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Feiras Bio Brazil e Naturaltech destacam expansão do setor de orgânicos

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Termina neste sábado (15.06), em São Paulo, a 18ª edição das feiras Bio Brazil e Naturaltech, um dos maiores eventos da América Latina no setor de produtos naturais e orgânicos. A feira reúne 760 expositores, reunindo marcas do setor, pesquisadores e atores engajados no tema de produtos e alimentos naturais.

Ao todo, são mais de 1.400 marcas expondo na feira, que conta com mais de 42 mil m² em sua extensão.. O mercado de alimentos orgânicos tem mostrado um crescimento significativo, atraindo cada vez mais consumidores interessados em produtos que promovem a saúde e respeitam o meio ambiente.

CRESCIMENTO – Entre 2017 e 2022, o número de produtores orgânicos registrados pelo Ministério da Agricultura aumentou 75%, chegando a 25 mil produtores certificados que cultivam mais de 1,1 milhão de hectares.

Uma pesquisa de 2023, coordenada pela Organics Brasil em parceria com a Bio Brazil Fair, revelou um aumento de 16% no consumo de alimentos orgânicos no Brasil em comparação com 2021. Rogério Dias, presidente do Instituto Brasil Orgânico, ressaltou que a agricultura orgânica deixou de ser um nicho e passou a ser amplamente discutida na sociedade.

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O governo federal tem apoiado ativamente a expansão da agricultura orgânica e da agroecologia. Fabiano Oswald, representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), explicou as iniciativas do governo. “Criamos um departamento de inovação e agroecologia para fomentar o crescimento sustentável da agricultura familiar.

No ano passado, promovemos uma chamada pública para o mercado de agroecologia com recursos do Plano Safra, oferecendo juros diferenciados para quem deseja produzir no segmento. Também temos políticas de inclusão para povos comunitários tradicionais e um foco especial no trabalho das mulheres,” afirmou Oswald.

As feiras Bio Brazil e Naturaltech não apenas exibem produtos orgânicos, mas também servem como um fórum para a troca de conhecimento e desenvolvimento de novas estratégias. O evento reafirma a importância da agricultura orgânica e da agroecologia, promovendo uma produção mais sustentável e uma alimentação mais saudável para todos.

SERVIÇO

Bio Brazil Fair – Biofach América Latina & Naturaltech
Data:
12 a 15 de junho de 2024
Horários: 10h às 20h. Nos dias 12 e 13, das 10h às 13h, exclusivo para lojistas e profissionais do setor. Público em geral somente a partir das 13h
Local: Centro de Exposições do Anhembi,
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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