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Arroz volta a ganhar força no Sul de Minas Gerais em consórcio com café

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Após perder espaço para outras lavouras nas últimas décadas, o cultivo do arroz pode voltar a ganhar força no Sul de Minas Gerais. Uma iniciativa conjunta de instituições de pesquisa e extensão rural está testando o plantio de arroz de sequeiro em consórcio com o café, com resultados promissores.

O programa, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), visa testar e promover o plantio do cereal em diversas cidades da região, incluindo Guaxupé, Guaranésia, Monte Santo de Minas, Arceburgo, São Sebastião do Paraíso, entre outras.

O destaque do programa é o plantio de unidades demonstrativas de arroz de sequeiro em consórcio com o café, uma inovação que tem atraído a atenção dos produtores locais. “Estamos entusiasmados com a receptividade dos agricultores em relação ao cultivo do arroz. Essa parceria com o café oferece uma oportunidade adicional de renda aos produtores”, afirma Geraldo José Rodrigues, extensionista da Emater-MG.

Os técnicos da Emater-MG selecionaram produtores para participar do projeto, fornecendo sementes e insumos sem custo. O consórcio entre arroz e café apresenta diversas vantagens, como proteção contra pragas e doenças, enriquecimento do solo com nitrogênio e aumento da rentabilidade para os produtores.

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A expectativa é que a iniciativa não apenas beneficie os produtores locais, mas também contribua para o abastecimento de programas governamentais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Além disso, o mercado do arroz tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, com os preços do produto dobrando desde 2023. Isso, somado às mudanças na legislação ambiental que favorecem o cultivo de arroz de sequeiro, torna a retomada da cultura do arroz uma oportunidade promissora para o Sul de Minas.

Os primeiros resultados são animadores. O cafeicultor João Eduardo de Paula Vieira, de São Sebastião do Paraíso, plantou 300 metros de linha de arroz e está satisfeito com o desenvolvimento da lavoura. “O arroz está grande e deve estar pronto para a colheita no próximo mês”, diz ele.

Benefícios do consórcio arroz-café:

Diversificação da produção e renda extra para os cafeicultores.
Cobertura do solo, protegendo-o contra pragas e doenças.
Palhada, fornecendo nutrientes para o solo.
Redução dos custos de produção.
Melhoria da qualidade do solo.
Sustentabilidade ambiental.
Mercado em crescimento:

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O mercado para o arroz também está em crescimento. Atualmente, a saca do grão (50 Kg) está valendo cerca de R$ 180, o dobro do valor em 2023. Com a implementação desse programa, Minas Gerais busca recuperar sua posição no cenário nacional como produtor de arroz, aproveitando o potencial da região e promovendo práticas sustentáveis de produção agrícola.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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