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UEPG publica estudo que mostra incidência de tornados no Sul do País

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A região Sul do Brasil é a mais propensa a tornados. É o que um grupo de estudantes e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) descobriu de forma inédita, em estudo publicado em outubro deste ano. Foram 43 anos de ocorrências analisadas no Brasil. Dos 581 fenômenos identificados, 411 tornados ocorreram nos estados do Sul, o que representa 70% dos registros de tornados no País. O estudo analisou ocorrências de tornados em todo o Brasil de 1975 a 2018. O Paraná teve 89 tornados no período, com a maioria acontecendo no período da tarde.

Depois do Sul, a maior concentração de tornados é da região Sudeste (108), seguida do Centro-Oeste (31), Norte (17) e Nordeste (14). Dentre as 581 atividades contabilizadas, a categoria mais identificada, com 115 ocorrências, foi a de escala EF1, que se caracteriza por ventos de 117 e 180 km/h. O estudo do acadêmico também identificou ocorrências climáticas em Ponta Grossa, de 2013 a 2020.

O trabalho é da acadêmica Loriane Gomes de Almeida, do curso de Licenciatura em Geografia. “Analisei notícias e trabalhos acadêmicos e contabilizei esses fenômenos. Vimos algumas imagens desses eventos e, pelas características, pudemos chegar à conclusão de que eram tornados, mesmo que as notícias descrevessem os eventos como vendavais”, explica.

O grupo está engajado em identificar e catalogar desastres climáticos no Brasil. Com o conhecimento adquirido, eles organizam palestras e atividades com a comunidade para ensinar a identificar sinais de tornados e demais ações climáticas. “Muitas pessoas não têm noção de que existe a ocorrência de tornados no Brasil, pensam que é uma coisa que acontece apenas nos Estados Unidos. Então, muitas vezes, pensam que é apenas uma tempestade, por isso nosso trabalho é tão importante”, ressalta.

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A América do Sul é o segundo local do mundo com maior número de tornados, atrás apenas dos Estados Unidos, conforme explica a professora coordenadora do projeto, Karin Linete Hornes. “No Brasil não existe um banco de dados de tornados, então reunimos trabalhos acadêmicos da área, que fazem essa caracterização dos percursos tornádicos, e colocamos num mapa”, conta. O mapa está em constante transformação e em breve será atualizado.

Juntamente com Karin e Loriane, a equipe conta com Jaqueline Estivallet, técnica em meteorologia, que conta com um acervo histórico de tornados no Brasil; Maria Cristina Piotrovski, aluna do Bacharelado em Geografia, que está dando continuidade aos mapeamentos dos tornados, a partir de 2018; Thiago Mej, mestrando em Geografia, pesquisador de rastros de tornado no Paraná; Adriano Kapp Júnior, mestrando da Pós em Geografia e pesquisa desastres climáticos em Ponta Grossa; e Rodrigo Alves Gabre, que pesquisa a tempestade de São João Maria de 1927.

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TIPOS – Os tornados acontecem com maior frequência no Sul porque Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os que recebem primeiramente a ação das massas de ar frio oriundas do Sul-Sudoeste. A área também sofre influência das massas de ar quente da região amazônica. O encontro destas massas pode provocar o aparecimento de supercélulas – que são tempestades caracterizadas pela presença de uma corrente de ar girando no interior da nuvem – com grande potencial para o desenvolvimento de tornados.

“O Paraná tem uma tendência em registrar tempestades e a maior ocorrência climática é o vendaval”, informa o aluno Adriano Kapp Júnior.

Segundo Karin, desastres climáticos sempre ocorreram, desde a época dos dinossauros – e continuarão a acontecer. “O que temos agora é uma tendência de que mais pessoas sejam atingidas. Como a população aumentou, esses eventos irão encontrar com mais facilidade uma área habitada”, adverte. “Precisamos pensar nas pessoas que mais precisam, pois elas sempre serão as mais afetadas por esses desastres, por isso a informação de qualidade sobre os fenômenos tem que chegar para a comunidade”.

Fonte: Governo PR

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Em Japurá, Estado promove repovoamento do Rio Ivaí com 150 mil peixes nativos

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O Rio Ivaí, em Japurá, na região Noroeste, ganhou nesta sexta-feira (11) mais 150 mil peixes de espécies nativas do Paraná. A ação integra o projeto Rio Vivo, desenvolvido pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SDBHP), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Além disso, com apoio de crianças da rede pública de ensino, houve o plantio de mudas de espécies nativas do Estado para a proteção da mata ciliar.

O repovoamento foi feito com traíras e lambaris, todos em estágio juvenil de desenvolvimento, ou seja, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos. Neste sábado (12), a partir das 8 horas, a atividade se dará em Doutor Camargo (Noroeste), também no Ivaí, com a soltura de mais 150 mil peixes.

“O Ivaí é um dos rios mais importantes do Paraná, sem barragens, um lugar perfeito para pesca esportiva. Um verdadeiro tesouro natural que ganhou ainda mais vida com a soltura dessa nova leva de peixes”, afirmou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca. “Esse evento que foi uma verdadeira aula ambiental de um Paraná cada vez mais sustentável”.

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O programa Rio Vivo segue os critérios estabelecidos pela Resolução Sedest/IAT nº 10, para evitar a introdução de espécies exóticas nos rios e selecionar peixes com genética e tamanho ideais para o repovoamento.

A ação ambiental no Noroeste integra a segunda fase do projeto, iniciada em novembro de 2024, e prevê a soltura de 2,626 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí – no ciclo inicial, entre 2021 e 2022, foram soltos 2,615 milhões de peixes. O investimento nesta nova etapa é de R$ 557,8 mil.

A meta do Governo do Estado é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, pacu e pintado, até 2026.

PROJETO RIO VIVO – O Rio Vivo é uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SDBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais.

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Além dos esforços para com o meio ambiente, a proposta estimula ações de educação ambiental com a população lindeira e crianças em idade escolar, incrementando o caráter social do Rio Vivo.

Fonte: Governo PR

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