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Não tem pra outro peixe, Brasil vai se tornando o país da tilápia

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Anuário Peixe BR mostra que 65,3% do total produzido são desta espécie, enquanto as demais patinam no mercado

 

No Brasil desde os anos 1960, a exótica tilápia hoje faz da piscicultura do país um peixe voador, ainda que não seja em céu de brigadeiro. Em 2023, o país produziu 579.080 toneladas de tilápias, o equivalente a 65,3% do total, ficando os peixes nativos como 29,7%, ou 263.479 toneladas, enquanto as demais espécies representaram 5% (44.470 toneladas). Para os nativos e demais, o cenário tem se mostrado mais desafiador na produção e no apetite do consumidor para esse tipo de produto.

A produção de tilápia seguiu em 2023 o que vem acontecendo nos últimos anos: o mercado é demandante. A produção cresceu 5,28% em relação a 2022, de acordo com o Anuário PeixeBR, apresentado nesta quarta-feira (29), na capital paulista, pela PeixeBR (Associação Brasileira da Piscicultura). Em 2022, a espécie representou 63,93% da produção nacional.

No total, em 2023, o país produziu 887.029 toneladas de peixes de cultivo, crescimento de 3,1% no período. “Nós esperávamos um crescimento na casa dos dois dígitos”, diz Francisco Medeiros, presidente da entidade. “Mas questões sanitárias impactaram nos nossos resultados, mas o setor reagiu muito rapidamente. Também houve desafios climáticos, com temperaturas muito altas. E isso afetou, principalmente o oeste do Paraná”, que é uma das principais regiões produtoras do país.

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De qualquer forma, segundo o executivo, a estimativa é crescimento do consumo porque o peixe caiu no gosto do consumidor no momento da escolha de um produto. “O país tem clima propício, potencial hídrico para multipli­car o cultivo atual algumas vezes e dimensões continentais. Pu­xada pela tilápia, a piscicultura brasileira tem representatividade crescente”, afirma Medeiros.

 

Forbes

 

 

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AGRONEGÓCIO

Brasília se consolida como melhor cidade para o agro em 2024

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Em 2024, Brasília foi reconhecida como a melhor cidade para negócios no agronegócio, uma conquista que reflete as ações estratégicas e os investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF) na área.

A avaliação foi realizada por uma consultoria especializada, que levou em consideração fatores como infraestrutura, localização estratégica e o desenvolvimento econômico da região. Com uma série de iniciativas voltadas à sustentabilidade, segurança alimentar e apoio ao setor rural, a capital federal se destaca como um exemplo de progresso para o agronegócio no Brasil.

A infraestrutura rural foi um dos pilares do crescimento de Brasília como centro agroempresarial. Durante o ano de 2024, o GDF investiu pesado na recuperação de 1.700 km de estradas rurais, facilitando o escoamento da produção e o acesso a mercados. Além disso, o Polo de Agricultura Irrigada foi um dos projetos mais importantes, promovendo o uso eficiente da água, recurso cada vez mais escasso.

O programa também incluiu a recuperação e construção de mais de 100 km de canais, que beneficiaram diretamente 209 famílias de produtores rurais. Para garantir a segurança hídrica, o GDF implementou 10 reservatórios com capacidade de 380 mil litros cada, fortalecendo a resiliência das propriedades diante de períodos de seca.

A pecuária também teve destaque em 2024 com a implementação do Programa Distrital de Sanidade dos Caprinos e Ovinos (PDSCO), que fortaleceu a caprino-ovinocultura no DF. O programa instituiu o cadastro obrigatório de propriedades, fiscalizou eventos e o transporte de animais, assegurando a qualidade genética e sanitária do rebanho.

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Já a qualidade dos alimentos passou a ser monitorada com mais rigor, graças à parceria entre a Secretaria da Agricultura e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que intensificou a fiscalização de resíduos de agrotóxicos.

O apoio direto ao produtor rural também foi ampliado. O programa Pró-Rural, que oferece isenção de ICMS, aprovou 33 projetos que beneficiaram o cultivo de cereais, feijão, tomate e a criação de aves. Já o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR) investiu mais de R$ 3 milhões em 36 projetos em 2024, focando em cooperativas e produtores individuais, com o objetivo de fortalecer a produção e a competitividade do agronegócio local.

Uma das grandes vitórias do ano foi a entrega do Empório Rural do Colorado, um espaço que conecta produtores e consumidores, promovendo a comercialização direta e o fortalecimento da agricultura familiar. Com a movimentação de R$ 43 milhões em chamamentos públicos, o GDF conseguiu abastecer escolas e programas sociais, ampliando o impacto da agricultura familiar na alimentação da população.

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Os eventos do setor agropecuário também tiveram papel fundamental na visibilidade e no crescimento dos negócios em Brasília. A AgroBrasília 2024, uma das maiores feiras do setor, gerou R$ 5,1 bilhões em negócios, com destaque para a inovação tecnológica no AgroHack Ideias, que premiou soluções inovadoras para o campo.

Já o 1º Berry Day, voltado ao cultivo de frutas vermelhas, demonstrou o potencial crescente de nichos específicos da produção agrícola. A Expoabra, com a presença de 1.419 animais, e a FestFlor, que movimentou R$ 12 milhões, também mostraram a força do setor agropecuário no DF.

Além do apoio econômico, 2024 foi um ano de forte compromisso social e ambiental. A Secretaria da Agricultura, por meio de programas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PAA – Cozinhas Solidárias, distribuiu 428 mil kg de alimentos, beneficiando cerca de 150 mil pessoas e dezenas de pequenos produtores rurais.

O programa Reflorestar, que distribuiu 46 mil mudas para a recuperação de áreas degradadas, também se destacou como uma ação importante para promover a sustentabilidade no campo.

Fonte: Pensar Agro

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