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Ministro da Agricultura anuncia prorrogação de contratos para produtores rurais em 2024

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Em resposta às adversidades enfrentadas pelos produtores rurais brasileiros, incluindo condições climáticas desfavoráveis e baixas cotações de mercado, o governo federal revelou planos para prorrogar o vencimento de certos contratos agrícolas.

O anúncio foi feito pelo Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que destacou a medida como um esforço para aliviar as pressões financeiras sobre os agricultores de soja, milho, pecuária bovina e de leite com obrigações contratuais previstas para 2024.

Fávaro explicou que a prorrogação dos contratos será ajustada caso a caso, considerando o prazo de vencimento original. “Aqueles com dois ou três anos restantes poderão ter suas últimas parcelas prorrogadas ou o pagamento distribuído ao longo das parcelas ainda a vencer”, afirmou o ministro.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também disse que está em estudo a reformulação do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e realocação de recursos para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Fávaro disse que o orçamento do PSR em 2024 foi reduzido para R$ 947,5 milhões, aproximadamente 10% do montante gasto pelo Proagro no ano anterior enfatizou a importância de modernizar o Proagro e realocar parte dos recursos para o seguro rural, visando alcançar um investimento total de até R$ 3 bilhões nessa área.

“Com a reformulação do Proagro e de metodologias e apoio no orçamento podemos universalizar cada vez mais o seguro rural, tão necessário para a estabilidade da nossa agropecuária”, apontou Fávaro.

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DETALHES – Embora os detalhes específicos das medidas de ajuda aos produtores e seu cronograma de implementação ainda não tenham sido divulgados, Fávaro destacou o compromisso do governo em enfrentar as dificuldades do setor. “Estamos cientes dos desafios relacionados ao clima, aos preços e ao endividamento que nossos produtores estão enfrentando”, disse Fávaro, enfatizando a necessidade de uma ação governamental eficaz.

A crise atual no agronegócio foi recentemente destacada por Lucas Beber, presidente da Aprosoja-MT, que apelou por uma resposta rápida do governo para evitar um agravamento da situação. Segundo Beber, a falta de ação pode levar a uma crise ainda mais profunda para os agricultores brasileiros. “A crise pode se aprofundar ainda mais se o governo continuar na falácia e não entrar em ação”, disse.

“Vamos também criar uma normatização para que os custeios dos bancos públicos cumpram as normativas do crédito rural e sejam todos prorrogados de acordo com a necessidade de cada produtor brasileiro e, também, enfrentar com responsabilidade a banalização das recuperações judiciais. Não significa que não é um instrumento importante, mas precisa ter critérios e critérios muito sérios”, rebateu o Fávaro.

O ministro disse que o governo vai orientar os bancos públicos a cumprirem dispositivos do Manual de Crédito Rural (MCR) e prorrogarem operações de custeio de acordo com a necessidade dos produtores. “Vamos também criar uma normatização para que os custeios dos bancos públicos cumpram as normativas do crédito rural e sejam todos prorrogados de acordo com a necessidade do produtor brasileiro”, afirmou Fávaro.

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O ministro adiantou ainda que o BNDES deve anunciar nos próximos dias uma linha para capital de giro para ajudar produtores e empresas com dificuldades financeiras. “Pedimos e está sendo trabalhada no BNDES também uma linha de CPR Capital de Giro que vai dar tranquilidade àqueles produtores que sofreram intempéries climáticas ou de preços e não conseguiram saldar seus compromissos privados. Estará lá, com taxas bastante competitivas para repassar aos bancos repassadores”, pontuou.

Recentemente, o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, comentou que a linha deverá ter R$ 10 bilhões e juros de até 8,2% ao ano, com até dois anos de carência e três para pagamento do financiamento.

Este conjunto de medidas sinaliza uma abordagem mais flexível e adaptativa do governo para apoiar o setor agrícola, diante dos desafios econômicos e ambientais atuais. Com essas ações, espera-se oferecer um alívio significativo aos produtores rurais, permitindo que continuem suas operações sem o peso imediato das obrigações financeiras. A medida proposta pelo governo ainda precisará ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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