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Com protagonismo nacional no setor, Paraná recebe estreia do Circuito Biogás nos Estados

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O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a receber o Circuito Biogás nos Estados, em Curitiba, nesta segunda-feira (18). O evento foi realizado pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), apoiado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), e trata das particularidades, oportunidades e desafios do setor de biogás e biometano. Essas duas energias limpas provêm da biomassa – toda matéria orgânica vegetal ou animal –, após passar por um processo de degradação por microrganismos (digestão anaeróbia). 

As características agropecuárias e agroindustriais do Estado, o adequado saneamento e tratamento dos resíduos gerados, com destinação em aterros sanitários, e a força da indústria dão ao Paraná liderança no potencial produtivo dessas energias no Sul do País.

A abertura do evento envolveu as principais autoridades do setor e contou com a participação do Governo do Estado, representado pelo secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, que ressaltou a importância de ampliar a produção energética a partir dos dejetos cada vez mais volumosos da agricultura paranaense.

“O entendimento do governo, pela liderança do governador Carlos Massa Ratinho Junior, é no sentido de que a gente deva acelerar o passo, pisar mais fundo para que a gente produza tudo aquilo que é relevante. Estamos trabalhando com economia verde, redução de custo, aproveitamento, limpeza ambiental, transformando, enfim, aquilo que hoje é um passivo gigantesco em um ativo relevante para a nossa economia”, disse.

O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, ressaltou que a escolha pelo biocombustível, pela bioenergia, já foi feita pelo Paraná, e que o Estado tem todas as condições de liderar esse projeto, não só no Brasil, mas em todo o mundo.

“A população cresce em níveis exponenciais e é preciso produzir alimento para essa demanda. E isso acaba também deixando um grande volume de dejetos, que queremos transformar em biogás. Só no Oeste, quase meia produção da Itaipu está sendo jogada fora e torna-se um passivo. Nós vamos transformar isso em dinheiro, em ativo. Nosso agronegócio se tornará um grande produtor, também, de energia. Isso auxilia no processo de transição energética e gera valor ao produtor, permitindo que o Paraná continue crescendo como o estado mais sustentável do Brasil”, disse.

Herlon Almeida, coordenador do RenovaPR, programa do Governo do Paraná que auxilia produtores rurais nessa transição, ressaltou que o evento apresentou os grandes resultados do Estado no setor, como um dos maiores números de plantas de biogás no Brasil, a expansão do biometano para uso veicular e cooperativas que já adotam o uso do biometano. Ele também apontou os desafios do setor.

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“Discutimos o que temos que fazer para o setor evoluir, então o evento serviu para essa troca de experiência e deu uma visão estratégica, fazendo os investidores saberem onde estão os desafios, mas também onde estão as virtudes e os potenciais, o que vai ajudar o Paraná a crescer muito nos próximos anos na geração de biogás e biometano”, disse.

William Wesendonck, gerente de divisão pecuária da Primato, disse que, além da cooperativa ter um caminhão rodando a biometano, em maio deste ano dará início a um novo projeto, que vai transformar, diariamente, 1,2 milhão de litros de dejetos de 30 propriedades em 18 toneladas de produtos sólidos que voltarão às lavouras da região. 

“Para o agricultor é de extrema importância que os órgãos governamentais puxem essas pautas porque são elas que nos norteiam e dão visibilidade para a gente poder prosperar e projetar os próximos anos das nossas cooperativas, mais especificamente no Oeste do Paraná, onde a produção de proteína animal é pujante – o Estado responde hoje por 33,4% do mercado nacional de frango e 21,2% em suínos. O evento traz esse cenário para todas as pessoas”, disse.

Renata Isfer, presidente executiva da ABiogás, explicou que a escolha do Paraná para receber o evento veio justamente pelo protagonismo nas energias limpas. “E, além disso, o Paraná é um dos estados que mais tem potencial para a produção de biogás. Hoje a gente tem cerca de 200 plantas de biogás e de biometano e vários projetos que estão vindo pela frente. É um estado que tem muitos incentivos, que valoriza esse atributo ambiental, valoriza esse energético vindo da bioenergia, através de incentivos fiscais, através de financiamentos melhorados”, disse.

O Paraná é o 4º estado brasileiro em produção de biogás, com 742.000 metros cúbicos por dia e 198 plantas de biogás, das quais 136 são de origem agropecuária. É o segundo estado com maior número de plantas instaladas. O potencial aponta para uma produção de mais de 2 milhões de metros cúbicos por dia de biometano.

POLÍTICAS PÚBLICAS – O Estado está na vanguarda das políticas públicas de incentivo ao biogás e já possui uma Política Estadual do Biogás e Biometano aprovada em lei. O Paraná também oferece uma série de incentivos ao segmento, como a isenção de ICMS para operações com máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para a geração de energia elétrica a partir do biogás, a concessão de crédito presumido de 12% sobre o valor das aquisições internas de biogás e biometano e a redução da base de cálculo nas saídas internas com biogás e biometano. 

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Em fevereiro deste ano, o Governo do Paraná também assinou um pacto com entidades federais e municipais, além do setor privado, para ampliar a implantação do biogás e biometano no meio rural, estabelecendo como principal estratégia o fortalecimento do Programa Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR). Este programa disponibiliza linhas de financiamento e equalização de taxas de juros que incentivam a geração e uso de energia renovável no meio rural. 

O documento também prevê um uso mais extenso do biometano para substituir, com menos impacto ambiental, os combustíveis automotivos tradicionais e também a lenha e o GLP.

NOVO LABORATÓRIO – Na semana passada, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) também começou a trabalhar melhor o tema e adquiriu um equipamento que realiza análises automáticas do potencial de cada insumo na geração de energia renovável, em uma das fases de estruturação de um novo laboratório voltado à pesquisa de biogás e biometano.

A intenção do Tecpar, após operacionalização do laboratório – o que deve acontecer até o fim do ano –, é realizar pesquisa aplicada, atuando junto a indústrias e outros interessados que busquem a produção de biogás a partir da biomassa, com a oferta de novas soluções tecnológicas.

SANEPAR – Pela manhã, antes do evento, foi realizada uma visita técnica à Estação de Tratamento de Esgoto Belém, da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), com alguns stakeholders importantes do setor. Na ocasião, os visitantes foram recebidos pelo presidente da Sanepar, Claudio Stabile, que apresentou a usina de biogás da estatal paranaense.

PRESENÇAS – Também participaram do evento Cristiane Augusto, pesquisadora do Laboratório de Análise de Gases do Inmetro; Rafael González, diretor-presidente da Cibiogás-ER; Rafael Lamastra, CEO da Compagas; Jorge Roberto Abrahão, diretor Comercial da TBG; Alessandro Gardemann, presidente da Geo Bio Gas&Carbon; Ricardo Neumayer, diretor da Neogas; o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; a deputada estadual Maria Victoria; o presidente da Sanepar, Claudio Stabile; e Agide Meneguette, presidente da Faep.

Fonte: Governo PR

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Sanepar registra avanço no saneamento nas regiões Oeste e Sudoeste

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A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) chega ao fim de 2024 com expressivos resultados para a ampliação dos serviços de água e de esgoto, executando mais de 600 empreendimentos em todo Paraná. Na Região Sudoeste, além da garantia do abastecimento de água 100% para os moradores dos mais de 150 sistemas, entre cidades e pequenas comunidades operadas pela empresa, os investimentos para alcançar o índice de 90% com serviço de esgotamento sanitário foram expressivos.

A gerente Geral Sudoeste, Rita Camana, diz que a Sanepar está investindo em todo o Paraná, a fim de garantir o abastecimento para toda população, com obras de ampliação dos sistemas, novas captações de água superficiais e subterrâneas e de centros de reservação de água tratada, incluindo as comunidades rurais que, com parceria do Governo do Estado, Sanepar e os municípios, são atendidas com o Programa de Saneamento Rural.

Somente nas obras iniciadas neste ano, os investimentos nos municípios das duas regiões chegam próximo a R$ 160 milhões. Tanto as pequenas cidades, quanto as maiores de cada região receberam a atenção da Sanepar, com o foco na antecipação das metas para a universalização do saneamento.

Para acompanhar o crescimento das cidades e manter o fornecimento de água para toda a população, no município de Capanema por exemplo, na região Sudoeste do Estado, começou a construção de um novo reservatório de água tratada. Com investimentos de cerca de R$ 2 milhões, a implantação do reservatório que iniciou em setembro vai garantir um incremento de um milhão de litros ao sistema de reservação. Os reservatórios de água tratada têm a mesma função das caixas de água domésticas, ou seja, são a garantia de estabilidade e regularidade no sistema de abastecimento.

Outro exemplo é no Oeste paranaense: Três Barras do Paraná recebeu uma nova captação de água no Rio Barra Grande e uma nova e moderna estação de tratamento de água que vai atender a cidade até 2050. Além de ampliar a capacidade de produção de água do sistema em 50%, as obras melhoram a eficiência e garantem a segurança operacional do sistema de abastecimento da cidade.

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Com obras que começaram também em setembro, Cascavel é outro exemplo de implantação de novos reservatórios para atender ao crescimento da cidade. Com a ampliação do Centro de Reservação Fortaleza, o incremento na capacidade de armazenar água será de 1,5 milhão de litros. Estão em obras também a captação de água no Rio do Salto e o reservatório Morumbi.

COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO – Para alcançar a universalização do saneamento, antecipando o cumprimento da meta de 90% com serviço de esgotamento sanitário, cujo Marco Regulatório estabelece este índice para 2033, os investimentos na ampliação de rede de esgoto e unidades de tratamento foram destaque neste ano. Em municípios como Catanduvas, Formosa do Oeste, Planalto e Nova Aurora, a população terá acesso à coleta e tratamento de esgoto. Nestas cidades, a Sanepar, além de assentar mais de 141 quilômetros de redes, está também construindo unidades de tratamento e toda infraestrutura para garantir o serviço mais adequado à população.

A ampliação dos sistemas também fez parte do planejamento da empresa em 2024. Em Ampére e Francisco Beltrão também tiveram início obras para ampliar o sistema de esgotamento sanitário.

E, visando acelerar a universalização, a empresa licitou em 2024 mais três lotes de serviços, compostos por obras de ampliação, melhorias, manutenção e operação, para beneficiar 112 municípios das regiões Oeste e Centro-Leste, com investimentos de R$ 2,9 bilhões. A região que abrange os municípios do Oeste e Sudoeste será atendida em dois lotes. O Lote 2, que engloba 48 municípios da microrregião Oeste, foi vencido pela Acciona. E o Lote 3, que reúne 28 cidades também da microrregião Oeste teve como vencedora a Iguá Saneamento.

“Com o objetivo de universalizar o saneamento básico, com coleta e tratamento do esgoto, a Sanepar está investindo em cidades de grande e de pequeno porte. E no Paraná a situação é bem diferenciada visto que já temos percentual de atendimento bem significativo de atendimento da população, mais de 80% da população conta com o serviço. Mesmo assim, a Companhia continua trabalhando e investindo de forma acelerada com obras realizadas pela própria companhia e também para garantir a antecipação do atingimento da meta do marco do saneamento, desafio colocado pelo Governo do Estado, a Sanepar licitou a modalidade de Parceria Público-Privada (PPP) que vai contemplar na nossa região 28 municípios. Todas essas ações visam garantir o abastecimento e antecipar as metas de universalização”, destaca a gerente Rita.

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UNIVERSALIZAÇÃO – A região Sudoeste tem dois municípios que alcançaram a universalização do saneamento. Cascavel foi a primeira a superar os 99% da cidade com coleta e tratamento de esgoto. E, Toledo, finaliza 2024 com o índice de 90% de esgotamento sanitário.

O gerente de Projetos e Obras Sudoeste, Áurio Manoel Bonilha Júnior, destaca que os contratos em andamento nas duas regiões somam R$ 870 milhões. “Desses investimentos, R4 790 milhões são aplicados em obras de ampliação, implantação e de melhorias nos processos de tratamento de esgoto”. Estão contemplados os municípios de Ampére, Assis Chateaubriand, Capitão Leônidas Marques, Catanduvas, Coronel Vivida, Formosa do Oeste, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guaíra, Honório Serpa, Mangueirinha, Mariópolis, Medianeira, Nova Aurora, Nova Prata do Iguaçu, Pato Branco, Planalto, Pranchita, Santa Tereza do Oeste, Toledo e Vera Cruz do Oeste. “Essas obras fazem parte do compromisso da Sanepar em universalizar o saneamento, em especial a coleta e o tratamento do esgoto para toda população do Paraná”, afirma Áurio.

Atualmente, 30 municípios operados pela Sanepar já estão universalizados com serviço de coleta e tratamento de esgoto e 65% da população atendida pela Sanepar possuem cobertura de esgotamento sanitário superior a 80%. Apenas 7,2% da população possui índices baixos ou ainda não são atendidas com cobertura de esgotamento sanitário.

Fonte: Governo PR

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