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Transgênicos completam 25 anos com receita extra de R$ 143,5 bilhões

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A colheita de grãos da temporada 2022/23 assinalou o 25º aniversário da autorização do primeiro plantio de organismos geneticamente modificados no Brasil. Ao longo deste período, a implementação da biotecnologia propiciou um incremento de receita de R$ 143,5 bilhões para a agricultura brasileira, segundo pesquisa realizada pela CropLife Brasil, em colaboração com a consultoria Agroconsult.

Atualmente, o país conta com uma área de 56,9 milhões de hectares destinada ao cultivo de culturas transgênicas, que incluem soja, milho, algodão, feijão e cana-de-açúcar, posicionando-se como o segundo maior utilizador desta tecnologia a nível mundial.

Débora Simões, ligada ao departamento de Estratégias e Soluções da Agroconsult, explicou que o cálculo do valor bilionário levou em conta o aumento da produtividade, o preço das commodities e a extensão da área cultivada anualmente desde a temporada 1998/99. O acréscimo na produtividade foi avaliado pela comparação entre sementes com modificação genética e as variedades tradicionais.

A especialista apontou que os R$ 143,5 bilhões correspondem exclusivamente à receita adicional gerada para os agricultores, mas o benefício integral da adoção de culturas transgênicas é ainda maior.

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“É importante enfatizar que o benefício integral da biotecnologia alcança R$ 191,3 bilhões, o que engloba tanto o aumento das receitas quanto a economia de custos proporcionados pela tecnologia, que soma R$ 47,8 bilhões”, destacou Débora Simões.

Eduardo Leão, presidente da CropLife Brasil, observou que o cultivo de plantas geneticamente modificadas resultou na diminuição de cerca de 1,597 milhão de toneladas de agroquímicos. Isso representou a não liberação no meio ambiente de 808 mil toneladas de diferentes princípios ativos empregados no controle de pragas.

“Essa economia de custos, de forma natural, reflete-se nos preços ao consumidor final”, ressaltou o líder da associação, referindo-se ao impacto positivo na redução dos custos de alimentos básicos no Brasil devido ao aumento da produtividade das plantações.

Outra consequência do emprego da biotecnologia é a capacidade de aumentar a produção em áreas menores. O relatório aponta que a produção de soja transgênica no Brasil cresceu aproximadamente 300% nos últimos 25 anos, enquanto a área plantada aumentou em uma taxa menor, cerca de 170% no mesmo intervalo de tempo.

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A sócia da Agroconsult vê um futuro promissor para a biotecnologia, com as empresas investindo em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar as tecnologias existentes, com foco em mais eficiência produtiva e/ou redução de custos.

Leão ainda mencionou que a adaptação às mudanças climáticas representa um desafio considerável para o setor, e a biotecnologia pode ser uma aliada essencial. “Com as temperaturas mais altas e períodos de seca em certas regiões, a biotecnologia se torna um suporte importante. Esse assunto estará em destaque na COP, sempre com fundamentação científica”.

Quanto ao processo de aprovação de novas tecnologias no Brasil, que depende da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o presidente da CropLife reconheceu progressos, mas acenou que sempre há espaço para melhorias, apesar de reconhecer a importância de se respeitar os procedimentos de análise estabelecidos.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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