14 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Excesso de chuvas no Sul faz ferrugem asiática explodir e preocupa sojicultores de todo país

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    Em um início de ano preocupante para a agricultura, o Consórcio Antiferrugem registrou um aumento significativo de casos de ferrugem asiática nas lavouras de soja do Rio Grande do Sul.

    Com 51 novos relatos em janeiro, somando-se aos 37 ocorridos em dezembro, o estado enfrenta uma incidência precoce da doença, totalizando 88 casos na safra atual. Este cenário coloca os agricultores em alerta, principalmente porque 96% dos casos foram identificados antes da fase de enchimento de vagens, um estágio crucial para o desenvolvimento da soja.

    A pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, aponta o excesso de chuvas no início da safra como um dos principais fatores que atrasaram a semeadura no sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul. Esse atraso resultou em uma heterogeneidade no desenvolvimento das plantações, aumentando a vulnerabilidade das lavouras semeadas mais tarde ao ataque do fungo P. pachyrhizi, causador da ferrugem asiática.

    Nas redes sociais, a comunidade agrícola vem compartilhando experiências de alta severidade da doença, mesmo após a aplicação de fungicidas, indicando possíveis falhas no controle. Nesse contexto, Godoy enfatiza a importância da escolha adequada dos fungicidas, destacando os mais utilizados: Inibidores de desmetilação (IDM), Inibidores da Quinona externa (IQe) e Inibidores da Succinato Desidrogenase (ISDH).

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    Entretanto, o controle da ferrugem asiática está se tornando cada vez mais desafiador devido à menor sensibilidade do fungo a esses fungicidas e à identificação de novas mutações que afetam a eficácia de componentes ativos específicos, como protioconazol e tebuconazol. A recomendação é utilizar esses ativos em rotação e combiná-los com fungicidas multissítios, visando uma maior eficiência no controle.

    A Embrapa também orienta que o controle químico seja iniciado logo no aparecimento dos primeiros sintomas da doença, mesmo que estes se manifestem no estágio vegetativo, e que se respeite o intervalo de 14 dias entre as aplicações.

    Atualmente, o Brasil contabiliza 258 focos de ferrugem asiática na safra 2023/24, uma diminuição em relação aos 295 casos do ciclo anterior. Desde sua primeira identificação no país, em 2001, a ferrugem asiática se estabeleceu como a principal ameaça à cultura da soja, com potencial de reduzir a produtividade em até 90% se não for adequadamente controlada.

    Para combater essa ameaça, a Embrapa reitera a importância de estratégias de manejo integrado, incluindo o vazio sanitário para reduzir o inóculo do fungo, o uso de cultivares de ciclo precoce, a semeadura no início do período recomendado e o uso estratégico de fungicidas. Essas medidas são fundamentais para proteger as lavouras brasileiras dessa doença devastadora e assegurar a produtividade da soja no país.

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    com informações do Globo Rural

    Fonte: Pensar Agro

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    AGRONEGÓCIO

    Mapa faz balanço do primeiro trimestre: R$ 223 bilhões em vendas externas

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    O agronegócio brasileiro fechou o primeiro trimestre de 2025 com o maior volume de exportações da história para o período, movimentando mais de R$ 223 bilhões em vendas externas, segundo balanço divulgado pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Só em março, foram R$ 92 bilhões exportados — o segundo melhor desempenho já registrado para esse mês. Esse avanço foi puxado principalmente pelo aumento no volume exportado, que cresceu mais de 10% em relação a março de 2024.

    Os preços médios dos produtos também subiram, mas em menor proporção, cerca de 2%. Entre os destaques estão a soja em grãos, com R$ 33,6 bilhões em exportações (+7%), o café verde, que somou R$ 8,3 bilhões (+92,7%), a carne bovina in natura, com R$ 6,5 bilhões (+40,1%), a celulose, que movimentou R$ 5,8 bilhões (+25,4%), e a carne de frango in natura, com R$ 4,6 bilhões (+9,6%).

    O café verde praticamente dobrou de valor exportado em comparação com o ano passado. A carne bovina também cresceu com força, e a soja segue firme como carro-chefe do agro brasileiro no comércio internacional.

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    No acumulado do trimestre, o superávit do setor chegou a R$ 192 bilhões — ou seja, esse foi o valor que sobrou de saldo positivo na balança do agro, mesmo considerando o que o Brasil importou. A China continua liderando as compras, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

    Também houve aumento nas exportações para países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia, especialmente em itens como soja, algodão, celulose e carnes. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou o ministro.

    Fonte: Pensar Agro

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