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Minas é líder em municípios integrados à fiscalização de produtos de origem animal

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Minas Gerais lidera em número de municípios integrados ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Isso permite que os serviços municipais vigiem os estabelecimentos produtores, simplificando e tornando mais acessível o processo para as agroindústrias, principalmente as de pequeno e familiar porte.

Ao todo já são 275 cidades de Minas participando desse sistema. Somente no mês passado, em novembro, 13 Consórcios Públicos Municipais mineiros conquistaram o reconhecimento do Governo Federal.

Com a adesão, os produtos de origem animal registrados pelos Serviços de Inspeção Municipais ligados aos consórcios podem ser comercializados em todo o país, impulsionando a geração de empregos e renda no estado. Em 2022, apenas 44 municípios mineiros faziam parte do Sisbi-POA. A meta é alcançar 427 localidades até 2026, ampliando os benefícios aos produtores por meio da abertura de novos mercados.

“Este notável aumento de municípios aderindo é resultado do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e do Instituto Mineiro de Agropecuária. No âmbito do Governo de Minas, temos implementado diversas ações para fomentar e desenvolver os consórcios públicos e seus serviços de inspeção. Essas medidas garantem a segurança alimentar para os consumidores, além de oferecer oportunidades e valorização aos produtores rurais”, afirma Thales Fernandes, secretário de Agricultura.

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A Secretaria de Agricultura atua em parceria na estruturação e implementação dos Serviços de Inspeção Municipal, seja de forma individual ou através de consórcios, contribuindo para o aumento de estabelecimentos agroindustriais regulamentados. Em maio, o Governo de Minas e a Associação Mineira de Municípios (AMM) estabeleceram um protocolo de intenções para aprimorar os consórcios públicos voltados para o Serviço de Inspeção Municipal de produtos de origem animal.

Esta colaboração permite que os serviços de inspeção municipal recebam suporte das equipes técnicas da Secretaria de Agricultura, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae) para estruturar seu trabalho.

Para tanto, equipes da Secretaria de Agricultura, do IMA, do Mapa e do Conselho Regional de Medicina Veterinária têm oferecido treinamentos aos gestores dos consórcios, profissionais dos serviços de inspeção municipais e responsáveis técnicos. O conteúdo aborda critérios administrativos, técnicos e sanitários, incluindo o regulamento e as normas para a emissão dos selos Arte e de Queijo Artesanal.

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Em junho deste ano, durante a 8ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Belo Horizonte, o Grupo de Trabalho de Agricultura e Pecuária discutiu o projeto “Diga sim ao SIM”. Esse projeto, desenvolvido durante o GT, visa fortalecer e modernizar os Serviços de Inspeção Municipal, seja de forma individual ou consorciada. A meta é alcançar pelo menos metade dos municípios das regiões Sul e Sudeste com serviços de inspeção municipal implantados até 2026.

Fonte: Pensar Agro

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Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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