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Paraná colabora na elaboração de propostas nas áreas de meio ambiente e economia no Cosud

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Os Grupos de Trabalho (GT) da 10ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) avançaram, nesta sexta-feira (1), em Porto Alegre, em discussões de temas prioritários para os estados. Governadores, secretários e equipes técnicas se reuniram e apresentaram propostas para se trabalhar conjuntamente, com foco especial em meio ambiente, economia e segurança pública.

As discussões trataram, entre outros temas, da criação de um observatório ambiental e de um fundo para a Mata Atlântica, de propostas para uma nova indexação para o pagamento dos saldos devedores dos estados com a União e de mudanças legislativas endurecimento do código penal.

Ao todo, 21 GTs estiveram reunidos em Porto Alegre para elaboração de políticas públicas e articulações integradas. “O propósito do Cosud é justamente apresentar propostas que possam ser de interesse regional ou nacional, compartilhando experiências e unindo esforços”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior, que é coordenador do consórcio.

MEIO AMBIENTE – Na reunião do GT de Meio Ambiente, Ratinho Junior defendeu a desburocratização de processos na área, como licenciamentos ambientais. “Precisamos trabalhar nesta direção. Não tem cabimento que, por exemplo, para fazer uma obra de saneamento básico, tirando o esgoto da frente da casa de uma família, você precise passar por um processo tão complexo”, afirmou.

As equipes técnicas também deram sequência aos pontos estabelecidos pelo Tratado da Mata Atlântica , um protocolo de intenções que estabeleceu metas de restauração do bioma, de plantio de mudas nativas e de ações sustentáveis elaborado na edição passada do Cosud, em outubro de 2023.

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Uma delas propõe a criação do Observatório Ambiental do Cosud, para integrar estratégias, tecnologias, metodologias e dados entre os sete estados, com o objetivo de melhorar a eficiência da fiscalização e combater o desmatamento ilegal. 

O grupo também discutiu a criação do Fundo Mata Atlântica, que tem como modelo o Fundo Amazônia, para captar doações para conservação e manejo sustentável do bioma.

Os estados ainda se comprometeram a avançar na elaboração de planos de mitigação e de ação climática. “O Paraná já vem desenvolvendo seu plano próprio, com previsão de entrega até o final do primeiro semestre. É um movimento que vemos que todos os estados estão fazendo neste mesmo sentido, trabalhando de forma integrada”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Jorge. 

FAZENDA E PREVIDÊNCIA – No GT de Fazenda e Previdência, as equipes técnicas propuseram apresentar á União um novo indexador para o cálculo das dívidas dos estados. Atualmente, ele é baseado na Selic. A proposta reduziria os juros aos estados com maiores dívidas, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, e poderia render até créditos a estados com dívidas mais baixas, como Paraná e Espírito Santo.

O GT de Fazenda também discutiu a regulamentação da reforma tributária e alertou para a necessidade de participação dos estados nos grupos de trabalho do comitê gestor que está finalizando o texto e as leis complementares no Congresso Nacional.

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Na reunião com os governadores e os secretários de Fazenda, a equipe do Paraná apresentou os dados de compensação previdenciária de processos pendentes de análise dos estados do Cosud no INSS, que têm um potencial de render cerca de R$ 30 bilhões aos sete estados do Sul e Sudeste. 

A compensação previdenciária é o acerto de contas entre o Regime Geral de Previdência Social e os Regimes Próprios de Previdência Social decorrente da mudança de regime de um determinado trabalhador ao longo da carreira.

Os sete estados do Cosud têm, somados, 181 mil requerimentos de compensação previdenciária protocolados junto ao INSS, que dariam direito a receber de R$ 9,8 bilhões em compensações que já foram pagas pelos estados e outros R$ 8,4 bilhões de geração futura.

“Além disso, existem ainda outros 107 mil processos que os estados já estão pagando com suas carteiras e que podem ser enviados ao INSS, que somam mais R$ 11,7 bilhões”, afirmou o diretor-presidente da Paranaprevidência, Felipe Vidigal.

SEGURANÇA PÚBLICA – Na reunião dos secretários de Segurança Pública com os governadores, a discussão abordou, principalmente, uma proposta de endurecimento nas leis penais. O grupo também avançou na criação de um gabinete integrado entre as forças policiais dos sete estados, para facilitar as investigações e ações de inteligência.

COSUD

Os governadores do Sul e Sudeste participaram de reuniões estratégicas nesta sexta-feira. Foto: Jonathan Campos/AEN

OUTROS GRUPOS – Outras reuniões paralelas ocorreram ao longo do dia. No encontro da Agricultura, o debate principal destacou a integração de dados e o compartilhamento de informações entre os sistemas de defesa agropecuária, de rastreabilidade, de conformidade ambiental e agrometeorológico já existentes nos estados.

A conectividade rural foi outro ponto prioritário. Viabilizar o acesso à internet de qualidade na área rural é base para colocar em prática e conseguir avançar em diversas políticas públicas.

No grupo de Planejamento e Governo Digital, os pontos definidos foram a criação de um sistema conjunto de monitoramento e avaliação de políticas, a formulação do planejamento estratégico do Cosud, a viabilização do compartilhamento estratégico de dados públicos com o setor produtivo e a difusão do portfólio de soluções entre os estados integrantes do consórcio.

No GT do Turismo, foi pactuado um compromisso conjunto de buscar a ampliação de voos com conectividade direta entres os principais destinos dos estados, sem escalas. Também houve o comprometimento para a integração das aduanas nos estados que fazem fronteira com países do Mercosul. 

No grupo da Saúde, a Sesa apresentou as experiências do processo de compra de medicamentos pelo Consórcio Paraná Saúde. O consórcio foi constituído em 1999 e reúne 398 municípios do Estado, com exceção de Curitiba, e adquire, em conjunto, medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica para distribuição aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro tema importante foi a garantia de uma educação segura para as crianças. A Controladoria-Geral do Estado (CGE) participa do GT Transparência, Controladoria e Ouvidoria e apresentou canais de denúncia sobre assédio e outras violências e novos protocolos adotados pelo Paraná que podem ser replicados nos outros seis estados do Sul e Sudeste.

No grupo de Infraestrutura, o tema foi a renovação da Malha Sul. O atual contrato de concessão com a Rumo Logística junto ao governo federal vence em fevereiro de 2027. Somados, Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul têm 6.463 km de trilhos, importantes para o escoamento das safras.

COSUD – Criado em 2019, o Cosud tem como objetivo fortalecer a integração e a cooperação entre os governos dos estados do Sul e do Sudeste. Os estados do consórcio respondem por uma população de cerca de 115 milhões de habitantes e por aproximadamente 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

PRESENÇAS – Também participaram dos encontros os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; de São Paulo, Tarcísio de Freitas; do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; de Minas Gerais, Romeu Zema; e do Espírito Santo, Renato Casagrande. Representando o Governo de Santa Catarina, esteve presente o secretário de Planejamento, Edgard Usuy. 

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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