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Asilo clandestino de Ponta Grossa recebia até R$ 1,9 mil por idoso, diz MP

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O Ministério Público do Paraná, por meio da 16ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, denunciou pelo crime de tortura duas irmãs responsáveis por uma Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI) que funcionava ilegalmente no bairro Uvaranas

Segundo o MP, elas mantinham nove idosos em situação de absoluta precariedade e sob grave violência física e emocional. A situação chegou ao conhecimento das autoridades policiais quando, no último domingo (14), uma das idosas residentes fugiu do local e saiu correndo pela rua buscando ajuda e pedindo socorro. A denúncia foi oferecida nesta sexta-feira (19).

Agressões 

De acordo com as apurações, que subsidiaram a denúncia do MPPR, os idosos eram mantidos sob graves ameaças e constante violência física, que incluía puxões de cabelo, socos e arranhões, praticados a pretexto de castigo pessoal e como forma de fazê-los obedecer às ordens dadas pelas agressoras. Além disso, ficou demonstrado que o local funcionava em total descumprimento à legislação, especialmente quanto ao Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), oferecendo diversos riscos aos abrigados – o piso era escorregadio, não contava com estrutura antiderrapante ou barras de apoio, possuía escadas e muitos desníveis. Os idosos eram ainda privados de acesso adequado à alimentação e condições de repouso – não contavam com camas e dormiam em colchões espalhados pelo chão.

Riscos 

Por ocasião da abordagem policial, verificou-se ainda que os remédios dos idosos eram mantidos em cima da geladeira, desorganizados e sem qualquer identificação, estando os idosos expostos ao risco de acessarem-nos sem qualquer orientação ou prescrição. Eles também não estavam recebendo os devidos acompanhamentos médicos dos quais necessitavam. Além disso, cartões de contas bancárias ou relativos a benefícios das vítimas foram encontrados com as duas denunciadas. Na denúncia, a Promotoria de Justiça aponta que todos os idosos foram encontrados em situação de “extrema vulnerabilidade, sendo que três deles necessitaram de atendimento médico em razão de desidratação, pressão arterial alta e devido ao estado físico debilitado e também emocional muito abalado”.

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Valores

Segundo apurou-se, as irmãs recebiam valores entre um salário mínimo e R$ 1,9 mil de familiares de cada um dos idosos ali abrigados. Além da condenação das denunciadas pelos crimes cometidos, o Ministério Público requer na denúncia que seja fixado pelo Judiciário a obrigação de pagamento de quantia referente aos danos morais causados às vítimas.

As vítimas têm entre 51 e 82 anos de idade e foram encaminhadas para acolhimento pela rede de proteção e assistência social do Município. Além do crime de tortura, elas foram denunciadas por diversos crimes praticados contra idosos e que estão previstos da legislação (Leis 9.455/1997, 11.340/2006, 10.741/2003, além do Código Penal).

As duas denunciadas estão presas preventivamente, a pedido do MPPR, e responderão ao processo em privação de liberdade.

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Em Japurá, Estado promove repovoamento do Rio Ivaí com 150 mil peixes nativos

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O Rio Ivaí, em Japurá, na região Noroeste, ganhou nesta sexta-feira (11) mais 150 mil peixes de espécies nativas do Paraná. A ação integra o projeto Rio Vivo, desenvolvido pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SDBHP), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Além disso, com apoio de crianças da rede pública de ensino, houve o plantio de mudas de espécies nativas do Estado para a proteção da mata ciliar.

O repovoamento foi feito com traíras e lambaris, todos em estágio juvenil de desenvolvimento, ou seja, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos. Neste sábado (12), a partir das 8 horas, a atividade se dará em Doutor Camargo (Noroeste), também no Ivaí, com a soltura de mais 150 mil peixes.

“O Ivaí é um dos rios mais importantes do Paraná, sem barragens, um lugar perfeito para pesca esportiva. Um verdadeiro tesouro natural que ganhou ainda mais vida com a soltura dessa nova leva de peixes”, afirmou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca. “Esse evento que foi uma verdadeira aula ambiental de um Paraná cada vez mais sustentável”.

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O programa Rio Vivo segue os critérios estabelecidos pela Resolução Sedest/IAT nº 10, para evitar a introdução de espécies exóticas nos rios e selecionar peixes com genética e tamanho ideais para o repovoamento.

A ação ambiental no Noroeste integra a segunda fase do projeto, iniciada em novembro de 2024, e prevê a soltura de 2,626 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí – no ciclo inicial, entre 2021 e 2022, foram soltos 2,615 milhões de peixes. O investimento nesta nova etapa é de R$ 557,8 mil.

A meta do Governo do Estado é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, pacu e pintado, até 2026.

PROJETO RIO VIVO – O Rio Vivo é uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SDBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais.

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Além dos esforços para com o meio ambiente, a proposta estimula ações de educação ambiental com a população lindeira e crianças em idade escolar, incrementando o caráter social do Rio Vivo.

Fonte: Governo PR

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