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Pará investe em produção de sementes híbridas de cacau e desenvolvimento rural sustentável

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O estado do Pará tem se destacado na produção de cacau, impulsionando sua cadeia produtiva por meio de investimentos estratégicos. No ano passado, aproximadamente 13,4 milhões de sementes híbridas de cacau foram produzidas com recursos provenientes do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do estado (Funcacau), em uma parceria entre a instituição estadual e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Esse investimento totalizou R$ 771.618,00 e resultou na distribuição de 11,548 milhões de sementes para 5.587 produtores em 69 municípios paraenses.

Giovanni Queiroz, Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, enfatiza que o Pará é o maior produtor de cacau do Brasil, atribuindo o êxito da qualidade e produtividade da lavoura cacaueira às ações promovidas pelo Funcacau.

Outro destaque apresentado durante a reunião extraordinária do Conselho Gestor do Funcacau foi o programa de desenvolvimento rural sustentável das regiões produtoras de cacau do Pará. Sob a coordenação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), a iniciativa contemplou a implantação de uma estrutura para incubadora de empresas voltadas para a cadeia produtiva do cacau em Altamira, na Região de Integração do Xingu, beneficiando cinco empresas.

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Além disso, o programa de desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau (Procacau) capacitou 40 técnicos em manejo, produção e fitossanidade do cacaueiro, bem como 24 produtores em processamento do cacau e derivados. O programa resultou na contratação de seis profissionais da área de pesquisa e inovação, 21 na área de difusão de tecnologia e três na área de suporte técnico-administrativo, com a previsão de capacitação de 9 mil produtores em três anos.

O Pará também está focado na internacionalização de amêndoas de cacau, visando elevar sua qualidade por meio do fomento e capacitação, com a meta de beneficiar 200 produtores das regiões Xingu, Transamazônica, Baixo Tocantins e nordeste paraense através da distribuição de kits específicos para cada região. Essas iniciativas reforçam o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável e a valorização de sua produção agrícola.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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