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Máquinas agrícolas autônomas ou dirigidas à distância impressionam em feira dos EUA

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A possibilidade de se controlar um trator a partir de um celular a milhares de quilômetros de distância impressionou os participantes durante uma feira, nos Estados Unidos.

A CES 2024 (Consumer Electronics Show), uma das maiores feiras de eletrônicos do mundo, realizada em Las Vegas na semana passada atraiu a atenção ao exibir sistemas de automação no campo.  O objetivo dos novos equipamentos, é que, no futuro, essas máquinas possam realizar grande parte do trabalho agrícola de forma autônoma.

O agricultor seria responsável por planejar as operações e intervir em situações imprevistas, como a presença de animais no caminho. A expectativa é que isso reduza os custos operacionais e permita que os agricultores dediquem mais tempo a outras atividades.

Maya Sripadam, gerente sênior de produtos autônomos da John Deere, destaca a colaboração de centenas de profissionais no desenvolvimento dessa tecnologia, tanto no Meio-Oeste, região produtora de grãos, quanto no Vale do Silício, centro tecnológico. A empresa planeja ter máquinas autônomas em campo até 2030, abrangendo todo o ciclo agrícola, do plantio à colheita.

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Em setembro, a AGCO intensificou a competição pela liderança na corrida pela autonomia ao adquirir parte da Trimble por US$ 2 bilhões e formar uma joint venture. Essa parceria facilitará o acesso da AGCO às tecnologias de automação e telemetria da Trimble.

Jahmy Hindman, diretor de tecnologia da John Deere, ressalta a busca da AGCO por uma integração vertical semelhante à da John Deere, que já produz seu próprio sistema de orientação, hardware e software, proporcionando maior valor aos clientes. As máquinas autônomas desenvolvidas nos Estados Unidos, em algum momento, serão introduzidas em outros mercados, incluindo o Brasil.

No entanto, a falta de conectividade no campo brasileiro representa um desafio adicional para a implementação dessa tecnologia. Para solucionar essa questão, a John Deere está colaborando com operadoras de telefonia para instalar torres e infraestrutura, além de estabelecer parcerias com provedores de internet via satélite.

Estela Dias, gerente de marketing tático para tecnologias de precisão da John Deere Brasil, destaca que a criação de um centro de desenvolvimento em Indaiatuba (SP) permitirá que a empresa adapte suas tecnologias mais rapidamente à realidade local, atendendo às demandas específicas da agricultura brasileira.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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