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Exportações do agro mineiro batem recorde: 15,6 milhões de toneladas, aumento de 13,3%

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Entre janeiro e dezembro de 2023, as exportações do agro de Minas Gerais atingiram recorde de 15,6 milhões de toneladas embarcadas, aumento de 13,3% em comparação ao ano anterior. Os principais segmentos exportadores incluíram os de café, complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes e produtos florestais. Os produtos foram distribuídos para 175 países.

“Esse bom desempenho do agronegócio de Minas demonstra que o setor tem grande importância para a economia mineira e nacional, além de confirmar o trabalho da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) no fomento à geração de emprego e renda”, comenta o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, Caio César Coimbra.

Apesar do crescimento no volume exportado, a receita gerada pelo comércio exterior registrou diminuição de 6,7% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 14,3 bilhões em 2023. Esse declínio decorreu da redução nos preços das commodities no mercado internacional, com uma queda média de 17%. As exportações do agro representaram 36% do total comercializado por Minas Gerais no exterior.

A China se manteve como o principal parceiro comercial do agronegócio mineiro, respondendo por 33% das compras, seguido pelos Estados Unidos (8%), Alemanha (7%), Itália (4%) e Japão (4%). Em 2023, nove países estrearam suas transações com o setor, incluindo Ruanda, Belarus, Tonga, Bósnia e Herzegovina.

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Agricultura – O complexo sucroalcooleiro alcançou recorde de vendas, atingindo total de US$ 1,9 bilhão e 4,1 milhões de toneladas. O açúcar desempenhou papel fundamental no crescimento do comércio exterior, registrando US$ 1,8 bilhão e 3,9 milhões de toneladas.

No que diz respeito aos produtos florestais, as exportações de celulose, madeira, papel e borracha somaram US$ 1 bilhão e 1,6 milhão de toneladas, representando aumento de 10% na receita e 19% no volume.

Esses números também correspondem ao melhor desempenho desde o início da série histórica em 1997, impulsionado especialmente pela celulose, que contribuiu com 97% das transações do setor.

Embora tenha apresentado desempenho inferior a 2022, o café permanece como carro-chefe das exportações do agronegócio mineiro, obtendo o terceiro melhor resultado já registrado pelo segmento, com total de US$ 5,5 bilhões e 25,6 milhões de sacas.

No setor do complexo soja (grãos, farelo e óleo), a receita foi de US$ 3,5 bilhões e 6,7 milhões de toneladas, mantendo um faturamento estável, apesar de uma leve queda de 0,6% na receita, porém com aumento de 15% no volume.

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Outro destaque foi o milho, que encerrou 2023 com recorde de US$ 190 milhões e 804 mil toneladas.

Pecuária – As vendas de carnes apresentaram diminuição, impulsionada pela redução nas compras de carne bovina pela China. A receita total das vendas de carnes, incluindo bovina, frango, suína e outras, atingiu US$ 1,3 bilhão e 431 milhões de toneladas.

A carne bovina, principal proteína animal exportada pelo estado, teve retração de 28,9% na receita e 9% no volume, principalmente devido à redução nas aquisições chinesas.

Já a carne de frango registrou aumento recorde, alcançando US$ 367 milhões e 190 mil toneladas, impulsionada pelo aumento das compras da China, México e Rússia.

A carne suína manteve demanda aquecida, totalizando US$ 49 milhões e 22 mil toneladas enviadas para 30 países. O desempenho foi o melhor dos últimos 8 anos.

Outros itens seguiram com acréscimos nas vendas para o mercado externo como ovos e derivados, com melhor desempenho dos últimos 11 anos, com US$ 16 milhões e 8,9 mil toneladas.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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