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Brasil conquista o título de melhor produtor do mundo, no Dia mundial do queijo

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Comemorado neste último sábado (20.01), o Dia Mundial do Queijo foi marcado, no Brasil, pelo reconhecimento no World Cheese Awards – conhecido como o Oscar do Queijo – como o melhor do mundo.

A 35ª edição do concurso realizada em Trondheim, na Noruega, teve a participação de mais de 4.502 queijos de 43 países. Dentre eles, 23 queijos brasileiros estiveram no pódio de melhores queijos do mundo, incluindo uma medalha Super Ouro, três para Ouro, oito para prata e 11 para bronze.

Outro grande concurso com visibilidade internacional e que ocorre no Brasil é o Mundial do Queijo do Brasil. Neste ano, a 3ª edição ocorrerá entre os dias 11 e 14 de abril em São Paulo.

O mundial irá receber produtores de vários países, e mais de 100 produtores irão expor seus produtos artesanais. Além disso, irá ocorrer o 3º Concurso de Queijos e Produtos Lácteos, que estima receber mais de dois mil queijos e derivados do leite.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) trabalha para garantir que os alimentos estejam seguros para o consumo, tanto para o mercado interno, quanto o mercado externo. Para estes concursos, o Mapa atua na fiscalização dos alimentos participantes. Para os produtos que virão de outros países, a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) atua nestas fiscalizações nos aeroportos e fronteiras.

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O chefe substituto de Produtos Importados do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Caio Augusto, afirma que como forma de facilitar a participação dos queijos oriundos de outros países no evento, “foi elaborado um procedimento simplificado, onde foi dispensada a necessidade de autorização prévia de importação, cabendo somente a fiscalização dos produtos pelo Vigiagro, verificando o cumprimento dos requisitos de saúde pública previstos no Certificado Sanitário”, disse.

O Mapa também atua no incentivo e reconhecimento da produção artesanal de queijos e outros produtos alimentícios por meio do Selo Arte e Selo Queijo Artesanal.

Os Selos Arte e Queijo Artesanal asseguram que produtos alimentícios foram produzidos de forma artesanal com receita e processo que apresentem características diferenciais. Por intermédio dessas certificações, assegura-se que o produto possui propriedades únicas, diferenciadas, com modo de fabricação artesanal próprio de determinada região, tradição ou cultura e que adota as Boas Práticas Agropecuárias e as Boas Práticas de Fabricação.

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De acordo com o coordenador de Cooperativismo, Associativismo Rural e Agregação de Valor, Nelson de Andrade, desde 2018, 240 tipos de queijos foram contemplados com Selo Arte e desde 2019 foram concedidos 235 Selos Queijo Artesanal.

Atualmente, 125 estabelecimentos possuem o Selo Queijo Artesanal. Em 2023, foram concedidos 45 Selos Arte para queijos e 23 Selos Queijo Artesanal.

O coordenador destaca que estes selos possibilitam a permissão de comercialização em todo o território brasileiro e simplifica o registro para comercialização. Além de ter a valorização territorial, de produção artesanal diferenciada e caracterização singular de fácil identificação e reconhecimento por meio do selo único.

Com informações da assessoria do Mapa

Fonte: Pensar Agro

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Na semana da Páscoa, indústria de chocolate enfrenta crise histórica

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A Páscoa de 2025 chega em meio à maior crise já registrada no mercado global de cacau. Com a cotação da amêndoa batendo recordes históricos, a indústria do chocolate enfrenta um cenário crítico: falta de matéria-prima, custo em alta e risco de desabastecimento. O preço do cacau acumula uma disparada de 189% só neste início de ano, somado a picos que chegaram a 282% no mercado internacional ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia).

O impacto dessa escalada já se reflete diretamente no setor produtivo brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, a indústria processadora nacional recebeu apenas 17.758 toneladas de cacau, volume 67,4% menor em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). É um dos piores desempenhos dos últimos anos.

Sem matéria-prima suficiente no mercado interno, o Brasil aumentou as importações para tentar garantir o abastecimento, trazendo 19.491 toneladas de cacau de fora — alta de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a conta não fecha. A indústria terminou o trimestre com um déficit de 14.886 toneladas, o que acende o sinal de alerta sobre a sustentabilidade do setor.

Embora os chocolates da Páscoa já estejam nas lojas desde fevereiro — resultado de compras antecipadas feitas pela indústria — os reflexos da crise serão sentidos ao longo do ano. A defasagem entre a produção nacional e o volume processado mostra que o Brasil voltou a depender fortemente do mercado externo, num momento em que a oferta mundial também está em colapso.

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Gana e Costa do Marfim, que concentram mais de 60% da produção global, enfrentam quebras de safra causadas por pragas, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras. A menor oferta mundial reduziu os estoques ao menor nível em décadas, pressionando ainda mais os preços e criando um efeito cascata sobre todos os elos da cadeia.

No Brasil, a situação também é crítica. A Bahia, que responde por dois terços do cacau nacional, entregou apenas 11.671 toneladas às indústrias no primeiro trimestre — retração de 73% frente aos últimos três meses de 2024. Técnicos apontam que o clima instável prejudicou o florescimento e agravou a incidência de doenças como a vassoura-de-bruxa, exigindo mais investimento em manejo e controle.

Apesar da queda drástica na produção, o produtor baiano tem sido parcialmente compensado pelo preço elevado da amêndoa, que supera R$ 23 mil a tonelada. O custo dos insumos, por outro lado, já não sobe no mesmo ritmo, o que ajuda a preservar a renda do campo. Ainda assim, a insegurança climática e o risco sanitário mantêm o setor em alerta.

Na tentativa de segurar os preços ao consumidor, a indústria brasileira está buscando alternativas, como mudanças nas formulações, cortes de gramatura e reformulação de produtos. Chocolates com maior teor de cacau — que dependem mais diretamente da amêndoa — devem ser os mais afetados. Já produtos de linha popular podem manter preços mais estáveis, ainda que com porções menores.

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Mesmo assim, o consumidor já percebe reajustes nas gôndolas. O ovo de Páscoa, símbolo do período, está até 20% mais caro em relação ao ano passado, e a tendência é de novos aumentos caso a crise se prolongue.

O atual desequilíbrio entre oferta e demanda reforça a urgência de investimentos em produtividade no Brasil. O país, que já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo, hoje precisa importar amêndoa para manter sua indústria funcionando. Com lavouras envelhecidas, baixa produtividade média e forte dependência de condições climáticas, a cadeia brasileira está vulnerável.

Segundo a AIPC, é necessário acelerar a renovação de pomares, incentivar o uso de clones mais produtivos e resistentes, e ampliar o acesso a crédito para pequenos e médios produtores. Também cresce a demanda por políticas públicas que favoreçam a expansão da cacauicultura na Amazônia, no Espírito Santo e em novas fronteiras agrícolas.

Enquanto isso, o chocolate — produto culturalmente associado à celebração e ao prazer — pode se tornar um item mais raro e caro na mesa dos brasileiros. A crise do cacau já não é um problema futuro. Ela está acontecendo agora, e a Páscoa de 2025 é a prova mais amarga disso.

Fonte: Pensar Agro

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