exportações do agronegócio brasileiro à excelência dos produtos, à abertura de novos mercados e ao diálogo constante com outros países. “O incentivo do governo e o apoio do setor e das associações têm sido fundamentais para esse crescimento”, destacou Perosa.

No acumulado dos últimos 12 meses, as exportações do agronegócio somaram US$ 166,20 bilhões, representando 48,6% do total das exportações brasileiras. Esse resultado demonstra a importância do setor para a economia do país.

Além da soja, carnes e açúcar, outros produtos do agronegócio também apresentaram um bom desempenho nas exportações, como celulose, algodão e café. O algodão não cardado e não penteado, por exemplo, atingiu um recorde histórico de exportações, com um aumento de 236% em valor.

Com base nos resultados do primeiro semestre, as perspectivas para o agronegócio brasileiro são positivas. A expectativa é que o setor continue crescendo nos próximos meses, impulsionado pela demanda internacional por alimentos e pela qualidade dos produtos brasileiros.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Na semana da Páscoa, indústria de chocolate enfrenta crise histórica

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A Páscoa de 2025 chega em meio à maior crise já registrada no mercado global de cacau. Com a cotação da amêndoa batendo recordes históricos, a indústria do chocolate enfrenta um cenário crítico: falta de matéria-prima, custo em alta e risco de desabastecimento. O preço do cacau acumula uma disparada de 189% só neste início de ano, somado a picos que chegaram a 282% no mercado internacional ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia).

O impacto dessa escalada já se reflete diretamente no setor produtivo brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, a indústria processadora nacional recebeu apenas 17.758 toneladas de cacau, volume 67,4% menor em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). É um dos piores desempenhos dos últimos anos.

Sem matéria-prima suficiente no mercado interno, o Brasil aumentou as importações para tentar garantir o abastecimento, trazendo 19.491 toneladas de cacau de fora — alta de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a conta não fecha. A indústria terminou o trimestre com um déficit de 14.886 toneladas, o que acende o sinal de alerta sobre a sustentabilidade do setor.

Embora os chocolates da Páscoa já estejam nas lojas desde fevereiro — resultado de compras antecipadas feitas pela indústria — os reflexos da crise serão sentidos ao longo do ano. A defasagem entre a produção nacional e o volume processado mostra que o Brasil voltou a depender fortemente do mercado externo, num momento em que a oferta mundial também está em colapso.

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Gana e Costa do Marfim, que concentram mais de 60% da produção global, enfrentam quebras de safra causadas por pragas, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras. A menor oferta mundial reduziu os estoques ao menor nível em décadas, pressionando ainda mais os preços e criando um efeito cascata sobre todos os elos da cadeia.

No Brasil, a situação também é crítica. A Bahia, que responde por dois terços do cacau nacional, entregou apenas 11.671 toneladas às indústrias no primeiro trimestre — retração de 73% frente aos últimos três meses de 2024. Técnicos apontam que o clima instável prejudicou o florescimento e agravou a incidência de doenças como a vassoura-de-bruxa, exigindo mais investimento em manejo e controle.

Apesar da queda drástica na produção, o produtor baiano tem sido parcialmente compensado pelo preço elevado da amêndoa, que supera R$ 23 mil a tonelada. O custo dos insumos, por outro lado, já não sobe no mesmo ritmo, o que ajuda a preservar a renda do campo. Ainda assim, a insegurança climática e o risco sanitário mantêm o setor em alerta.

Na tentativa de segurar os preços ao consumidor, a indústria brasileira está buscando alternativas, como mudanças nas formulações, cortes de gramatura e reformulação de produtos. Chocolates com maior teor de cacau — que dependem mais diretamente da amêndoa — devem ser os mais afetados. Já produtos de linha popular podem manter preços mais estáveis, ainda que com porções menores.

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Mesmo assim, o consumidor já percebe reajustes nas gôndolas. O ovo de Páscoa, símbolo do período, está até 20% mais caro em relação ao ano passado, e a tendência é de novos aumentos caso a crise se prolongue.

O atual desequilíbrio entre oferta e demanda reforça a urgência de investimentos em produtividade no Brasil. O país, que já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo, hoje precisa importar amêndoa para manter sua indústria funcionando. Com lavouras envelhecidas, baixa produtividade média e forte dependência de condições climáticas, a cadeia brasileira está vulnerável.

Segundo a AIPC, é necessário acelerar a renovação de pomares, incentivar o uso de clones mais produtivos e resistentes, e ampliar o acesso a crédito para pequenos e médios produtores. Também cresce a demanda por políticas públicas que favoreçam a expansão da cacauicultura na Amazônia, no Espírito Santo e em novas fronteiras agrícolas.

Enquanto isso, o chocolate — produto culturalmente associado à celebração e ao prazer — pode se tornar um item mais raro e caro na mesa dos brasileiros. A crise do cacau já não é um problema futuro. Ela está acontecendo agora, e a Páscoa de 2025 é a prova mais amarga disso.

Fonte: Pensar Agro

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