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Crédito rural do plano safra 23/24 atinge R$ 373,4 bilhões, crescimento de 13%

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Os desembolsos do crédito rural do Plano Safra 2023/24 alcançaram R$ 373,4 bilhões entre julho de 2023 e maio de 2024, registrando um aumento de 13% em comparação com o mesmo período do ano agrícola anterior, conforme anunciou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira, 6 de junho.

Os financiamentos destinados ao custeio agrícola somaram R$ 205,4 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram R$ 90,6 bilhões. As operações de comercialização chegaram a R$ 48,5 bilhões, enquanto as de industrialização atingiram R$ 28,9 bilhões.

Durante os onze meses do ano agrícola, foram realizados pouco mais de 2 milhões de contratos, com destaque para 1,5 milhão de contratos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e 175,5 mil no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores para diversas finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram de R$ 54,5 bilhões no Pronaf e R$ 46,8 bilhões no Pronamp.

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Os demais produtores firmaram 318,2 mil contratos, totalizando R$ 272 bilhões em financiamentos liberados pelas instituições financeiras.

O valor total de R$ 373,4 bilhões corresponde a 86% do montante programado para a atual safra, que é de R$ 435,8 bilhões, abrangendo produtores de todos os portes.

Na agropecuária empresarial, que inclui médios e grandes produtores rurais, o crédito rural atingiu R$ 318,9 bilhões de julho a maio, representando um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este valor equivale a 88% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.

Especificamente nos financiamentos agropecuários para investimento, o Pronamp alcançou R$ 4,4 bilhões, um aumento significativo de 105%. O Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) registrou contratações de R$ 7,2 bilhões, um crescimento de 56% em comparação com o mesmo período da safra anterior.

Em relação às fontes de recursos do crédito rural, os recursos livres equalizáveis somaram R$ 12 bilhões, representando um aumento de 192% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs Livres), que corresponderam a 48% do total das aplicações da agricultura empresarial nos onze meses da safra atual, somaram R$ 152 bilhões, marcando um aumento de 74% em relação ao mesmo período da safra passada, quando essa fonte representou 31% (R$ 87 bilhões) das aplicações da agricultura empresarial.

Fonte: Pensar Agro

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Safra de cana recua no Centro-Sul, mas produção de etanol bate recorde

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Mesmo com uma queda expressiva na quantidade de cana-de-açúcar colhida, o setor sucroenergético do Centro-Sul do Brasil conseguiu encerrar a safra 2024/2025 com um feito histórico: a maior produção de etanol já registrada. Foram mais de 34,9 bilhões de litros do biocombustível, superando a marca da safra anterior e reforçando o papel estratégico da agroenergia para o país.

Entre abril de 2024 e março de 2025, a moagem total da região somou 621,8 milhões de toneladas, quase 33 milhões a menos do que o volume processado na safra anterior — uma queda de 4,98%. Mesmo assim, a produção de etanol cresceu 4%, impulsionada principalmente pela maior destinação da cana para esse fim e pelo aumento expressivo do etanol de milho.

Os dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), em relatório quinzenal divulgado nesta segunda-feira (14.04), revelam uma safra marcada por dificuldades no campo, mas também por respostas rápidas e eficientes das usinas.

A queda na moagem tem explicação clara: o rendimento agrícola despencou. Após um ciclo excepcional em 2023/2024, a produtividade média das lavouras recuou 10,7%, ficando em 77,8 toneladas por hectare colhido. A seca prolongada e o estresse hídrico durante o desenvolvimento da cana foram determinantes para essa redução. O impacto foi ainda maior em São Paulo, principal estado produtor da região Centro-Sul, onde a produtividade caiu 14,3% em relação ao ciclo anterior.

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Além da seca, outro fator agravou a situação nas lavouras: os incêndios. Regiões produtoras, especialmente no interior paulista, enfrentaram uma onda de queimadas no segundo semestre de 2024, muitas delas provocadas por ação humana. Mesmo com o esforço das unidades industriais para conter os danos, as perdas foram inevitáveis.

A consequência direta da menor oferta de cana foi a redução na produção de açúcar, que caiu 5,31% em comparação com a safra anterior, totalizando 40,1 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, o setor decidiu destinar uma fatia maior da matéria-prima para a produção de etanol: 51,95% da cana colhida foi transformada em biocombustível.

Essa decisão se mostrou acertada. A demanda pelo etanol hidratado cresceu e puxou a produção, que saltou para 22,5 bilhões de litros — uma alta de 10,2%. Já o etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, teve queda de 5,6%, fechando o ciclo com 12,3 bilhões de litros.

Um destaque importante, segundo a entifdade, foi o avanço do etanol de milho, que atingiu volume recorde de 8,19 bilhões de litros, representando quase um quarto de toda a produção de etanol da região. O aumento foi de mais de 30% em relação à safra anterior, mostrando que o cereal vem ganhando espaço no mercado de biocombustíveis.

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Mesmo com menos cana por hectare, a qualidade da matéria-prima colhida subiu. O índice de ATR, que mede a quantidade de açúcar recuperável por tonelada de cana, aumentou 1,33% e chegou a 141,07 kg por tonelada. Isso mostra que, apesar das adversidades climáticas e operacionais, as usinas conseguiram extrair mais rendimento da cana processada.

Outro ponto positivo foi a capacidade de adaptação da indústria. Mesmo em cenário desafiador, as unidades ajustaram o mix de produção e conseguiram ampliar a fabricação de etanol, especialmente o de milho, cuja cadeia vem se consolidando rapidamente no Brasil central.

Fonte: Pensar Agro

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