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Moratória da soja e da carne traz prejuízos a mais de 250 propriedades mato-grossenses

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A moratória da soja, que impede  a comercialização de soja proveniente de áreas desmatadas (mesmo legalmente) após julho de 2008 no bioma Amazônia, já atinge 260 propriedades rurais de Mato Grosso, causando prejuízos e preocupações entre os produtores locais.

A restrição de venda imposta pela moratória dificulta a relação comercial com as grandes tradings e processadoras de soja, forçando produtores a buscar alternativas muitas vezes menos vantajosas para a venda de sua produção. Isso pode resultar em uma cadeia de efeitos negativos, desde a diminuição da arrecadação de impostos locais até a redução do desenvolvimento econômico regional.

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A moratória é contestada pelo setor produtivo, principalmente de Mato Grosso, uma vez que o estado é responsável por cerca de 30% da produção nacional de grãos e possui um rebanho bovino com mais de 34 milhões de cabeças. Lideranças políticas e do setor produtivo, incluindo o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, têm se manifestado contra a moratória, argumentando que ela configura uma forma de abuso de poder econômico e que seria necessário aplicar medidas mais severas contra desmatamentos ilegais, sem prejudicar aqueles que seguem as normas.

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Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), defendeu a autonomia produtiva do Brasil. “A moratória atual, que impõe limitações à nossa produção agrícola, é um claro sinal de desrespeito à soberania brasileira. É totalmente inaceitável que diretrizes externas ditem as condições sob as quais operamos, especialmente quando já seguimos uma legislação ambiental rigorosa. Esta situação está prejudicando nossos agricultores, afetando a economia agrária e os direitos soberanos do Brasil. É essencial que reavaliemos e combatamos essa influência externa que está impactando negativamente a nossa agricultura”, destacou Rezende.

Ele também enfatizou a importância de preservar a soberania nacional na tomada de decisões sobre práticas agrícolas sustentáveis e apontou para a necessidade de explorar mercados alternativos em resposta às restrições impostas pela União Europeia. Rezende reiterou a dedicação do Brasil aos elevados padrões de qualidade e ao compromisso ambiental na produção agropecuária.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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