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Paraná pode produzir até 750 mil sacas de café em 172 municípios em 2024, aponta boletim

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A safra paranaense de café em 2024 está projetada entre 700 e 750 mil sacas, volume que representa uma estabilidade na comparação ao produzido na safra anterior. As informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 10 a 16 de maio, elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

De acordo com o Deral, as condições climáticas em geral até o momento estão favoráveis, apesar de períodos de calor excessivo e poucas chuvas. A maturação está mais uniforme neste ano e os trabalhos de colheita estão iniciando e serão intensificados nas próximas semanas.

Em 2023 o Paraná produziu 722 mil sacas beneficiadas, volume 48,2% superior à colheita de 2022, que foi severamente castigada pelas adversidades climáticas registradas no ciclo anterior, como geadas e seca. A área cultivada soma 26.180 hectares, há registros de produção de café em 172 municípios. Os cinco principais produtores são Carlópolis, Pinhalão, Ibaiti, Tomazina, no Norte Pioneiro, e Apucarana, no Vale do Ivaí, que juntos responderam com 48,5% do volume paranaense.

Segundo o economista do Deral, Paulo Franzini, os primeiros meses de 2024 foram marcados por negociações travadas, afetadas pelas fortes oscilações nas cotações na ICE e também pelas incertezas do clima, situações que geram muita insegurança para os cafeicultores. No mercado físico brasileiro os preços tiveram altas significativas, recuperando em parte os patamares praticados anteriormente.

O preço médio recebido pelos produtores paranaenses, segundo levantamento mensal do Deral, ficou em R$ 1.033,72 por saca beneficiada em abril de 2024, contra os R$ 992,14 em abril do ano passado. O valor médio recebido em 2023 foi de R$ 846,45 por saca, recuo de 26,7% na comparação com o praticado em 2022, de R$ 1.155,36. O relatório de abril do Deral indica que 82% da safra anterior havia sido comercializada pelos cafeicultores do Paraná.

No contexto mundial, a safra de café 2023/24 está projetada em 171,4 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg, elevação de 4,2% em comparação com o período anterior, sendo os principais países produtores, respectivamente, Brasil, Vietnã e Colômbia. A produção brasileira está prevista em 58,08 milhões de sacas, conforme levantamento divulgado em janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), volume 5,5% superior à produção de 2023. O segundo levantamento deverá ser divulgado ainda em maio.

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FEIJÃO – Apesar de registros de chuvas, a colheita de feijão no Paraná tem evoluído. Os trabalhos atingiram 58% da área, ante 16% no final de abril. Especialmente no Sudoeste, as chuvas prejudicaram a qualidade do produto colhido neste mês, mas ao menos na semana anterior as condições de colheita melhoraram, ainda que não fossem ideais. A situação tem gerado descontos expressivos no preço recebido pelo produtor ante as referências para o produto de boa qualidade.

MILHO – Começou a colheita da segunda safra de milho 2023/24 no Paraná. Como o plantio aconteceu precocemente em boa parte do Estado, a tendência é de um dos maiores volumes já colhidos no mês de maio da história, se o clima for favorável. Tradicionalmente a colheita tem sua concentração nos meses de junho e julho. Até esta semana foram colhidos pouco mais de 4,4 mil hectares dos 2,4 milhões plantados no Estado. A colheita começou pelas regiões de Campo Mourão, Francisco Beltrão e Irati.

HORTIFRUTI – O boletim também analisa dados do Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária 2022 sobre a região de Curitiba, que figura como o principal polo hortifrutícola do Estado, estabelecido pela diversificação das atividades nos pomares e hortas. Na produção de frutas, a região participa com 16,5% de um montante de R$ 2,5 bilhões, correspondendo a um VBP regional de R$ 407,7 milhões, extraídos de uma área de 8,7 mil hectares e volume de 174,4 mil toneladas.

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LEITE – Sobre o leite, os técnicos analisam como as recentes inundações que assolaram parte do Rio Grande do Sul no início deste mês impactaram o setor leiteiro. O Ministério da Agricultura publicou a Portaria 1.108/24 anunciando uma série de medidas destinadas a desburocratizar temporariamente o setor, com o intuito de revitalizar a cadeia produtiva. O estado gaúcho é o terceiro maior produtor do País. No Paraná, o preço pago ao produtor por litro de leite posto na indústria acumula alta de 16,5% em 2024.

SUÍNOS – De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no 1º trimestre de 2024 a produção de carne suína no Brasil apresentou uma queda de 1% no acumulado dos três primeiros meses de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O total de carne produzida reduziu de 1,29 para 1,28 milhão de toneladas. Por outro lado, as exportações do 1º trimestre de 2024, conforme informações do Agrostat/MAPA, registraram um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2023.

OVOS – Em abril de 2024, segundo o Deral, o preço médio nominal do ovo tipo grande ao produtor no Paraná foi de R$ 149,99 por caixa de 30 dúzias. Este resultado representa um pequeno aumento de 0,35% em comparação com o mês anterior (R$ 149,46), porém, uma queda notável de 14,76% em relação a abril de 2023 (R$ 175,96).

Quanto aos insumos utilizados na produção, em abril de 2024 o preço médio do milho no atacado paranaense foi de R$ 57,39 por saca de 60 kg, 1,5% superior ao mês anterior (R$ 56,54) e uma queda significativa de 20,82% em comparação com abril de 2023 (R$ 72,48).

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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