NOVA AURORA

PARANÁ

Infraestrutura e industrialização estão fortalecendo o agro paranaense, destaca governador

Publicado em

Os avanços da infraestrutura, aliados à educação de qualidade e à industrialização dos produtos primários garantem que a agricultura paranaense seja cada vez mais forte, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior durante uma rodada de entrevistas às emissoras de rádio e TV durante o 36º Show Rural Coopavel, que acontece em Cascavel, no Oeste do Paraná, nesta terça-feira (6).

O aumento anual das safras da agricultura e dos abates da cadeia de proteína animal estão impulsionando um processo de agroindustrialização muito forte no Estado. “O Paraná é o maior produtor de tilápia, de frango e de mandioca, produtos que hoje são comercializados não só na forma de commodity, mas também industrializados, embalados e em diferentes formas da sua produção original, evitando a dependência do produto in natura”, disse Ratinho Junior.

“O Paraná deixou de negociar apenas commodities. Estamos conseguindo industrializar grande parte daquilo que produzimos. Mesmo sendo o segundo maior produtor de grãos do País, temos que importar grãos para abastecer nossos frigoríficos, as cadeias produtivas do frango, do peixe, dos suínos, o que mostra também um ponto positivo, porque muitas vezes há prejuízo na safra, mas a matéria-prima industrializada acaba tendo um valor agregado maior, gerando emprego e renda em toda a cadeia”, explicou.

Ele destacou também a atração de investimentos de grande porte, como os da Frimesa, Lar, C.Vale e Coopavel, na região Oeste, e o faturamento recorde das cooperativas, ultrapassando R$ 200 bilhões em 2023. Do lado do pequeno negócio, o Governo do Estado apoia as agroindústrias, principalmente as da agricultura familiar, dentro de linhas de financiamento e investimento direto, como no Coopera Paraná e no Compra Direta Paraná.

Leia Também:  Inaugurações de três penitenciárias abriram 2,2 mil vagas no sistema em 2022

“Temos uma série de programas voltados para a agroindustrialização e sentimos esse movimento cada vez maior em feiras como o Show Rural. Criamos o Banco do Agricultor Paranaense, que ajuda agricultores com juros subsidiados, inclusive com linhas específicas para mulheres donas ou sócias de propriedades. São recursos do Tesouro do Estado para ajudar o desenvolvimento da energia renovável, solar e biogás, além de irrigação, o que mostra que o agro do Paraná está antenado com o ambiente verde e inovador”, afirmou.

INFRAESTRUTURA – O governador também falou sobre investimentos na área portuária. Ele comemorou o recorde de movimentação no Porto de Paranaguá em 2023, com mais de 60 milhões de toneladas movimentadas, antecipando a meta da empresa pública que administra os portos paranaenses. “O planejamento da Portos do Paraná em 2018 era chegar a 60 milhões de toneladas em 2030. Conseguimos ultrapassar essa projeção sete anos antes. Não à toa o Porto de Paranaguá foi eleito quatro vezes consecutivas como o mais eficiente do Brasil”, afirmou.

“Essa é a porta de saída de tudo que produzimos aqui no Paraná e também da produção de outros estados. Se o porto é eficiente, ajuda a trazer eficiência para o campo, mais empregos. Temos visto as cooperativas crescendo, o que nos consolida como o supermercado do mundo”, analisou.

Ratinho Junior também destacou as obras do Novo Moegão do Porto de Paranaguá, que vai agilizar o escoamento das mercadorias por linha férrea. O investimento é de cerca de R$ 600 milhões, já licitado, e que deve ter as obras iniciadas nas próximas semanas. Hoje o porto tem capacidade para descarregar 180 vagões por dia. Com a nova estrutura, passará para 900 vagões por dia, sendo a maior obra portuária da atualidade no Brasil.

Leia Também:  Litoral do Paraná atendeu expectativas de mais de 90% dos turistas, mostra pesquisa

Ele também citou a Nova Ferroeste, linha férrea proposta pelo Governo do Estado que irá ligar Maracaju (MS) a Paranaguá, com 1,5 mil quilômetros, e o início das novas concessões rodoviárias. “Esses investimentos impulsionam o agronegócio porque criam um ambiente de crescimento. Estradas mais seguras e rotas alternativas garantem aumento de competitividade. É o que estamos buscando”, afirmou o governador.

EDUCAÇÃO – Durante as entrevistas, o governador também apontou os investimentos feitos na área da educação, que colocaram o Paraná como o melhor ensino público do País. Na manhã, Ratinho Junior assinou o decreto que regulamenta e estrutura o funcionamento das Cooperativas-Escolas nos 23 colégios agrícolas e dois florestais que compõem a rede estadual de ensino.

“O cooperativismo está no DNA do paranaense. Somos o estado que mais tem cooperativas no Brasil, com as maiores da América Latina. Queremos que os filhos dos nossos tenham conhecimento, acesso a tecnologias, como drones, e que também se transformem em gestores no futuro”, destacou. “Eles poderão produzir, vender esses alimentos, e esse dinheiro irá voltar para o colégio. É levar a educação tradicional, com língua portuguesa, matemática, e também o ensino técnico”, finalizou.

SHOW RURAL – Um dos maiores eventos do agronegócio da América Latina, o Show Rural é organizado pela cooperativa Coopavel, tendo como foco a inovação e novas tecnologias para o setor. O evento chega à 36ª edição com 600 expositores e expectativa de alcançar R$ 5,5 bilhões em volume de vendas.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

Published

on

By

Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

Leia Também:  Inaugurações de três penitenciárias abriram 2,2 mil vagas no sistema em 2022

Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

Leia Também:  EletriCidadania: programa de voluntariado da Copel comemora 20 anos

O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA