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Piauí se destaca com redução de 5% no desmatamento do cerrado e expande área da soja

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O Piauí se destacou no cenário nacional ao registrar uma redução de 5% no desmatamento da região do cerrado, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Essa diminuição ocorre em um contexto de expansão da cultura da soja, com o estado sendo o único entre os que compõem a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) a apresentar tal resultado. Além do Piauí, apenas Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo conseguiram reduzir o desmatamento em seus territórios.

A Associação de Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja Piauí) atribui essa conquista aos investimentos em pesquisa e tecnologia, que têm impulsionado a produtividade nas áreas de cultivo sem necessariamente aumentar a área desmatada.

“O produtor tem investido cada vez mais em conhecimento e tecnologia nas áreas já consolidadas para aumento da produtividade, produção por unidade de área já existente”, afirma Alzir Neto, presidente da Aprosoja Piauí.

Um projeto de pesquisa realizado pela Embrapa Meio-Norte em parceria com a Aprosoja Piauí e a Universidade Federal do Piauí (UFPI, campus de Bom Jesus) indicou a possibilidade de aumentar em até 40% a produtividade em áreas de primeiro cultivo, reforçando a viabilidade de conciliar produção agrícola com conservação ambiental.

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Alzir Neto destaca ainda o rigor da legislação ambiental brasileira, considerada por ele como a mais exigente do mundo. Ele lembra que, no Piauí, os produtores não apenas cumprem com o Código Florestal Brasileiro, que exige a preservação de 20% das áreas como Reserva Legal (RL), mas também observam a legislação estadual.

A legislação do Estado adiciona uma exigência de preservação de mais 10%, totalizando 30% de área preservada, além das Áreas de Preservação Permanente (APPs), nascentes e escarpas de serra. Essas medidas colocam o estado do Piauí acima da média nacional em termos de preservação ambiental no contexto do agronegócio.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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