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Paraná avança em programas de ação climática e se consolida como o mais sustentável do País

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Ações para mitigação de gases de efeito estufa, proteção da biodiversidade e fomento à economia verde nortearam o trabalho do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, em 2023. O Paraná também voltou a ser reconhecido como estado mais sustentável do Brasil pelo Ranking de Competitividade dos Estados.

Entre as ações realizadas, destacam-se a retomada do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais, a elaboração do Plano de Ação Climática, a entrega do Inventário Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa e do Índice de Vulnerabilidade dos Municípios e a participação recorde no Selo Clima Paraná.

A retomada do fórum marcou um novo momento na política climática. Esse colegiado busca envolver atores estaduais que se preocupam com o futuro, em busca de resultados mais concretos frente aos impactos causados pelo aquecimento global. Ele se soma a esforços como o uso de tecnologia contra o desmatamento e programas de replantio de árvores e repovoamento de rios.

Durante o evento foram realizadas as principais entregas do ano. A primeira foi o Plano de Ação Climática do Paraná 2024-2050, que contém estratégias para implantação de ações de redução e mitigação de danos decorrentes das emissões de Gases de Efeitos Estufas (GEE). Ele passou para consulta pública e ainda passará por avaliação do Comitê Intersecretarial de Mudanças Climáticas e do próprio fórum para uma redação final.

A segunda foi o resultado das pesquisas desenvolvidas pelo programa Programa Paranaense de Mudanças Climáticas – ParanáClima, realizado em parceria com o Sistema Meteorológico do Paraná – Simepar e o Instituto Água e Terra – IAT, que resultaram no Inventário Paranaense de Emissão de Gases de Efeito Estufa 2005-2019 e o Mapeamento de Áreas Vulneráveis às Mudanças Climáticas.

Os dois instrumentos visam fornecer informações científicas e técnicas para subsidiar o governo estadual, os governos municipais e a sociedade sobre as mudanças climáticas.

O inventário estima as emissões lançadas pelos 399 municípios classificados por setor produtivo e suas atividades no período de 2005 a 2019. Já o mapeamento é uma projeção, a partir de modelos científicos, levando em consideração eventos extremos e severos de precipitação de chuvas e seca, e pode ajudar gestores municipais a tomar novas medidas para minimizar os efeitos dos eventos.

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Segundo o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, o ano consolidou o planejamento do Estado para o futuro na questão ambiental. “O Paraná possui uma biodiversidade riquíssima e que precisa ser conservada. Ao preservarmos a vida do meio ambiente, estamos preservando a vida humana e as futuras gerações”, afirma.

SELO CLIMA PARANÁ – Além disso, a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável certificou em novembro de 2023 um número recorde de 132 organizações com o Selo Clima Paraná. Foi a primeira vez que o selo ultrapassou o número de 100 organizações.

O objetivo do certificado é reconhecer empresas e instituições que, voluntariamente, medem, divulgam e adotam medidas para reduzir a pegada de carbono e combater as mudanças climáticas. Neste ano, a metodologia de avaliação também incluiu critérios relacionados à agenda ESG, e alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

BIODIVERSIDADE – Também foram realizadas diversas ações para mapeamento e conservação da biodiversidade paranaense como a renovação do catálogo de espécies de flora ameaçadas, por meio do programa Pró-Espécies, e a elaboração do Plano de Ação Estadual (PAE) para a Conservação de Grandes Felinos.

O trabalho com a fauna promete ser um marco na conservação da biodiversidade paranaense, contribuindo para a elaboração de políticas públicas e ações efetivas voltadas à proteção. Faz parte das ações prioritárias o Plano de Ação Territorial caminho das Tropas Paraná – São Paulo, no âmbito do Programa Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – Pró-Espécies, do Ministério do Meio Ambiente. Para tanto foram avaliadas 5.087 espécies. nos últimos meses.

Além disso, foi realizada em Foz do Iguaçu a primeira oficina para a elaboração do Plano de Ação Estadual (PAE) para a Conservação de Grandes Felinos no Paraná, uma estratégia inédita no Brasil para a conservação das onças-pintadas e pardas, que são os maiores felinos das Américas e estão ameaçados de extinção. 

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O PAE tem como objetivo geral melhorar o status populacional atual da onça-pintada e da onça-parda, e a coexistência entre humanos e estes grandes felinos, que deverá ser alcançado por meio da realização de 55 ações, vinculadas a seis objetivos específicos.

Também com fins de proteger a fauna, animais silvestres ou domésticos, foi publicado em 2023 o decreto que cria a Rede Estadual de Manejo de Animais em Desastres (Remad), uma iniciativa que visa garantir o atendimento adequado aos animais em situações de desastre.

A rede tem por objetivo desenvolver ações de gestão de risco nas esferas de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação para minimizar o impacto dos desastres sobre os animais. Para isso, serão estabelecidos protocolos e diretrizes para atuação integrada dos órgãos envolvidos, bem como para o recrutamento, capacitação e mobilização de voluntários.

POLINIZA PARANÁ – O Poliniza Paraná, projeto premiado e referência nacional em sustentabilidade, foi ampliado em 2023 e chegou também às Unidades de Conservação (UCs) estaduais. Dez espaços, de nove municípios diferentes, foram selecionados para a expansão. O investimento foi de R$ 72 mil. Esse projeto do governo estadual visa conservar as abelhas nativas sem ferrão (ASF) e divulgar a importância do seu serviço ecossistêmico na polinização. Fora as UCs, até o momento 52 municípios receberam as colmeias.

As ASFs são responsáveis por aproximadamente 90% da polinização das espécies nativas do bioma da Mata Atlântica e 70% do total das plantas cultivadas e utilizadas na alimentação humana. Ainda em 2023, a Sedest firmou uma parceria com o Senar-PR para expandir a educação ambiental do projeto, e também para garantir que as colmeias recebam o manejo adequado e o trabalho pedagógico seja expandido com a população. Em 2024, já está prevista a implantação de meliponários em Tijucas do Sul, Rio Negro e Londrina, e no Câmpus da UEPG, em Pongra Grossa.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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