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IBGE: agronegócio continua impulsionando o PIB brasileiro

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No terceiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2%, sendo impulsionado significativamente pelo avanço de 8,8% na agropecuária, conforme indicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O realce principal no desempenho anual está associado a esse crescimento no setor agropecuário, conforme mencionou Palis. No confronto do PIB entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2022, houve um aumento de 2,1% no Valor Adicionado a preços básicos, enquanto os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios aumentaram 1,2%.

A expansão da agropecuária foi impulsionada pela performance positiva de cultivos relevantes, como o milho (19,5%), cana-de-açúcar (13,1%), algodão herbáceo (12,5%) e café (6,9%). Além disso, a pecuária contribuiu de forma positiva.

No setor industrial, o PIB cresceu 1%. Destaca-se a elevação de 7,3% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, favorecida pelo aumento no consumo de eletricidade, especialmente residencial, e pelas bandeiras verdes durante o período de calor intenso.

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As Indústrias extrativas cresceram 7,2%, impulsionadas pela maior extração de petróleo e gás. Por outro lado, o setor da Construção apresentou uma queda de 4,5% devido à redução na ocupação e na produção de insumos típicos dessa atividade.

No segmento de serviços, o PIB teve um aumento de 1,8%. Destacaram-se o crescimento de 7,0% nas Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, além dos avanços em setores como Atividades imobiliárias (3,6%), Informação e comunicação (1,6%) e Transporte, armazenagem e correio (1,6%).

O Consumo das Famílias aumentou 3,3%, impulsionado pelos auxílios governamentais e pela melhoria no mercado de trabalho. Enquanto isso, o Consumo do Governo cresceu 0,8%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou uma queda de 6,8%, com perdas tanto na produção doméstica de bens de capital quanto na importação desses bens, além de uma diminuição na construção.

No âmbito externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram um aumento de 10%, atribuído ao progresso na agropecuária, extrativa mineral, derivados do petróleo, produtos alimentícios e serviços. Em contrapartida, as Importações de Bens e Serviços diminuíram 6,1%, influenciadas por reduções em máquinas e equipamentos, produtos químicos, derivados de petróleo e produtos farmacêuticos.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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