14 de Abril de 2025
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    Governo apresenta a cerealistas as iniciativas que aprimoram logística do agro no Paraná

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    O Paraná trabalha para ter uma logística bem estruturada que possibilite ao setor agropecuário maior eficiência desde a produção até a entrega dentro do País ou no Exterior. As iniciativas do governo para que isso aconteça foram apresentadas nesta segunda-feira (10) em evento organizado pela Associação das Empresas Cerealistas do Estado do Paraná (Acepar), em que se discutiu as oportunidades e desafios da logística para o agro.

    O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, destacou que o Paraná, apesar de representar apenas 2,34% do território brasileiro e ter 85% de seus 305 mil estabelecimentos rurais com área inferior a 50 hectares, ocupa lugar de destaque na produção agropecuária.

    “Somos responsáveis por cerca de 17% da produção nacional e talvez sejamos hoje o principal estado produtor em termos de qualidade na agricultura”, disse. “Temos um povo altamente trabalhador e inovador e alguns ambientes com clima bem definido que possibilitam participar de várias cadeias produtivas, que nos diferencia de outros estados”.

    O Estado e o Sistema Estadual de Agricultura têm se colocado desafios, sendo um dos principais o aumento de eficiência no uso dos recursos naturais e de sistemas de produção. “Precisamos voltar a pensar o solo como ciência e tecnologia, para devolver a vida a ele”, propôs Natalino. Mas também se referiu às exigências crescentes em relação às condições sanitárias, a busca de qualidade e redução de custo de produção, além da ampliação do uso de energias limpas.

    AÇÕES – Entre as ações com vistas à melhorar a infraestrutura, ele apresentou o Programa Estradas da Integração por meio do qual, em parceria com prefeituras, o Estado está melhorando a qualidade de estradas rurais. Em pavimentação foram investidos R$ 412 milhões entre 2019 e 2023. Com isso foi possível melhorar o tráfego em 1.234 quilômetros de estradas, beneficiando 960 comunidades e 83,4 mil famílias.

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    O Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR) tem estimulado os agricultores a usar energia renovável e, quando possível, transformar os dejetos animais em fontes energéticas. O programa acatou 4.082 projetos, com investimento de R$ 663,9 milhões e R$ 221,7 milhões em juros equalizados entre agosto de 2021 e maio de 2024.

    Também há investimento estadual no Programa Paraná Trifásico, com vistas à renovação da espinha dorsal da rede de distribuição até 2025. A previsão é investir R$ 3 bilhões em 25 mil quilômetros de redes. Até agora foram realizados pouco mais de 17 mil quilômetros em 366 municípios a um custo de R$ 2 bilhões.

    O Estado também está em tratativas com o setor privado e com o governo federal para melhorar a conectividade. E deve lançar em breve o programa Irriga Paraná, que se segue à homologação da Lei 21.994/2024, que criou o Programa Estadual de Segurança Hídrica na Agricultura. A proposta é trabalhar, de forma integrada alguns aspectos como outorga e licenciamento, gestão de bacias, manejo integrado de solos e água, captação e armazenamento de águas pluviais, implantação de reservatórios, e recuperação e proteção de nascentes.

    PORTOS – O diretor de Operações Portuárias da Portos do Paraná, Gabriel Perdonsini Vieira, apresentou uma radiografia do sistema portuário estadual. “Estamos trabalhando para sermos o mais produtivo possível e sabemos que essa produtividade passa diretamente pela logística”, afirmou. “As empresas se instalam por atratividade, pelo menor preço logístico e pela maior eficiência”.

    Segundo ele, a posição geográfica dos portos paranaenses é estratégica. “Estamos capacitados para atender a demanda mundial”, salientou. Paranaguá possui hoje cerca de 5 quilômetros de cais, com aumento de pouco mais de 1 quilômetro desde a década de 1970.

    No entanto, naquela década embarcava 2,5 milhões de toneladas de produtos, subindo em 2023 para 65,3 milhões de toneladas, volume que se esperava ser atingido somente em 2040. “Isso nos faz ser o porto mais eficiente do País, e um dos mais eficientes do mundo em termos de movimentação de tonelada por metro linear de cais”, acentuou Vieira.

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    Segundo ele, o resultado é fruto de empreendimentos em modernização, tecnologia, capacidade operacional e em eficiência, particularmente para atender o setor do agronegócio. O trabalho continua, com cerca de R$ 400 milhões sendo investidos em dragagem, além de outras melhorias que acontecem nas rodovias de acesso aos terminais e no moderno Moegão, que possibilitará o descarregamento de 900 vagões por dia. Nessa modernização são investidos quase R$ 600 milhões.

    Atualmente 77% das cargas ainda chegam por meio rodoviário ao porto, outros 20% seguem por ferrovias e aproximadamente 3% por oleoduto. Melhorias no sistema rodoviário virão com um pacote de concessões, com investimento de R$ 55 bilhões. Como o custo de transporte é fundamental na logística, o Estado também trabalha o projeto da Nova Ferroeste, que vai ligar Maracaju (MS) a Paranaguá e reduzir gastos com transporte de mercadorias.

    SOMAR FORÇAS – O presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Paraná, Alberto Araújo, destacou que o objetivo do encontro foi conhecer a logística estadual para somar forças em favor da agricultura paranaense. “O setor do agro tem um ambiente competitivo, dinâmico e desafiador, e precisamos entender como, juntos, podemos melhorar esse ambiente”, afirmou. “Não queremos vantagens, queremos apenas um campo igual de batalha”.

    Também participaram do evento o senador Sérgio Moro, o deputado estadual Luiz Fernando Guerra e o presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil, Jerônimo Goergen.

    Fonte: Governo PR

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    Semana Cultural Indígena Guarani deve reunir quase 5 mil pessoas em Diamante D’Oeste

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    Diamante D’Oeste, na região metropolitana de Toledo, será o epicentro da cultura indígena paranaense nos próximos dias. A partir desta segunda-feira (14), a cidade recebe a Semana Cultural Indígena Guarani, que chega à 19ª edição. A programação segue até quarta-feira (16) e deve reunir quase 5 mil pessoas na Escola Estadual Indígena Araju Porã.

    As atrações programadas incluem apresentações culturais, danças, exposições, vendas de artesanato e trilha na natureza. O evento é aberto não só às comunidades locais, mas a toda a sociedade. Para agendar visitas em grupo, escolas e universidades devem preencher um formulário on-line.

    A Semana Cultural ocorre em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado no próximo sábado (19). Conforme os organizadores, o principal objetivo da ação é fortalecer e valorizar a tradição dos povos Guarani. “É um momento em que a comunidade indígena pode levar sua cultura para os não-indígenas. Nosso interesse é mostrar que existe uma cultura milenar e que o povo Guarani mantém sua língua e suas tradições. Realizar um evento como esse é muito gratificante”, diz o professor Teodoro Tupã Alves.

    A Escola Estadual Indígena Araju Porã organiza a atual edição da Semana em parceria com o Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e e as associações comunitárias indígenas Tekoha Itamarã (Aciti) e Tekoha Añetete (Acitea). Apoiam a iniciativa a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Toledo, o governo federal, a Prefeitura Municipal de Diamante D’Oeste e a Itaipu Binacional.

    “A Semana Cultural Indígena Guarani já se consolidou como um dos principais eventos culturais da região, e isso fica evidente pela quantidade de parceiros e apoiadores que tem angariado ano a ano. Além da celebração da cultura indígena, a Semana é também um espelho do papel fundamental que as escolas estaduais indígenas desempenham junto às comunidades locais”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

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    CRESCIMENTO E VALORIZAÇÃO – A Semana Cultural Indígena Guarani é realizada anualmente desde 2006. Responsáveis pela criação do evento, as escolas estaduais indígenas Araju Porã e Kuaa Mbo’e se alternam como sede das edições anuais.

    Desde a primeira realização, há 19 anos, a iniciativa ganhou visibilidade e se tornou uma das principais atrações culturais da região. Conforme os organizadores, a Semana Cultural Indígena Guarani é, hoje, o evento que mais atrai pessoas de outros municípios para Diamante D’Oeste.

    “As expectativas são excelentes. O diferencial desta edição é justamente o potencial de ampliação. Neste ano, queremos consolidar a Semana Cultural Indígena Guarani, não só para o município, mas como uma referência regional quando se trata de cultura indígena”, afirma Mauro Dietrich, diretor da Escola Estadual Indígena Araju Porã, que reúne cerca de 80 alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

    “Para isso, contamos com o trabalho dos professores e funcionários tanto aqui da Escola Estadual Araju Porã quanto do Colégio Estadual Kuaa Mbo’e. São cerca de 52 profissionais da educação que direcionam esforços para o sucesso desta Semana Cultural”, acrescenta.

    Além de estudantes e membros das próprias comunidades indígenas, moradores locais e excursionistas de outras regiões têm prestigiado as edições recentes da Semana Cultural Indígena. Em 2024, os três dias de programação reuniram quase 4 mil visitantes.

    “Recebemos muitos visitantes da região e até de outros locais do Estado. Isso reforça o trabalho que é feito pelas escolas no contexto de dar visibilidade à cultura e à tradição Guarani para a sociedade envolvente, e também é uma forma de desconstruir estereótipos em relação aos povos indígenas”, aponta o diretor do Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e, Jairo Cesar Bortolini.

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    Os cerca de 140 alunos do colégio, matriculados em turmas da Educação Infantil ao Ensino Médio, também participam da organização do evento junto a professores e funcionários.

    ESCOLAS INDÍGENAS – A rede estadual de ensino do Paraná conta com 40 escolas indígenas que atendem a cerca de 5,5 mil estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. As instituições de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, respeitando a especificidade étnico-cultural de cada comunidade. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue – com aulas da língua indígena e de língua portuguesa – desde o início da jornada escolar.

    O Novo Ensino Médio no Paraná, estabelecido em 2022, também prevê componentes curriculares específicos para a matriz curricular dos colégios indígenas. Além dos componentes curriculares previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os estudantes indígenas cursam Projeto de Vida e Bem Viver, Informática Básica e Robótica e Laboratório de Escrita e Produção Audiovisual. Ainda foram incluídos à grade curricular componentes como filosofia indígena e cultura corporal indígena.

    Além da manutenção das escolas indígenas, a Seed-PR promove a inserção de conteúdos e práticas pedagógicas que celebram a valorização da cultura indígena em todas as escolas da rede estadual. Por meio do trabalho de equipes multidisciplinares, a secretaria implementou a Lei 11.645, de 10 de março de 2018, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígenas em todos os níveis de ensino.

    Fonte: Governo PR

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