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Referência em emergências em silos, Bombeiros do Paraná ministram curso no Acre

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O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) ministrou um curso de capacitação para cerca de 100 bombeiros militares do Acre, incluindo praças e oficiais. O treinamento, realizado entre os dias 10 e 15 de junho, foi focado em atendimento a emergências em unidades de beneficiamento e armazenamento de grãos (silos), tipo de operação na qual o CBMPR é referência nacional.

O major Luís Eduardo Zarpellon, que liderou a missão, explicou que o Corpo de Bombeiros Militares do Paraná tem um trabalho pioneiro na pesquisa e aperfeiçoamento das normas de segurança em silos. “Esse trabalho já tem mais de uma década na área preventiva e, ao mesmo tempo, atendemos a uma demanda muito alta de ocorrências nessas unidades, uma vez que o Paraná é o segundo maior exportador de grãos do Brasil”, afirmou Zarpellon. O grupo de instrutores foi composto, ainda, pelo subtenente Natanael Ronerson Kovalski e pelo 1º sargento Edson Dalla Valle.

Por conta da expertise acumulada nos últimos anos, o Corpo de Bombeiros do Paraná foi desenvolvendo, além do conhecimento acadêmico e conhecimento prático, também algumas técnicas de atendimento nesses locais. Hoje, somos reconhecidos nacionalmente nesta área”, acrescentou o major. Ele citou como exemplo de atuação e aprendizado a explosão de um silo em Palotina, no ano passado. “As lições aprendidas naquele atendimento também foram compartilhadas com os bombeiros militares do Acre, justamente pelo aspecto da prevenção e do atendimento em casos de emergências semelhantes que venham a ocorrer”, completou.

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O curso no Norte do país teve duração de seis dias, repartidos em três ciclos de dois dias, nos quais foram divididas a apresentação teórica e a prática. “As aulas práticas ocorreram em uma unidade de grãos real, onde foram feitas simulações envolvendo os incêndios em secadores, a parte de resgate, o reconhecimento das unidades e a parte de acessos forçados nos equipamentos, com ferramentas de corte específicas”, contou o oficial.

MAIS RISCOS – Durante a instrução foram demonstrados locais que oferecem mais risco de incêndios, explosões e acidentes envolvendo os trabalhadores de silos. O treinamento abrangeu também a utilização de ferramentas especiais e de conjuntos de equipamentos específicos para resgates nessas unidades, especialmente relativos ao engolfamento dos trabalhadores – ou seja, quando algum funcionário da unidade “afunda” em meio aos grãos.

As etapas do treinamento prático, nas cidades de Rio Branco e Senador Guiomard, consistiram em reconhecimento das instalações, onde eles aprenderam a reconhecer áreas críticas e potenciais riscos de incêndios, explosões e acidentes; combate a incêndios em secadores de grãos, quando foram mostradas técnicas de combate ao fogo em ambientes de alta complexidade; resgate de vítimas presas na massa de grãos, em que foram executadas técnicas de salvamento vertical com equipamentos especializados; prevenção e resposta a explosões, no qual os alunos aprenderam métodos de prevenção e resposta, considerando riscos das poeiras e padrões elétricos específicos desses ambientes, e uso de equipamentos especiais.

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A atividade foi uma ação de prevenção do Corpo de Bombeiro Militar do Acre, já que o estado vem investindo fortemente na agricultura nos últimos anos, especialmente na produção de grãos, resultando no aumento da construção de silos. “Por conta disso, aquele estado teve a preocupação de antever esses problemas, adquirir conhecimento preventivo e de atendimento a emergências. Buscou capacitar o efetivo, para que, quando essa demanda se tornar maior, os bombeiros de lá não tenham nenhum tipo de dificuldade para realizar esse atendimento”, finalizou o major Zarpellon.

Fonte: Governo PR

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Transfusão de sangue imediata no local do acidente salvou vida de criança de 5 anos

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Primeira paciente pediátrica do Paraná a receber transfusão de sangue no próprio local do acidente, a menina Maria Laura Ferraz, 5 anos, vai receber alta nesta quinta-feira (26), após 14 dias internada no Hospital Universitário de Maringá, 12 deles na UTI. Ela vai reencontrar a mãe, Luciana, de 36 anos, que também ficou internada sete dias na UTI do mesmo hospital e recebeu alta na última quinta-feira (19).

Ambas voltavam de uma consulta médica da menina na cidade de Carlópolis, no dia 12 de dezembro, quando o veículo da prefeitura de Jabuti em que estavam se envolveu em um acidente grave com outro veículo na BR-153, perto de Ibaiti, que vitimou duas pessoas. Dois helicópteros, além de uma ambulância por terra, foram acionados para resgatar as vítimas. Com lesões graves no intestino, fígado e baço, Maria Laura não podia esperar: necessitava de uma transfusão de sangue imediata para ter condições de chegar ao hospital. O que foi feito na aeronave e a salvou.

“Esse equipamento de transfusão de sangue no próprio local fez toda a diferença para minha filha. Não fosse isso, minha família teria um Natal com muita tristeza, chorando a perda da nossa filha. Posso dizer sem dúvida nenhuma que minha filha nasceu de volta graças a esse equipamento”, comemora o pai da menina, o gerente de supermercado Josilei Ferraz, de 40 anos.

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O resgate de Maria Laura foi feito pela equipe do doutor Maurício Lemos, coordenador médico da operação aeromédica de Maringá. Ele lembra que quando chegou ao local do acidente, o batimento cardíaco de Maria Laura estava muito acelerado pela perda de sangue na região da barriga. “Até então, eu não havia transfundido nenhuma criança no local do acidente, apenas adultos. Mas ali não tinha escolha. Ou eu fazia a transfusão de sangue, ou a menina ia morrer pela gravidade em que ela se encontrava”, ressalta o médico, que visitou Maria Laura no hospital nesta quarta-feira (25) de Natal.  “Foi emocionante visitar essa menina, porque eu a vi morrendo e agora ela está pronta para voltar para casa graças ao procedimento que fizemos naquele momento exato”, relata Lemos.

Desde que o sistema foi implantado, a base de Maringá havia realizado 42 transfusões de sangue na aeronave que opera o sistema. Nenhuma, até então, em criança. “Naquele momento, avaliei todos os critérios técnicos e ela tinha condições de passar pelo procedimento. Tanto que quando passei o sangue ela já começou a estabilizar, o que permitiu que chegássemos até o hospital onde ela foi atendida”, explica Lemos.  

A diretora estadual da Rede de Atenção às Urgências, Giovana Fratin, enfatiza que a hemotransfusão maciça – como é chamado o processo – melhora a condição do paciente até a chegada ao hospital de referência. Portanto, é muitas vezes a diferença entre a vida e a morte do paciente. “São muitas ações dentro de uma estratégia de atenção à saúde, realizada pelo governo do Paraná, entre elas esse caso da hemotransfusão no pré-hospitalar”, aponta.

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SERVIÇO AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Além de atender vítimas de trauma, o serviço realiza transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça-chave no sistema de saúde estadual.

A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Paraná a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma.

Até novembro, o serviço aeromédico do Paraná havia atendido 3.292 pacientes no ano de 2024. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses números incluem o transporte de órgãos, reforçando o papel essencial do serviço na saúde pública.

“Sob a liderança do governador Ratinho Junior, estamos alcançando marcas históricas na rede de cuidado em urgência e emergência do Paraná. Há dois anos, esse esforço nos levou a atingir a cobertura total do território paranaense pelo Samu. Esse resultado assegura um atendimento ágil e eficiente, reforçando nosso compromisso com a missão de salvar vidas”, destaca o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto.

Fonte: Governo PR

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