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Sistema de rastreabilidade agroindustrial brasileiro ganha conexão global

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O Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), desenvolvido pela equipe da Embrapa Agricultura Digital, com tecnologia blockchain, para rastrear produtos agroindustriais, agora está adaptado para a comunicação com o mercado internacional.

Esse avanço resultou de um acordo de cooperação técnica assinado em agosto com a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), que desenvolve padrões globais de identificação em 150 países.

Por meio de QR Code, o Sibraar já permitia o acesso a informações seguras e auditáveis sobre a qualidade e procedência dos produtos, desde a propriedade rural até as etapas de processamento, distribuição e comercialização. Agora, o sistema possui interoperabilidade internacional, proporcionando benefícios adicionais aos usuários. O Sibraar também é capaz de integrar empresas e tecnologias de rastreabilidade já existentes no mercado.

Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), elogiou essa iniciativa e afirmou que a auditabilidade dos dados sobre produtos agropecuários é crucial para proteger os produtores e destacar o Brasil no cenário internacional.

Stanley Oliveira, chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital, enfatizou que a transparência na origem dos alimentos se tornou um diferencial de mercado e que a validação técnica do Sibraar pela GS1 aumentará a credibilidade da ferramenta, abrindo novas oportunidades para os produtores.

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Virginia Vaamonde, CEO da Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil, destacou a importância da parceria com a Embrapa e a expansão da organização no setor de alimentos, atendendo às demandas regulatórias e de consumidores relacionadas à sustentabilidade, origem, saúde e qualidade de vida.

A arquitetura do Sibraar, liderada pelo pesquisador Alexandre de Castro, utiliza a tecnologia blockchain para garantir a segurança e integridade das informações. No entanto, a parceria com a GS1 Brasil permitiu a integração do sistema com padrões internacionais, facilitando a comunicação global.

A cadeia de suprimentos de alimentos, representando 30% dos membros da GS1, inclui alimentos processados, produtos frescos e o setor de foodservice, e o Sibraar tem potencial para atender a todas essas áreas.

A União Europeia (UE) é um mercado importante para as exportações brasileiras, e a nova lei antidesmatamento torna o Sibraar com padrão internacional essencial para atender aos mercados mais rigorosos. O sistema oferece flexibilidade de aplicação em diversas cadeias produtivas, atendendo a pequenos e grandes produtores.

A rastreabilidade de alimentos é uma demanda crescente, à medida que os consumidores buscam informações sobre a origem e a qualidade dos produtos. Estudos preveem que o mercado global de rastreabilidade de alimentos movimentará bilhões de dólares nos próximos anos.

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O Sibraar começou com sucesso rastreando açúcar mascavo da Usina Granelli, expandindo seu uso para outros produtos. Essa iniciativa é vista como um diferencial de mercado, construindo reputação junto aos consumidores e melhorando a relação com fornecedores de matéria-prima.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Agronegócio mineiro bate recorde histórico no primeiro trimestre

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O agronegócio de Minas Gerais alcançou um desempenho sem precedentes no primeiro trimestre de 2025, com um faturamento equivalente a R$ 26,1 bilhões — o maior já registrado desde o início da série histórica, em 1997. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), revelam que o setor movimentou cerca de 3 milhões de toneladas em exportações e superou a mineração, tradicional carro-chefe da economia mineira, ao responder por 45,3% das vendas externas do estado.

O mês de março também entrou para a história como o melhor já registrado em termos de receita, superando todos os meses anteriores desde o início do monitoramento. Comparado ao primeiro trimestre de 2024, o crescimento da receita foi de 26%, mesmo com uma queda de 14,2% no volume embarcado. O bom resultado foi impulsionado pela valorização das commodities agrícolas, cujo preço médio por tonelada subiu 47%. Em outros setores da economia mineira, a valorização média foi de 13%.

O café mais uma vez se destacou como o principal produto exportado pelo estado. Foram embarcadas 7,8 milhões de sacas, o que gerou uma receita equivalente a R$ 16,8 bilhões. A participação do grão na receita total do agronegócio mineiro foi de 64%, consolidando sua importância para a economia estadual. Em relação ao mesmo período do ano passado, o valor das exportações de café aumentou 77%, enquanto o volume cresceu 3%.

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Minas manteve sua posição como o terceiro maior exportador de produtos do agro no Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e São Paulo. Os produtos mineiros chegaram a 150 destinos diferentes, com destaque para a China (responsável por 19% das compras), Estados Unidos (13%), Alemanha (10%), Itália (5%) e Japão (5%).

Entre os destaques do período estão os ovos, cujas exportações dispararam. Impulsionado pelo surto de gripe aviária nos Estados Unidos, o segmento registrou alta de 266% em valor e 153% em volume, totalizando 2 mil toneladas embarcadas e uma receita de R$ 23,2 milhões. No mesmo intervalo de 2024, haviam sido exportadas 809 toneladas, com faturamento de cerca de R$ 5,8 milhões. Segundo a Seapa, a demanda dos EUA e do Chile ajudou a alavancar as vendas do produto mineiro.

As carnes também mostraram força nas exportações. No total, foram embarcadas 115 mil toneladas, com receita de R$ 2,24 bilhões — aumento de 23% na comparação anual. A carne bovina liderou entre os cortes exportados, gerando R$ 1,56 bilhão com 57 mil toneladas, impulsionada principalmente pelas vendas aos Estados Unidos, que cresceram 148%. A carne de frango contribuiu com R$ 550 milhões e 49 mil toneladas, enquanto os suínos somaram R$ 104 milhões com 8 mil toneladas exportadas.

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Apesar do cenário geral positivo, alguns segmentos registraram retração. O complexo sucroalcooleiro, que reúne açúcar e etanol, teve queda de 50% na receita e de 46% no volume exportado. O setor movimentou R$ 1,48 bilhão no trimestre, reflexo da baixa nos preços internacionais.

Já o complexo da soja também apresentou resultados negativos: a receita caiu 18,3% e o volume 8,8%, com R$ 3,17 bilhões arrecadados e 1,4 milhão de toneladas exportadas. Apesar do recuo, houve melhora nos embarques durante o mês de março, com o início da nova safra.

O grupo de produtos florestais, formado por celulose, papel e madeira, também enfrentou dificuldades. A receita totalizou R$ 1,41 bilhão, representando uma queda de 15%. Segundo a Seapa, o desempenho foi impactado pela desaceleração de economias importadoras e pela continuidade de gargalos logísticos no transporte marítimo global.


Fonte: Pensar Agro

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