14 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Agronegócio brasileiro bate recorde de R$ 1 trilhão em investimentos privados

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    O setor agropecuário brasileiro atingiu um marco histórico: pela primeira vez, os investimentos privados ultrapassaram a marca de R$ 1 trilhão. Segundo dados do Boletim de Finanças Privadas do Agro do Ministério da Agricultura, divulgado nesta quarta-feira (22.05), o saldo total dos principais instrumentos de financiamento privado do agronegócio chegou a R$ 1,006 trilhão em abril deste ano.

    Esse resultado representa um crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2023, quando o saldo era de R$ 775,69 bilhões. A alta é impulsionada principalmente pelas emissões de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Cédulas de Produto Rural (CPRs), que lideram a carteira de fomento privado ao setor.

    Em abril de 2024, o estoque de LCAs atingiu R$ 469,01 bilhões, um aumento de 20% em relação a abril do ano passado. Desse total, R$ 234,5 bilhões são direcionados obrigatoriamente para financiamentos rurais na safra 2023/24, demonstrando a importância desses títulos na sustentação do crédito rural no país.

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    As LCAs são a principal fonte de recursos para o Plano Safra 2023/24. Dos R$ 347,2 bilhões liberados nos dez meses da temporada, mais de R$ 147 bilhões foram oriundos de captações desses títulos, quase metade do valor acessado pelos produtores no período.

    As CPRs também registraram crescimento significativo, com um aumento de 39% no estoque, passando de R$ 238,8 bilhões em abril de 2023 para R$ 332,3 bilhões em abril deste ano. Apenas na safra 2023/24, foram registrados R$ 215,1 bilhões em novas CPRs.

    Outro destaque do boletim é o crescimento dos Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagros). O patrimônio líquido dos Fiagros deu um salto de 174% em 12 meses, passando de R$ 12,8 bilhões em abril de 2023 para R$ 35 bilhões em abril deste ano. O número de fundos também cresceu, passando de 62 para 100 no período.

    O aumento dos investimentos privados no agronegócio brasileiro é um indicador positivo da confiança do mercado no setor e da sua relevância para a economia do país. O crédito privado é fundamental para garantir a sustentabilidade do agronegócio e para impulsionar o seu crescimento.

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    Diante do cenário de restrição orçamentária e do foco em medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul após as chuvas e inundações que assolaram o Estado, as apostas no mercado financeiro são de que as fontes de recursos privados serão ainda mais relevantes para a próxima safra 2024/25.

    Apesar da importância do crédito privado, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, tem repetido a necessidade de reforço do orçamento para equalização de juros e para ações da política agrícola, como mecanismos de apoio à comercialização.

    Fonte: Pensar Agro

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    AGRONEGÓCIO

    Mapa faz balanço do primeiro trimestre: R$ 223 bilhões em vendas externas

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    O agronegócio brasileiro fechou o primeiro trimestre de 2025 com o maior volume de exportações da história para o período, movimentando mais de R$ 223 bilhões em vendas externas, segundo balanço divulgado pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Só em março, foram R$ 92 bilhões exportados — o segundo melhor desempenho já registrado para esse mês. Esse avanço foi puxado principalmente pelo aumento no volume exportado, que cresceu mais de 10% em relação a março de 2024.

    Os preços médios dos produtos também subiram, mas em menor proporção, cerca de 2%. Entre os destaques estão a soja em grãos, com R$ 33,6 bilhões em exportações (+7%), o café verde, que somou R$ 8,3 bilhões (+92,7%), a carne bovina in natura, com R$ 6,5 bilhões (+40,1%), a celulose, que movimentou R$ 5,8 bilhões (+25,4%), e a carne de frango in natura, com R$ 4,6 bilhões (+9,6%).

    O café verde praticamente dobrou de valor exportado em comparação com o ano passado. A carne bovina também cresceu com força, e a soja segue firme como carro-chefe do agro brasileiro no comércio internacional.

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    No acumulado do trimestre, o superávit do setor chegou a R$ 192 bilhões — ou seja, esse foi o valor que sobrou de saldo positivo na balança do agro, mesmo considerando o que o Brasil importou. A China continua liderando as compras, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

    Também houve aumento nas exportações para países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia, especialmente em itens como soja, algodão, celulose e carnes. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou o ministro.

    Fonte: Pensar Agro

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