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Governo anula o leilão do arroz sob suspeita de irregularidades e demite Neri Geller

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O governo federal anulou nesta terça-feira (11.06) o leilão para compra de arroz importado, realizado na última quinta-feira (06.06), após suspeitas de irregularidades no processo. A decisão foi tomada pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, que anunciou a realização de um novo leilão “mais ajustado”.

A anulação do leilão ocorreu após a identificação de empresas sem experiência no mercado de cereais como vencedoras de lotes. Além disso, surgiram questionamentos sobre um possível conflito de interesses envolvendo o ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller. A participação de uma corretora de um ex-assessor de Geller – sócio de um filho dele –  levantou suspeitas sobre a atuação do ex-secretário no processo.

Em meio à polêmica, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou a saída de Neri Geller do cargo de secretário de Política Agrícola. Segundo Fávaro, Geller colocou o cargo à disposição do governo após o filho ter estabelecido sociedade com a corretora em questão. “Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas que de fato gerou, e por isso colocou cargo a disposição”, afirmou o ministro.

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A decisão de importar arroz foi tomada pelo governo poucos dias após o início das enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor nacional do grão. O estado já havia colhido 80% da safra de arroz antes das inundações, mas a situação logística dificultava o transporte do produto para outras regiões do país.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, havia justificado a importação como medida para evitar a alta de preços do arroz, diante das dificuldades enfrentadas pelo Rio Grande do Sul. “Nenhum atacadista, naquele momento, tinha estoques para mais de 15 dias”, disse ele no dia 7 de maio.

Com a anulação do leilão, o governo federal pretende realizar um novo processo de compra de arroz importado, buscando garantir a contratação de empresas com capacidade técnica e financeira adequadas. As investigações sobre as irregularidades no leilão original devem continuar, com o objetivo de esclarecer as responsabilidades e punir os envolvidos.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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