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Especialistas fazem projeções para a safra 2024 com base nas intempéries climáticas

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Novas projeções para as exportações de soja do Brasil apontam para um volume de 100 milhões de toneladas em 2024, repetindo a quantidade de 2023. Esses dados integram o quadro de oferta e demanda do país, divulgado por especialistas, com base em informações de dezembro, já levando em consideração as intempéries climáticas.

Segundo a Consultoria Safras, a expectativa de esmagamento de soja é de 54 milhões de toneladas em 2024, um aumento de 2% em relação a 2023, que indicava 53 milhões de toneladas, mantendo-se estável desde o início de dezembro.

As previsões de importação também permanecem consistentes, estimando-se 110 mil toneladas para 2024, em comparação com 180 mil toneladas em 2023.

No contexto da oferta total de soja para 2024, há uma perspectiva de aumento de 1%, alcançando 163,577 milhões de toneladas. Esta estimativa é inferior à previsão anterior de 166,724 milhões de toneladas feita no início de dezembro.

Quanto à demanda total, a Safras projeta um aumento de 1% em relação ao ano anterior, estimando um total de 157,7 milhões de toneladas. Como resultado, prevê-se um aumento de 12% nos estoques finais, indo de 5,237 milhões para 5,877 milhões de toneladas, em contraste com a projeção anterior de 9,024 milhões de toneladas, representando um aumento de 72%.

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No que se refere à produção de farelo de soja, a Safras prevê um crescimento de 2% em 2024, totalizando 41,45 milhões de toneladas. As exportações desse produto devem declinar 6%, atingindo 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno é projetado em 18,5 milhões, um aumento de 3%. Estima-se um aumento de 80% nos estoques, chegando a 4,38 milhões de toneladas.

Quanto à produção de óleo de soja, prevê-se um aumento de 1%, totalizando 10,9 milhões de toneladas em 2024. As exportações deste produto devem diminuir em 16%, atingindo 1,8 milhão de toneladas, enquanto o consumo interno deverá aumentar 8% para 9,3 milhões de toneladas. A previsão é de um uso mais significativo para biodiesel, aumentando em 13% para 4,5 milhões de toneladas, resultando em uma redução de 28% nos estoques, para 460 mil toneladas.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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