AGRONEGÓCIO
Depois do “El Niño”, agora é a vez de “La Niña” trazer intempéries climáticas e mais prejuízos
Publicado em
16 de março de 2024por
Itajuba TadeuO Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu nesta sexta-feira (16.03) um alerta para a transição do fenômeno El Niño para La Niña, o que deve elevao o risco de seca em partes do Brasil. O alerta foi dado a partir das projeções da autoridade climática global, National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), que avalia uma probabilidade de 55% para a ocorrência moderada de La Niña entre agosto e outubro, sinalizando uma temporada de variações climáticas intensas.
Especialistas do Cemaden alertam para mudanças significativas no regime de chuvas e nas temperaturas. A Região Sul pode esperar por uma primavera com chuvas abaixo da média histórica, enquanto o Amapá e áreas entre Minas Gerais e Bahia poderão enfrentar precipitações acima do normal. Estas alterações não são apenas numéricas, mas têm implicações diretas na vida das pessoas e na economia das regiões.
Para a agricultura brasileira, o impacto da La Niña se anuncia diverso, afetando de maneira distinta as várias regiões produtivas do país. Enquanto o Norte e Nordeste podem se beneficiar de chuvas acima da média, revitalizando reservatórios e aumentando a umidade do solo, o Centro-Oeste e o Sul enfrentarão desafios com períodos mais secos, afetando a produção de alimentos e a gestão de recursos hídricos.
A história recente mostra que eventos similares, ocorridos em 1995/1996, 2010/2011 e 2016/2017, tiveram impactos marcantes, afetando severamente estados como Rio Grande do Sul, Amazonas e Minas Gerais em diferentes ocasiões. Atualmente, várias regiões já enfrentam a seca, complicando o plantio de culturas essenciais como milho, arroz e algodão.
O cenário previsto para o próximo verão indica que o extremo norte do país pode esperar por chuvas acima da média, enquanto partes das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste poderão experimentar temperaturas abaixo do normal. Contudo, existe também a possibilidade de temperaturas mais elevadas no leste do Nordeste, destacando a complexidade e a variabilidade do impacto de La Niña no clima brasileiro.
Os preparativos para enfrentar os desafios impostos por La Niña já começam a ser discutidos entre autoridades e especialistas. A incerteza quanto aos padrões de precipitação reforça a necessidade de medidas adaptativas e de gestão robusta, visando mitigar os impactos adversos nas áreas mais vulneráveis, especialmente na agricultura, que é vital para a economia do país.
À medida que o Brasil se aproxima do período de influência de La Niña, a atenção se volta para a capacidade de resposta das comunidades e dos setores produtivos diante das adversidades climáticas previstas. A cooperação entre instituições de pesquisa, governo e setor privado será fundamental para navegar por este cenário com o mínimo de prejuízos possíveis, enfatizando a importância da prevenção e do planejamento estratégico frente às mudanças climáticas globais.
ENTENDA AS DIFERENÇAS
El Niño e La Niña são oscilações climáticas naturais que afetam o Oceano Pacífico Tropical e a atmosfera global, impactando o clima em diferentes regiões do mundo. Ambos fazem parte do mesmo ciclo climático, conhecido como El Niño-Oscilação Sul (ENOS).
El Niño:
- Aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial: Essa anomalia modifica a circulação atmosférica, gerando mudanças nos padrões de chuva e temperatura em diversas partes do globo.
- Efeitos no Brasil: Aumento das chuvas no Norte e Nordeste, e diminuição das chuvas no Sul e Sudeste.
- Frequência: Acontece a cada 2 a 7 anos, com duração média de 9 a 12 meses.
La Niña:
- Resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial: Oposta ao El Niño, essa anomalia também causa alterações na circulação atmosférica e nos padrões climáticos.
- Efeitos no Brasil: Diminuição das chuvas no Norte e Nordeste, e aumento das chuvas no Sul e Sudeste.
- Frequência: Acontece a cada 2 a 7 anos, com duração média de 9 a 12 meses.
Fonte: Pensar Agro
AGRONEGÓCIO
Na semana da Páscoa, indústria de chocolate enfrenta crise histórica
Published
11 horas agoon
16 de abril de 2025By

A Páscoa de 2025 chega em meio à maior crise já registrada no mercado global de cacau. Com a cotação da amêndoa batendo recordes históricos, a indústria do chocolate enfrenta um cenário crítico: falta de matéria-prima, custo em alta e risco de desabastecimento. O preço do cacau acumula uma disparada de 189% só neste início de ano, somado a picos que chegaram a 282% no mercado internacional ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia).
O impacto dessa escalada já se reflete diretamente no setor produtivo brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, a indústria processadora nacional recebeu apenas 17.758 toneladas de cacau, volume 67,4% menor em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). É um dos piores desempenhos dos últimos anos.
Sem matéria-prima suficiente no mercado interno, o Brasil aumentou as importações para tentar garantir o abastecimento, trazendo 19.491 toneladas de cacau de fora — alta de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a conta não fecha. A indústria terminou o trimestre com um déficit de 14.886 toneladas, o que acende o sinal de alerta sobre a sustentabilidade do setor.
Embora os chocolates da Páscoa já estejam nas lojas desde fevereiro — resultado de compras antecipadas feitas pela indústria — os reflexos da crise serão sentidos ao longo do ano. A defasagem entre a produção nacional e o volume processado mostra que o Brasil voltou a depender fortemente do mercado externo, num momento em que a oferta mundial também está em colapso.
Gana e Costa do Marfim, que concentram mais de 60% da produção global, enfrentam quebras de safra causadas por pragas, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras. A menor oferta mundial reduziu os estoques ao menor nível em décadas, pressionando ainda mais os preços e criando um efeito cascata sobre todos os elos da cadeia.
No Brasil, a situação também é crítica. A Bahia, que responde por dois terços do cacau nacional, entregou apenas 11.671 toneladas às indústrias no primeiro trimestre — retração de 73% frente aos últimos três meses de 2024. Técnicos apontam que o clima instável prejudicou o florescimento e agravou a incidência de doenças como a vassoura-de-bruxa, exigindo mais investimento em manejo e controle.
Apesar da queda drástica na produção, o produtor baiano tem sido parcialmente compensado pelo preço elevado da amêndoa, que supera R$ 23 mil a tonelada. O custo dos insumos, por outro lado, já não sobe no mesmo ritmo, o que ajuda a preservar a renda do campo. Ainda assim, a insegurança climática e o risco sanitário mantêm o setor em alerta.
Na tentativa de segurar os preços ao consumidor, a indústria brasileira está buscando alternativas, como mudanças nas formulações, cortes de gramatura e reformulação de produtos. Chocolates com maior teor de cacau — que dependem mais diretamente da amêndoa — devem ser os mais afetados. Já produtos de linha popular podem manter preços mais estáveis, ainda que com porções menores.
Mesmo assim, o consumidor já percebe reajustes nas gôndolas. O ovo de Páscoa, símbolo do período, está até 20% mais caro em relação ao ano passado, e a tendência é de novos aumentos caso a crise se prolongue.
O atual desequilíbrio entre oferta e demanda reforça a urgência de investimentos em produtividade no Brasil. O país, que já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo, hoje precisa importar amêndoa para manter sua indústria funcionando. Com lavouras envelhecidas, baixa produtividade média e forte dependência de condições climáticas, a cadeia brasileira está vulnerável.
Segundo a AIPC, é necessário acelerar a renovação de pomares, incentivar o uso de clones mais produtivos e resistentes, e ampliar o acesso a crédito para pequenos e médios produtores. Também cresce a demanda por políticas públicas que favoreçam a expansão da cacauicultura na Amazônia, no Espírito Santo e em novas fronteiras agrícolas.
Enquanto isso, o chocolate — produto culturalmente associado à celebração e ao prazer — pode se tornar um item mais raro e caro na mesa dos brasileiros. A crise do cacau já não é um problema futuro. Ela está acontecendo agora, e a Páscoa de 2025 é a prova mais amarga disso.
Fonte: Pensar Agro

Mariano posta novos cliques de casamento com ex-mis Brasil: ‘Somo Eu, você e Deus’

Sanepar leva projetos de educação ambiental para escolas de General Carneiro

Sanepar faz visitas de orientação técnica a mais de 3,5 mil imóveis em Capitão Leônidas Marques

Deputado Luiz Fernando Guerra (União) destaca a importância da desburocratização para o setor industrial no Paraná

“MAC de Portas Abertas” estreia em maio com curso sobre arte contemporânea japonesa
PARANÁ


Sanepar leva projetos de educação ambiental para escolas de General Carneiro
A Sanepar encerrou nesta quarta-feira (16) uma série de atividades socioeducativas em General Carneiro. Além da entrega de dois Jardins...


Sanepar faz visitas de orientação técnica a mais de 3,5 mil imóveis em Capitão Leônidas Marques
As obras de implantação do sistema de esgoto sanitário em Capitão Leônidas Marques, no Oeste do Estado, foram concluídas. Agora,...


Cooperativa recebe do Estado veículos para fortalecer entrega de alimentos escolares
O Governo do Estado, por meio do Coopera Paraná, programa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab),...
POLÍCIA


Polícia Militar do Paraná realiza solenidade alusiva a Tiradentes na Academia do Guatupê
Na manhã desta quarta-feira (16), a Polícia Militar do Paraná realizou uma solenidade alusiva a Joaquim José da Silva Xavier,...


Comandante-Geral da PMPR recebe Medalha do Exército em solenidade
Na manhã desta quarta-feira (16), durante a solenidade comemorativa ao Dia do Exército Brasileiro, realizada no quartel do Comando da...


Suspeito é preso com drogas durante operação de trânsito do BPTran no bairro Bom Retiro
Durante uma operação de bloqueio realizada pela Companhia Tático Móvel de Trânsito (COTAMOTRAN), pertencente ao Batalhão de Polícia de Trânsito...
ENTRETENIMENTO


Mariano posta novos cliques de casamento com ex-mis Brasil: ‘Somo Eu, você e Deus’
O cantor Mariano, de 38 anos, abriu um novo álbum defotos de seu casamento com a ex-Miss Brasil Jakelyne Oliveira,...


Sabrina Sato, Zoe e Nicolas Prattes se divertem na Disney: ‘Família toda’
A apresentadora Sabrina Sato, de 44 anos, e o ator Nicolas Prattes, de 27, curtiram o parque Magic Kingdom, da Disney,...


Ana Paula Araújo celebra aniversário ao lado de amigos e familiares: ‘Meu dia’
Ana Paula Araujo reuniu familiares e amigos para celebrar seus 53 anos. A apresentadora do Bom Dia Brasil, atração jornalística da Globo,...
ESPORTES


Cuiabá bate Athletico-PR em casa e conquista a liderança da Série B
Em um jogo emocionante na noite desta terça-feira (15.04), o Cuiabá derrotou o Athletico-PR por 2 a 1, na Arena...


Ceará vence o Vasco e cola nos líderes do Brasileirão
Com dois gols do artilheiro Pedro Raul, o Ceará venceu o Vasco por 2 a 1 na noite desta terça-feira,...


Bruno Henrique, atacante do Flamengo, é indiciado pela Polícia Federal por fraude em jogo contra o Santos
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de fraude em partida contra o...
MAIS LIDAS DA SEMANA
-
POLÍTICA PR5 dias ago
Agenda Legislativa discute doenças raras, classificação do tabaco e controle de contas municipais
-
PARANÁ6 dias ago
Rede da Copel para proteger subestações de ataques cibernéticos é premiada
-
POLÍTICA PR6 dias ago
Lideranças do agronegócio de Londrina são homenageadas na Assembleia Itinerante
-
ENTRETENIMENTO6 dias ago
Virginia presenteia amiga com bolsa e óculos de luxo: ‘Quase R$ 15 mil’