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Governador lança projeto para estimular formação tecnológica de 3 mil alunos em 50 cidades

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Três mil estudantes dos ensinos médio e superior de 50 cidades paranaenses terão a oportunidade de realizar cursos profissionalizantes na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) por meio do projeto Talento Tech-PR, lançado nesta terça-feira (11) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. A iniciativa receberá um investimento inicial de R$ 62 milhões e é fruto de uma articulação conjunta de diversas secretarias e órgãos estaduais, em parceria com grandes empresas de tecnologia sediadas ou com operações no Paraná.

Serão 150 cursos com 20 vagas cada e carga horária de 800 horas de aulas presenciais e a distância ao longo de 10 meses, com bolsas mensais de R$ 1.345 por estudante. O conteúdo envolve habilidades típicas de TIC, além de softskills – termo em inglês para definir habilidades comportamentais e competências subjetivas – e o desenvolvimento de uma aplicação prática ao final dos cursos ligada a problemas reais das empresas parceiras.

Segundo Ratinho Junior, trata-se do maior programa para formação de novos talentos na área de tecnologia e inovação no Brasil, e que tem como um dos reflexos o desenvolvimento regional, com aumento da qualidade das oportunidades de emprego nas cidades. “São jovens que integram a rede pública no ensino médio e ensino superior que passarão por um curso intensivo, recebendo uma remuneração durante o treinamento, muitos dos quais já terão vagas garantidas nas empresas parceiras com uma boa remuneração”, afirmou o governador.

O objetivo é atender alunos da rede pública dos cinquenta municípios com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná nos próximos três anos – os primeiros 1.000 já foram selecionados via edital e os demais ingressarão em 2025 e 2026. As grandes empresas de tecnologia que firmaram parceria com o Governo do Estado se comprometam com a contratação de pelo menos 50% dos alunos formados no mesmo município de origem dos estudantes.

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“O Brasil tem atualmente mais de meio milhão de vagas abertas na área de tecnologia, então para o Estado é uma oportunidade de criar um berçário de mão de obra altamente qualificada neste setor. Isso faz com que estes jovens sejam rapidamente inseridos no mercado do trabalho, as empresas possam suprir a sua demanda por novos trabalhadores, que poderão ter um emprego digno na sua própria cidade”, acrescentou Ratinho Junior.

A Secretaria do Planejamento idealizou o projeto. De acordo com o secretário Guto Silva, ele está em consonância com a estratégia do Governo do Estado em fazer do Paraná cada vez mais uma referência nacional e internacional no setor de tecnologia e inovação. “O Paraná tem muita tradição nos ecossistemas de inovação, com a presença de muitas startups e mais de 40 mil vagas com salários de alto impacto, mas que precisa de cada vez mais gente para trabalhar”, comentou.

“Ao mesmo tempo, nós temos muitos jovens que deixam suas cidades e o Estado por falta de oportunidades. O projeto busca reter esses talentos com a oferta de uma trilha de conhecimento vinculada ao Google, à Cisco, à Microsoft, que são as maiores referências no setor e estão nos apoiando. Com o aumento da própria renda e a permanência nas cidades, eles também podem ajudar a transformar a realidade local, melhorando os indicadores econômicos”, concluiu o secretário do Planejamento.

Outra parceira na elaboração do projeto foi a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O secretário Aldo Bona explica que a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) responderá pela oferta pedagógica do curso, mas também ressaltou a participação direta das big techs parceiras nas etapas de formação.

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“As empresas que contratarão esses jovens talentos ajudaram na construção do currículo para que os estudantes saiam formados efetivamente para atender as necessidades do mercado de trabalho”, pontuou Bona, que também creditou a viabilização do programa ao orçamento recorde de R$ 708,9 milhões destinado pelo Estado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 2024.

ESTRATÉGIA INTEGRADA – Presente no evento, o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, lembrou que o Talento Tech-PR integra uma estratégia maior do Governo do Estado de valorização das novas profissões e dinâmicas de trabalho.

“Temos mais de 500 mil jovens estudantes de programação e mais de 100 mil estudando robótica. Com esse novo programa, nós estamos agora formando uma espécie de tropa de elite profissional com intensa formação e conhecimentos muito específicos como segurança cibernética, trabalho em nuvem, de forma totalmente alinhada às necessidades das maiores empresas do setor”, disse.

Para o secretário da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani, o Talento Tech-PR representa mais um avanço para tornar a economia paranaense mais dinâmica. “Este é um grande passo que o Governo do Estado dá e que não consiste apenas em uma formação, mas no desenvolvimento das cidades mais carentes do Paraná por meio do fomento ao mercado da inovação”, declarou.

Canziani também informou que a plataforma de ensino está pronta e que as aulas devem iniciar em julho. “São aulas interativas, para que a gente possa fazer um ambiente altamente agradável, para que esses alunos fiquem, atuem e depois possam chegar prontos ao mercado de trabalho”.

TALENTO

Segundo Ratinho Junior, trata-se do maior programa para formação de novos talentos na área de tecnologia e inovação no Brasil. Foto: Gabriel Rosa/AEN

CIDADES – As cidades envolvidas no programa são Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Antonina, Bocaiúva do Sul, Brasilândia do Sul, Cândido de Abreu, Cerro Azul, Clevelândia, Congonhinhas, Cruzeiro do Sul, Curiúva, Doutor Ulysses, Francisco Alves, Guaraci, Guaraqueçaba, Imbaú, Inácio Martins, Ipiranga, Itaperuçu, Itaúna do Sul, Japira, Jardim Alegre, Laranjal, Lupionópolis, Mandirituba, Manfrinópolis, Mariluz, Matinhos, Morretes, Nova Laranjeiras, Piraquara, Pontal do Paraná, Porecatu, Primeiro de Maio, Ramilândia, Reserva, Rio Branco do Ivaí, Santa Amélia, Santa Cecília do Pavão, Santa Maria do Oeste, Santa Mônica, Santo Antônio do Paraíso, São Jerônimo da Serra, São Sebastião da Amoreira, Tamarana, Tijucas do Sul, Tunas do Paraná, Ventania e Xambrê.

PRESENÇAS – Também participaram do lançamento do projeto o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; o chefe da Casa Militar, Marcos Tordoro; os secretários da Justiça e Cidadania, Santin Roveda, e da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; os presidentes da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; DetranPR, Adriano Furtado; Ipardes, Jorge Callado; Tecpar, Celso Kloss; os deputados estaduais Artagão Junior, Batatinha e Cobra Repórter; o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto; além de prefeitos, representantes das empresas de tecnologia parceiras e estudantes que integrarão o Talento Tech-PR.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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