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Preços de alimentos e bebidas caíram 0,14% no Paraná em 2023, aponta Ipardes

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O Índice de Preços Regionais – Alimentos e Bebidas (IPR), calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), registrou queda de -0,14% em 2023, apontando deflação. O índice compila dados de seis grandes municípios paranaenses (Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu).

Em 2023 foram registradas quedas de preços de – 1,81% em Curitiba; – 0,79% em Foz do Iguaçu; – 0,70% em Ponta Grossa e de – 0,13% em Maringá. Por outro lado, Cascavel (1,10%) e Londrina (1,46%) registraram altas, mas com índices inferiores aos observados em anos anteriores, que chegaram na casa de 21,42%.

Segundo o diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio, essa queda de 2023 é a primeira observada após três anos de variações em alta (2020, 2021 e 2022). “Entre 2020 a 2022, fatores como pandemia, guerra da Ucrânia, elevação de custos e clima impactaram o preço dos alimentos. Já em 2023, a safra recorde e o aumento de produtividade contribuíram para aliviar o preço dos alimentos para os consumidores”, explicou.

As quedas mais significativas foram lideradas pelo óleo de soja (-28,45%), cebola (-16,44%) e café (-14%), reflexo da safra recorde de grão e da recuperação da produção. Por município, o óleo de soja apresentou a maior variação negativa anual em Curitiba (-30,34%), Ponta Grossa (-29,90%), Maringá (-28,73%), Cascavel (-27,76%), Foz do Iguaçu (-27,59%) e Londrina (-26,30%).

No polo das maiores altas no ano passado estão laranja-pera (41,84%), arroz branco (31,84%) e tomate (20,56%). Os aumentos observados em laranja e arroz estão relacionados à insuficiência de oferta frente a demanda e ao baixo estoque do cereal. No caso do tomate, as ondas de calor extremo impactaram a produção e elevaram os preços.

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Em relação aos municípios, Londrina teve o maior aumento acumulado na laranja-pera em 2023, de 58,06%, acompanhado por Foz do Iguaçu, 47,48%, Cascavel, 40,92%, Curitiba, 40,41%, Ponta Grossa, 35,90% e Maringá, 29,89%.

DEZEMBRO Em dezembro de 2023, o IPR variou 1,83%, que se seguiu ao aumento de 0,92% em novembro. Em Londrina, ocorreu a maior variação do mês (2,26%), seguida por Cascavel (2,07%), Foz do Iguaçu (1,94%), Maringá (1,81%), Ponta Grossa (1,47%) e Curitiba (1,43%). As variações porcentuais mais marcantes, considerando somente a variação média dos preços, foram as altas de batata-inglesa, tomate, feijão carioca, laranja-pera e feijão preto. Por outro lado, ocorreram contribuições com quedas em leite integral uht, banana-caturra, linguiça, maionese e alho.

Segundo Marcelo Antonio, entre os 35 produtos analisados, 23 apresentaram alta no último mês. “Sob a ótica da contribuição, que considera a variação mensal, mais o peso de cada item, os principais responsáveis por essa elevação foram tomate, batata, arroz, óleo de soja e cerveja que, somados, corresponderam a mais de 75% da taxa mensal”, explicou.

Os principais reajustes foram o da batata-inglesa, 23,49%; do tomate, 16,45% e do feijão carioca, 11,26%. Por outro lado, ocorreram decréscimos em banana-caturra (-8,98%), leite integral uht (-2,00%) e maionese (-1,88%). “Esses reajustes refletem a mudança de safra, com o início da colheita da batata, a menor oferta de tomate e de laranja, além da recuperação dos preços do feijão após quedas consecutivas entre maio a setembro”, disse o especialista do Ipardes.

Regionalmente, em Londrina, a batata-inglesa teve, em dezembro, acréscimo de 29,63%, acompanhada por Maringá, 28,52%; Foz do Iguaçu, 28,04%; Curitiba, 23,65%; Cascavel, 16,83%, e Ponta Grossa, 15,06%. Já a redução nos preços da banana-caturra foram de 12,55% em Maringá; de 9,93% em Foz do Iguaçu; de 9,82% em Ponta Grossa; de 7,53% em Curitiba; de 7,18% em Londrina e de 6,70% em Cascavel.

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Em nível municipal, o tomate exerceu a principal contribuição percentual com alta em Curitiba, Londrina, Maringá e Ponta Grossa; já o leite integral foi a influência mais relevante em termos de queda nos municípios de Cascavel, Foz do Iguaçu e Londrina.

INDICADOR – Lançado em 15 de dezembro de 2022, o IPR utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

Os 35 produtos avaliados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. O Instituto também trabalhou a série histórica de preços desde 2020, que permite analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Estado.

Com a análise detalhada dos índices pelo Ipardes, as maiores cidades do Paraná têm condições de saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que possui um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas em função da situação inflacionária de cada cidade.

Confira o estudo de dezembro e de 2023 do comportamento dos preços AQUI.

Fonte: Governo PR

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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