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BID destaca gestão de dados do Paraná em avaliação da administração fiscal

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A rodada de reuniões de análises da Metodologia para Avaliação da Maturidade da Gestão Fiscal (MD-Gefis), conduzida na Secretaria da Fazenda do Paraná por uma missão técnica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foi encerrada nesta sexta-feira (24). Um destaque apontado no fechamento dos trabalhos é a gestão analítica tributária baseada em dados, critério em que o Paraná tem reconhecimento nacional.

Iniciados na última segunda-feira (20), os encontros da MD-Gefis contaram com a participação de mais de 120 servidores de todo o aparato do Governo do Estado. Ao longo dos cinco dias de avaliação, foram identificadas tanto fortalezas quanto pontos de atenção para a administração fazendária do Estado. Esses dados servirão de base para o Relatório de Avaliação de Desempenho, que será submetido ao Estado para considerações antes da entrega da versão final.

O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, afirmou que o diagnóstico é muito bom e se traduz em desafio. “Nossa missão também é gerar economia para o cidadão e para a sociedade, inclusive para a Fazenda mostrar uma cara mais amigável na relação com as empresas e com os contribuintes. Internamente, os refinamentos de processos, propósitos e gastos vão neste sentido”, disse.

Outro ponto positivo ressaltado pela missão técnica foi a evolução observada pelo Paraná na gestão de projetos e processos entre os anos de 2017 e 2024. Entre os pontos que merecem atenção, os técnicos mencionaram a necessidade de maior integração de processos.

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“O diagnóstico compreende que gestão fiscal não se resume à Secretaria da Fazenda, mas se estende a todos os órgãos que participam dos processos de administração tributária, de contencioso e financeira. Todos podem contribuir para a sustentabilidade fiscal”, enfatizou Cristina MacDowell, especialista principal em gestão fiscal no BID.

METODOLOGIA – A MD-Gefis é um instrumento que diagnostica a maturidade dos processos de trabalho dos órgãos envolvidos na gestão fiscal, identificando pontos fortes e de atenção. O resultado da avaliação permite ao gestor público orientar o planejamento estratégico e priorizar investimentos na modernização da gestão fiscal.

A metodologia faz parte do Profisco II, um projeto abrangente de aperfeiçoamento da gestão pública nas áreas fiscal, fazendária e financeira do Paraná. Com um investimento total de aproximadamente R$ 270 milhões (US$ 55 milhões), a serem desembolsados até setembro de 2025 – sendo R$ 245 milhões (US$ 50 milhões) financiados pelo BID e R$ 25 milhões (US$ 5 milhões) como contrapartida do governo estadual –, o Profisco II visa contribuir para a sustentabilidade da gestão fiscal e a incorporação de melhores serviços e tecnologias voltadas aos contribuintes, além de embasar as políticas públicas em dados e sistemas sólidos.

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Organizada em três eixos e 18 dimensões, a MD-Gefis abrange cerca de 150 processos e mais de mil requisitos, baseados nas melhores práticas nacionais e internacionais. Durante o processo de avaliação, duas equipes foram constituídas: a do estado avaliado e a de aplicadores da metodologia, composta por especialistas do BID e representantes dos grupos técnicos do Conselho Nacional de Política Fazendária.

COLABORAÇÃO – O coordenador do Profisco no Paraná, Sandro Ferrari, elogiou a participação dos órgãos envolvidos nas discussões. “Todas as secretarias colaboraram demais, com muito profissionalismo. E o relatório feito a partir dessas avaliações terá uma riqueza de detalhes vital para o planejamento estratégico da gestão fiscal do Estado”, disse.

Norberto Ortigara ainda expressou que deseja ver o Paraná assumir o posto de melhor gestão fiscal e tributária do Brasil. “Não é competição, mas queremos sempre buscar o melhor. Vamos evoluir, fazer a economia funcionar, ter o melhor equilíbrio possível das coisas e refinar ainda mais o gasto público”, concluiu.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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