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Exportações de carne de peru chegaram perto de R$ 1 bilhão em 2023

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As exportações brasileiras de carne de peru encerraram o ano de 2023 com um aumento de 17,8%, conforme informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

As vendas geraram uma receita de R$ 983,89 milhões, um crescimento de 6,2% em relação ao ano anterior, quando o total foi de R$ 925,52 milhões, considerando a cotação do dólar dessa quinta-feira (11.01) a R$ 4,89.

Em dezembro, as vendas para o mercado internacional totalizaram 4,2 mil toneladas, um aumento de 20,4% em comparação com o mesmo período de 2022. A receita gerada atingiu US$ 8,4 milhões, uma ligeira redução de 5,1% em relação a dezembro de 2022, quando alcançou US$ 8,9 milhões.

Ao longo do ano passado, foram exportadas 69,8 mil toneladas do produto avícola, em comparação com as 59,2 mil toneladas de 2022.

Para 2024, a expectativa é de um contínuo crescimento nas exportações brasileiras de carne de peru, impulsionado pela forte demanda internacional e pela competitividade do produto nacional.

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O México, principal importador da carne de peru brasileira, adquiriu 16 mil toneladas em 2023, representando uma leve redução de 4% em comparação com o ano anterior.

Em contrapartida, a África do Sul registrou um aumento expressivo de 38%, importando 12,9 mil toneladas, enquanto a União Europeia importou 10,8 mil toneladas, um aumento notável de 239%.

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, destaca que as exportações de carne de peru têm mantido uma trajetória ascendente nos últimos cinco anos e ganharam impulso especial em 2023, especialmente nas vendas para a Europa e África do Sul. Santin ressalta que a expectativa é que esse ritmo positivo se mantenha ao longo de 2024.

A análise do presidente da ABPA indica que o crescimento das exportações em 2023 foi impulsionado por diversos fatores, incluindo a robusta demanda internacional, a competitividade do produto brasileiro e a valorização do real em relação ao dólar.

Na Europa, o aumento das importações reflete a recuperação econômica pós-Covid-19, enquanto a África do Sul destaca-se como um mercado em ascensão devido ao crescimento populacional e aumento da renda da classe média.

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Fonte: Pensar Agro

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Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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