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Bombeiros seguem recebendo doações para vítimas do RS e renovam equipe de salvamento

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O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná segue recebendo doações de alimentos não perecíveis para envio ao Rio Grande do Sul, atingido por fortes chuvas nos últimos dias. Os quartéis da Corporação em todo o Estado estão abertos para que a população possa entregar suas doações até esta quarta-feira (8), prazo que poderá ser ampliado a depender da necessidade do governo gaúcho. Além disso, nesta quarta-feira (08) haverá troca da equipe de atendimento ao estado gaúcho, com o retorno dos 32 bombeiros e envio de outros 37, todos especializados em situações extremas.

A chefe da Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros, capitã Luisiana Guimarães Cavalca, destaca que a solidariedade do povo paranaense tem se revertido em um grande número de doações. “Desde o dia 2 de maio estamos recebendo alimentos não perecíveis, produtos de limpeza e de higiene, água potável, cobertores e colchões, além de rações para animais”, disse.

“Também estamos contando com o auxílio de voluntários, que começaram a atuar na segunda-feira (6) com a gente. Eles mesmos estavam solicitando para participarem, ajuda mais que bem-vinda neste momento. É uma população solidária e que quis ajudar neste momento tão difícil no Rio Grande do Sul”, acrescentou.

Foi o caso do engenheiro civil Bruno Mendes, 29 anos, que já é voluntário em outras ações e sentiu que poderia ajudar o povo gaúcho, mesmo de longe. “Como não posso estar lá, pensei que o meu tempo pode ser muito bem utilizado aqui. É ajudar quem a gente não conhece sem esperar nada em troca, até porque isso pode acontecer comigo e tenho certeza que também teríamos esse apoio”, disse.

Para a contadora Simone Gonçalves, 57 anos, que teve parte da sua família atingida pelas enchentes, a solidariedade do povo paranaense e de todo Brasil tem levado esperança para a população do Rio Grande do Sul. Ela levou doações nesta terça ao quartel central. “Sou gaúcha, minha família está ajudando outros parentes nossos que estão precisando. Estamos tentando levar meus pais para Florianópolis e também para nossa casa, aqui em Curitiba”, explicou. “Essa ajuda é muito importante. São nesses momentos que percebemos o quanto a população é solidária”.

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“A gente tenta ajudar com o que pode. Nem sempre podemos com muita coisa, mas tentamos fazer o nosso máximo. Por mais que a gente não consiga sentir o que eles estão passando, é nosso dever ajudar”, salientou Tais Helena, 28 anos, colega de Simone, que também levou doações.

Além de pessoas físicas, empresas também têm se mobilizado para arrecadar itens para doação. É o caso da Eleng, que doou pallets de madeira para auxiliar na organização dos donativos arrecadados.

“Vimos que o Corpo de Bombeiros estava precisando de pallets para embalar e encaminhar ao Rio Grande do Sul, e como tínhamos muita sobra desses materiais, achamos a oportunidade de ajudar neste momento”, contou o empresário Leonardo Hausen, 27 anos. “Também compraremos colchões e vamos levar esses itens no nosso caminhão ainda nesta semana para ajudar quem mais precisa”.

COMO DOAR – Alimentos não perecíveis como arroz, café, açúcar, leite em pó, além de água potável, ração animal, materiais de higiene e limpeza, colchões, colchonetes e cobertores podem ser entregues em qualquer unidade do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, das 8 às 20 horas.

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No caso de outros itens, como roupas, calçados, itens de cama e banho e utensílios domésticos podem ser entregues na sede do Provopar, na Rua Hermes Fontes, 315, no bairro Batel, em Curitiba, de segunda a sexta-feira, das 10 às 17 horas. As unidades do Instituto Água e Terra (IAT) também estão recebendo doações.

Para se tornar voluntário, a pessoa pode enviar uma mensagem para a Defesa Civil Estadual via WhatsApp para o número (41) 3281-2510, informando nome completo e endereço, que o órgão cuida da sistematização e encaminha a pessoa para a unidade que mais precisa próxima a sua localidade.

AUXÍLIO – Na manhã desta segunda-feira (06), o Paraná enviou mais de 190 toneladas de donativos às vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul. Nesta terça, a Sanepar enviou cinco caminhões-pipa para o estado gaúcho. Na área de segurança pública, a Polícia Militar do Paraná enviou 32 policiais, oito viaturas, helicóptero e embarcação para auxiliar as forças de segurança do Rio Grande do Sul.

TROCA DE EQUIPE – A equipe do Corpo de Bombeiros Militar que está trabalhando nas enchentes do Rio Grande do Sul será renovada nesta quarta-feira (8). Ao todo, 37 bombeiros militares, com treinamento em situações de grandes desastres, vão se deslocar para o território gaúcho, permitindo que aqueles que atuam desde a madrugada do dia 2 de maio retornem para suas bases. De Curitiba, a saída está prevista para as 8 horas, da sede do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST). O comando da operação vai ficar com o capitão Maurício Batista Dubas.

Fonte: Governo PR

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Transfusão de sangue imediata no local do acidente salvou vida de criança de 5 anos

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Primeira paciente pediátrica do Paraná a receber transfusão de sangue no próprio local do acidente, a menina Maria Laura Ferraz, 5 anos, vai receber alta nesta quinta-feira (26), após 14 dias internada no Hospital Universitário de Maringá, 12 deles na UTI. Ela vai reencontrar a mãe, Luciana, de 36 anos, que também ficou internada sete dias na UTI do mesmo hospital e recebeu alta na última quinta-feira (19).

Ambas voltavam de uma consulta médica da menina na cidade de Carlópolis, no dia 12 de dezembro, quando o veículo da prefeitura de Jabuti em que estavam se envolveu em um acidente grave com outro veículo na BR-153, perto de Ibaiti, que vitimou duas pessoas. Dois helicópteros, além de uma ambulância por terra, foram acionados para resgatar as vítimas. Com lesões graves no intestino, fígado e baço, Maria Laura não podia esperar: necessitava de uma transfusão de sangue imediata para ter condições de chegar ao hospital. O que foi feito na aeronave e a salvou.

“Esse equipamento de transfusão de sangue no próprio local fez toda a diferença para minha filha. Não fosse isso, minha família teria um Natal com muita tristeza, chorando a perda da nossa filha. Posso dizer sem dúvida nenhuma que minha filha nasceu de volta graças a esse equipamento”, comemora o pai da menina, o gerente de supermercado Josilei Ferraz, de 40 anos.

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O resgate de Maria Laura foi feito pela equipe do doutor Maurício Lemos, coordenador médico da operação aeromédica de Maringá. Ele lembra que quando chegou ao local do acidente, o batimento cardíaco de Maria Laura estava muito acelerado pela perda de sangue na região da barriga. “Até então, eu não havia transfundido nenhuma criança no local do acidente, apenas adultos. Mas ali não tinha escolha. Ou eu fazia a transfusão de sangue, ou a menina ia morrer pela gravidade em que ela se encontrava”, ressalta o médico, que visitou Maria Laura no hospital nesta quarta-feira (25) de Natal.  “Foi emocionante visitar essa menina, porque eu a vi morrendo e agora ela está pronta para voltar para casa graças ao procedimento que fizemos naquele momento exato”, relata Lemos.

Desde que o sistema foi implantado, a base de Maringá havia realizado 42 transfusões de sangue na aeronave que opera o sistema. Nenhuma, até então, em criança. “Naquele momento, avaliei todos os critérios técnicos e ela tinha condições de passar pelo procedimento. Tanto que quando passei o sangue ela já começou a estabilizar, o que permitiu que chegássemos até o hospital onde ela foi atendida”, explica Lemos.  

A diretora estadual da Rede de Atenção às Urgências, Giovana Fratin, enfatiza que a hemotransfusão maciça – como é chamado o processo – melhora a condição do paciente até a chegada ao hospital de referência. Portanto, é muitas vezes a diferença entre a vida e a morte do paciente. “São muitas ações dentro de uma estratégia de atenção à saúde, realizada pelo governo do Paraná, entre elas esse caso da hemotransfusão no pré-hospitalar”, aponta.

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SERVIÇO AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Além de atender vítimas de trauma, o serviço realiza transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça-chave no sistema de saúde estadual.

A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Paraná a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma.

Até novembro, o serviço aeromédico do Paraná havia atendido 3.292 pacientes no ano de 2024. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses números incluem o transporte de órgãos, reforçando o papel essencial do serviço na saúde pública.

“Sob a liderança do governador Ratinho Junior, estamos alcançando marcas históricas na rede de cuidado em urgência e emergência do Paraná. Há dois anos, esse esforço nos levou a atingir a cobertura total do território paranaense pelo Samu. Esse resultado assegura um atendimento ágil e eficiente, reforçando nosso compromisso com a missão de salvar vidas”, destaca o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto.

Fonte: Governo PR

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